“Sou totalmente contra as mudanças na região do Jardim Botânico”
09 abril 2016 às 10h05
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Roberth Lutiane
Cresci na Alameda Botafogo e sou totalmente contrário à verticalização daquilo pouco que resta de área verde original na capital, na região do Jardim Botânico, como está sendo proposto na chamada Operação Urbana Consorciada (OUC). Um parque não depende de um conjunto de prédios para servir à população.
Façam o simples. Vamos lá em um domingo e todos verão os moradores dali passeando tranquilamente pela região. Detalhe: temos ali uma faculdade, algumas empresas e residências. Pra que fazer prédio se se pode ter um grande parque que atenda mais gente do que essa vontade desenfreada de verticalizar as margens das poucas áreas verdes e puras da cidade?
Você consegue vislumbrar como seria um luar, o nascer ou o pôr do sol sem aquele monte de prédios ao redor do Parque Flamboyant? Será que já pensaram nisso? A verticalização das margens das áreas verdes vai contra a sustentabilidade, que já é pouca em nossa cidade. O Setor Pedro Ludovico vai perder o restante do seu charme para o capital especulativo dos arranha-céus. Questiono esse viés de pensamento extremamente financeiro e que vai matar literalmente a alma de um dos melhores bairros populares de Goiânia.
Roberth Lutiane é vendedor.
“Marilena Chauí deveria abrir uma ‘portinha’ para sentir os efeitos da crise”
Greice Guerra
Em relação à nota “Marilena Chauí chama Aécio Neves de moleque e diz que tem iate de 250 milhões de dólares” (Jornal Opção Online), publicada na coluna “Imprensa”, tenho a dizer que acredito que os argumentos colocados por ela são fracos e não possuem muito fundamento. Ela está preocupada com o patrimônio do senador Aécio Neves (PSDB-MG), enquanto deveria estar assim pela situação econômica do País, que, independentemente de quem tomar o poder, demorará no mínimo 20 anos para se recuperar. Além disso, a filósofa deveria apresentar soluções que começassem a tirar o Brasil da recessão em que o mesmo se encontra. Deveria também observar o mercado e seus índices, que cada vez mais são assustadores e vergonhosos.
Creio que Marilena está trabalhando no “varejo” e não no “atacado” — e lendo “poesia” também. É uma postura própria desses petistas que nunca produziram no País, nunca tocaram sequer uma “banca de frutas” para sentir a dificuldade de se empreender e se manter no mercado. A maioria das leis no Brasil é elaborada por quem nunca produziu absolutamente nada, por quem nunca esteve em uma linha de produção. Por isso mesmo é que a maioria das leis é inexequível e acaba por destruir as empresas. Creio que essa senhora, ao invés de estar preocupada com patrimônio “alheio” e se ele existe ou não, deveria trabalhar. Não no governo, mas, sim, abrindo uma “portinha” para sentir na pele os efeitos econômicos de um governo populista, desarticulado e desgovernado. E ter de literalmente “rebolar” para lidar com tais efeitos para manter essa “portinha” aberta. Acredito que depois dessa “experiência” a professora Marilena Chauí mudaria muito seus conceitos e valores, e passaria a trabalhar mais no “atacado”.
Greice Guerra é economista.