A opção de Irapuan Costa Junior era José de Assis. Mas o chefe do Gabinete Civil de Geisel articulou o nome de Ary Valadão

Golbery do Couto e Silva, ministro, e Ernesto Geisel, presidente da República na década de 1970: os generais que “mataram” a ditadura civil-militar | Foto: Reprodução

O general Golbery do Couto e Silva (1911-1997) sempre discordou da chamada linha dura dos militares e foi quem liderou a corrente que, durante o governo de   Ernesto Geisel, iniciou o lento procedimento de reabertura para a volta à democracia, que ocorreria em 1985. Grande leitor, estudou a forma ideal de, ao lado de Geisel, “matar” a ditadura. O presidente disse, por sinal, que decidiu extingui-la porque havia se tornado uma “bagunça”.

Presidente João Figueiredo e o governador Ary Valadão | Foto: Reprodução

Durante a administração Geisel, o chefe do Gabinete Civil teve um papel importante na história de Goiás, pois foi quem, na verdade, escolheu Ary Valadão para   governador de Goiás. (Consta, até, que Golbery teria participado de uma conspiração para retirar Irapuan Costa Junior do poder.)

Irapuan Costa Junior e Ary Ribeiro Valadão | Foto: Reprodução

Na época, o governador era eleito indiretamente pela Assembleia Legislativa, mas o nome de fato era ungido pelos militares. O então governador Irapuan Costa Junior   — hoje, colunista do Jornal Opção — desejava que seu sucessor fosse José de Assis. Mas Ary Valadão, amigo de Golbery, é quem seria indicado.

Depois de Ary Valadão, voltariam as eleições diretas para governador e Iris Rezende foi eleito, em 1982, derrotando Otávio Lage, do PDS.