Os militares da linha dura pressionaram e o presidente Castello Branco acabou por derrubar o governador

Na semana que passou completaram-se 57 anos do golpe civil-militar de 31 de março de 1964.

Na noite do golpe, sob grande expectativa, o então governador Mauro Borges fez um pronunciamento e o apoiou.

O padre Rui Rodrigues era secretário de Educação e ficou contrariado com a posição do governador. Padre Rui estava certo.

Padre Rui Rodrigues: secretário da Educação do governo de Mauro Borges | Foto: Reprodução

Os militares da linha dura foram se atritando com o governador e no dia 26 de novembro — oito meses depois do golpe —, o presidente Castello Branco (que havia sido padrinho de casamento do coronel do Exército Mauro Borges) decretou arbitrária intervenção federal em Goiás.

Padre Rui celebrava a missa das 19 horas de domingo na Catedral Metropolitana e aproveitava o sermão para atacar o regime militar. Mas, perseguido, acabaria se exilando na França. Deu aulas na África. Com a Anistia, voltou para o Brasil e foi secretário da Educação do Tocantins. Não era mais padre, mas a palavra ficou como uma espécie de prenome — Padre Rui.