Brasil, ONU, Oswaldo Aranha e o mico de Bolsonaro em Nova York

26 setembro 2021 às 00h00

COMPARTILHAR
Oswaldo Aranha deixou excelente imagem na ONU. Já Bolsonaro reforçou a imagem do Brasil como pária internacional

Oswaldo Aranha (1894-1960) foi uma das mais importantes figuras da vida política brasileira. Muito amigo de Getúlio Vargas, também gaúcho, Aranha era ministro do Exterior do Brasil quando representou o País na abertura da Organização das Nações Unidas, fazendo o primeiro discurso. Por esta razão o Brasil tem o privilégio da fala de seus presidentes quando o organismo abre sua assembleia geral, sempre no mês de setembro. (Por sinal, Oswaldo Aranha é respeitado em Israel, por causa da criação do país, e também nos Estados Unidos, porque, como ministro, influenciou a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados. Ele, ao contrário de alguns parceiros de Getúlio Vargas, era antinazista.)

Neste ano o privilégio acabou constrangendo os brasileiros, com má repercussão do discurso do presidente Jair Messias e Bolsonaro e cenas insólitas em Nova York, com o presidente e ministros comendo pizza na rua e gente da comitiva, inclusive o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, contraindo Covid.
A ida de Bolsonaro a Nova York reforçou a imagem do Brasil como pária internacional. Noutras palavras, o país tende a receber menos investimentos e, por isso, a crise econômica deve se aprofundar.