O jovem deputado tucano Alexandre Baldy, por  enquanto, é só indefinição | Foto: Renan Accioly
O jovem deputado tucano Alexandre Baldy, por
enquanto, é só indefinição | Foto: Renan Accioly

O deputado federal Alexandre Baldy (PSDB) está realmente no páreo para ser o candidato tucano à Prefeitura de Anápolis? Esta é a pergunta mais recorrente entre os tucanos e simpatizantes do partido do parlamentar. O ex-secretário de Indústria e Comércio foi quinto deputado mais votado no Estado, com 107.544 votos nas eleições de 2014, e recebeu pouco mais de 29 mil votos somente dos eleitores anapolinos. Neste momento, o nome do jovem empresário de 34 anos não é lembrado por aqueles que vivem e fazem a política anapolina, porém não se pode considerá-lo uma carta fora do baralho no processo eleitoral de 2016.

Próximo do governador Marconi Perillo (PSDB) e benquisto pelo empresariado da “Manchester goiana”, o jovem parlamentar que até então se mantém discreto, poderá ser lançado ao desafio hercúleo de enfrentar nas urnas o prefeito João Gomes (PT). Isso porque se a engenharia política que está em curso não der certo, a qual objetiva formar uma aliança entre PT e PSDB, com o vereador Fernando Cunha Neto na vice do prefeito petista, Baldy surgirá como o candidato da unidade tucana.

O deputado pode ter adotado a velha estratégia de esperar ser aclamado por seus correligionários, ou seja, sem precisar impor sua candidatura. Esta situação pode ocorrer no momento em que o PSDB anapolino entender que será necessária uma candidatura consistente, não podendo se dar ao luxo de apenas cumprir tabela. Noutras palavras, seja qual for o candidato tucano, para enfrentar a máquina eleitoral de João Gomes e do ex-prefeito Antônio Gomide, será preciso um candidato que tenha estrutura. O que se tem de convicção entre os tucanos anapolinos é que apenas um quadro preencheria este pré-requisito básico: Alexandre Baldy.

Somente ter estrutura não é o suficiente para ganhar eleição. Se de fato for o candidato tucano a prefeito, Baldy vai precisar se aproximar mais da sociedade anapolina, ou seja, terá que descer da confortável SUV de fabricação inglesa e queimar a sola do sapato percorrendo a pé os bairros de Anápolis. Mais uma vez o homem de negócio terá que pendurar o terno Armani para receber o banho do povo vestindo a emblemática camisa azul com as mangas arregaçadas. Não será tarefa fácil, entretanto, para representar com altivez o partido do governador na cidade que sempre rendeu votações expressivas ao tucano chefe, qualquer sacrifício será válido.

Entrar para ganhar

Se Baldy for o candidato terá que entrar no jogo para ganhar. Isso porque, se sair derrotado em 2016, se fragiliza para um projeto ainda maior que é o governo estadual em 2018. Justamente por isso que há muitos políticos que apostam que a candidatura do empresário a prefeito não aconteceria neste momento. Mesmo com grande estrutura e com Marconi como principal cabo eleitoral,  na atual circunstância seria muito difícil o deputado tucano vencer João Gomes.

Seja qual for os desdobramentos desta história é bom ficar de olho em Baldy. É certo que, como candidato ou na condição de apoiador de outra candidatura, o tucano terá influência direta nos rumos do resultado do pleito municipal do ano que vem.