Um corvo no Palácio Guanabara, onde agora mora Wilson Witzel

31 maio 2020 às 00h00

COMPARTILHAR
Chamado de Corvo pelos adversários, Carlos Lacerda, quando governador, colocou um corvo numa gaiola
No meio da semana o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, apareceu fazendo um pronunciamento, sobre a crise que o envolve, na entrada do Palácio Guanabara. Na entrada do Guanabara viveu, em certa época, um corvo em gaiola.
O corvo foi mandado colocar nesse local por Carlos Lacerda, quando foi governador da Guanabara, no início da década de 1970, para chatear seus adversários, que o chamavam de corvo. (Por sinal, Lacerda obteve 356.722 votos, enquanto seu principal adversário, Sérgio Magalhães, conquistou 331.592 votos. O terceiro colocado, Tenório Cavalcanti, ficou com 221.887 votos. Já o quarto, Mendes de Morais, recebeu 51.503 votos. Somados, os adversários de Lacerda obtiveram 604.982 votos.)
Este antigo Palácio Guanabara, de estilo neoclássico, foi inicialmente residência da princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, e seu marido, Luís Filipe Maria Fernando Gastão, o conde D’Eu. Foi palácio residencial de Getúlio Vargas no Estado Novo e palco, em 1938, de um atentado de integralistas contra Vargas.
Mais tarde, quando se suicidou, Vargas residia e despachava no Catete. Juscelino Kubitschek também residia no Guanabara e despachava no Catete. No Guanabara ele recebia intelectuais e artistas, entre os quais o pianista Bené Nunes.