Estudo de Impacto de Vizinhança do gigante deve ser questionado na Justiça
Estudo de Impacto de Vizinhança do gigante deve ser questionado na Justiça

Adalberto de Queiroz

A respeito do editorial “Cons­tru­­tores não podem se tornar os ver­dadeiros ‘donos’ de Goiânia” (edição 2013), destaco a postura in­dependente do Jornal Opção, que, mesmo estampando publicidade da prefeitura municipal, não se omite:

“O que o Jornal Opção está propondo é que Goiânia seja de fato uma cidade para os goianienses — não apenas para os proprietários das grandes construtoras e imobiliárias. Uma palavra final: bater palmas para os poderosos, só porque são endinheirados, não é sinônimo de modernidade, e sim de atraso. É o que, na falta das palavras justas buscadas pelo escritor francês Flaubert, podemos nominar de “vanguarda do atraso”. Os goianienses devem lutar para que sua cidade não seja dirigida por um poder paralelo e acima das leis. Um futuro melhor depende de um presente melhor.”

Isso prova que “o jornal não é contra o progresso, não tem a intenção de dificultar os negócios dos empreendedores. O que propõe é que haja uma discussão ampla com foco no interesse não apenas dos empresários, mas sobretudo no de todos os cidadãos.”

Adalberto de Queiroz é escritor.

 

“Nunca fui ouvido sobre o Nexus”

Robson Dias

Eu nunca fui ouvido sobre esse Nexus. Nem ninguém da vizinhança. Ninguém concorda com isso. Só quem depende daquele trajeto sabe o inferno que fica a Praça do Ratinho em horários de pico. Mas, enfim, será construído não é? Fazer o quê!

Robson Dias é empresário.

 

“Risco de rebaixamento do lençol freático”

José Carlos Marqui

As únicas nascentes das águas do Córrego Buritizal, no Clube de En­ge­nharia (Avenida 136), passam ao lado da Pra­ça do Ratinho, canalizadas e destinadas à vida hídrica do abastecimento dos la­gos do Bosque dos Buritis. De­pen­dendo da profundidade das garagens su­bterrâneas escavadas, do projeto Ne­xus, haverá risco iminente do rebaixamento do lençol freático, esgotando o a­bas­tecimento das águas do Bosque dos Bu­ritis, que será um parque sem vida (fau­na, flora, paisagem, clima e visitantes).

José Carlos Marqui é auditor fiscal.

 

“É o caos programado ou inconsequente”

Newton Marcos Porto

Totalmente lamentável. De­pois que a porcaria estiver feita e, consequentemente, ficar mais caótico o trânsito, daí virá a SMT [Secretaria Municipal de Trânsito] tentando fazer remendos, plantando “taca-multas”, faixa disso e faixa daquilo, microrrotatórias e reclamando que a cidade tem veículos demais. É o caos programado ou inconsequente?

 

“Goiânia vai deixando de ser uma cidade verde”

Mozart Fialho Jr. 

Infelizmente – e especialmente em cidades grandes – o que se vê não é a preocupação com a qualidade de vida para a qual são destinados estes microparques e pracinhas que já possuem “donos”. O que se vê, aqui, é uma cidade 24 horas, onde só se pensa em trabalho e ganhar dinheiro pra dar conta do recado. Qualidade de vida, se quiser, junte seu dinheirinho e vá passar um fim de semana em Pirenópolis, ou em Goiás, que já está de bom tamanho. Goiânia, com esse crescimento esquizofrênico, vai deixando de ser uma “cidade verde” para dar lugar a edificações gigantescas, que só sabem esconder o horizonte e obstruir as correntes de ar. Com a cimentação da cidade toda, o que nos resta é esse calor absurdo e, com as chuvas, mais problemas, com alagamentos pela cidade toda, junção de lixo e proliferação de doenças. Vai chegar um ponto em que isso aqui vai ficar intolerável.

Mozart Fialho Jr. é redator.

 

“Crescimento desordenado e a especulação estão pedindo passagem”

Costa Junior

Eu, na condição de geógrafo, fiquei pasmo com a seguinte situação: um lote que, entre valor venal e de mercado, custaria em torno de R$ 100 mil a R$ 120 mil, tem a pedida pelo proprietário de até R$ 250 mil porque está próximo de um muro de um condomínio fechado. Vamos acabar voltando à era dos feudos. O crescimento desordenado e a especulação imobiliária estão pedindo passagem, por mais que o governo esteja fazendo sua parte.

Costa Junior é radialista.

 

“Um artigo que põe o dedo na ferida”

Juca Fernandes

Artigo maravilhosamente escrito. Põe o dedo na ferida, mostra com clareza qual é o problema sem desmerecer ninguém. Ah, se toda a imprensa goiana fosse assim!

Juca Fernandes é editor de vídeo na Agência goiana de Comunicação (Agecom)

 

“Cria-se um parque para cercá-lo de prédios”

Alberto Nery dos Santos

Realmente um texto interessante. Só tem um porém: quem vai colocar na cabeça desses empresários que eles não mandam em Goiânia? Quem deveria proteger Goiânia seriam nossos vereadores, mas para que eles servem? São apenas criadores de títulos de cidadão goianiense e nada mais. Aqui em Goiânia, ao contrário de outras cidades, quando se cria um parque logo o mesmo é cercado de prédios. Exemplo temos o Parque Cascavel, que praticamente acabou com tudo que havia sido criado. Aí alguém ai dizer que sou contra o progresso, nada disso: sou talvez a única pessoa que só sente feliz na cidade. Até chego a brincar que tenho saudade de quando a Avenida 85 era um congestionamento constante. Apesar de que a mesma hoje, graças à faixa exclusiva para ônibus, está tendo os mesmos problemas. Sei que o Jornal Opção tem a melhor das intenções, mas o poder aquisitivo ainda fala mais alto do que a população. Sabe essa chamada CEI das Pastas Vazias? Não vai dar em nada, porque quem financiam os vereadores são os grandes empresários da construção civil.

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