Apoio de Mauro Borges ao golpe de 64 descontentou o Padre Rui
04 abril 2021 às 00h00
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Os militares da linha dura pressionaram e o presidente Castello Branco acabou por derrubar o governador
Na semana que passou completaram-se 57 anos do golpe civil-militar de 31 de março de 1964.
Na noite do golpe, sob grande expectativa, o então governador Mauro Borges fez um pronunciamento e o apoiou.
O padre Rui Rodrigues era secretário de Educação e ficou contrariado com a posição do governador. Padre Rui estava certo.
Os militares da linha dura foram se atritando com o governador e no dia 26 de novembro — oito meses depois do golpe —, o presidente Castello Branco (que havia sido padrinho de casamento do coronel do Exército Mauro Borges) decretou arbitrária intervenção federal em Goiás.
Padre Rui celebrava a missa das 19 horas de domingo na Catedral Metropolitana e aproveitava o sermão para atacar o regime militar. Mas, perseguido, acabaria se exilando na França. Deu aulas na África. Com a Anistia, voltou para o Brasil e foi secretário da Educação do Tocantins. Não era mais padre, mas a palavra ficou como uma espécie de prenome — Padre Rui.