Estado Islâmico chega às Filipinas e Rússia deve ajudar a combatê-lo

31 maio 2017 às 14h48

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Enquanto país asiático sofre com o terrorismo, Estados Unidos perdem força no cenário internacional

O grupo terrorista Estado Islâmico tem suas ações concentradas na Síria e no Iraque. Realiza frequentemente ataques em outros países da região, como Turquia e Egito. Na Europa, França, Reino Unido e Alemanha já sofreram com atentados. Contudo, a maior preocupação no momento talvez esteja em um lugar longe desse centro de atenções: as Filipinas.
Presidente do país asiático, Rodrigo Duterte é uma figura polêmica. Já xingou o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em público e não poupa críticas à Organização das Nações Unidas (ONU) por questionar sua política de combate às drogas – Duterte foi eleito com essa bandeira e, em seis meses, matou mais de 6 mil pessoas.
Há, no sul das Filipinas, um grupo terrorista chamado Abu Sayyaf, já conhecido internacionalmente. Agora, a novidade se dá pela atuação do Grupo Maute, que declarou aliança ao Estado Islâmico e vem tentando controlar a cidade de Marawi.
Dessa forma, o presidente filipino passa a enfrentar mais um desafio. 200 mil pessoas foram obrigadas a sair da cidade desde que o governo começou a ofensiva e a presença de civis dificulta a operação. Ao todo, 97 pessoas já foram mortas, das quais 19 são civis. Rodrigo Duterte, no entanto, parece não se importar – declarou lei marcial na ilha de Mindanau e deve estendê-la a todo o país, significando que o exército pode tomar decisões sem antes consultar o Congresso.
Na semana passada, Rodrigo Duterte foi a Moscou e se encontrou com o presidente russo Vladimir Putin. A Rússia já exerce um papel de protagonismo na luta contra o Estado Islâmico na Síria e deve fazer o mesmo nas Filipinas. Enquanto isso, os Estados Unidos enfrentam problemas políticos internos e vão, pouco a pouco, perdendo sua influência no mundo.
Em recente reunião com líderes da OTAN, Donald Trump demonstrou um baixo poder de negociação. França e Alemanha não parecem ter levado a sério o pedido de maior investimento militar. A chanceler alemã, inclusive, deu a entender que não se pode mais confiar nos EUA. Além da Rússia, a China, que pode até parecer quieta, agradece.