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“Todos os melhores lugares estavam cheios de pessoas que faziam esforços para ver personagens cujas deliberações deviam ter um tão formidável efeito na rota do futuro. Todos os telhados ostentavam populares. As árvores e os postes telefônicos eram campos de batalha onde os espectadores disputavam lugares freneticamente. As janelas dos edifícios estavam cheias a transbordar.”

O repórter Willian Phillip Simms, correspondente da United Press, escreveu detalhes do acontecia em Paris no dia 18 de janeiro de 1919. A Cidade Luz recebia os principais líderes europeus para discutir os destinos do mundo logo após o final da Primeira Guerra Mundial. Os curiosos se aglomeravam (naquela época podia) em torno do edifício do Quai-d’Orsay para verem o que estava acontecendo. O jornal carioca “O Paiz” publicou o relato do repórter em sua primeira página.

Encerradas as batalhas nas trincheiras europeias, era preciso pensar nas mudanças que a Grande Guerra causou. A Conferência de Paz de 1919 não somente selou o fim da guerra como traçou “a rota do futuro”.

A partir daquela reunião em Paris, foram estabelecidas as linhas iniciais do que seriam o Tratado de Versalhes e a Liga das Nações. A Alemanha foi considerada a principal culpada pela guerra e sofreu as maiores sanções. Aliás, isto foi um dos pretextos que fortaleceu o partido Nazista e levou a Alemanha à Segunda Guerra Mundia (cujo término completará 80 anos em 2025, no próximo ano).

A Liga das Nações foi uma sugestão do presidente norte-americano Woodrow Wilson para manter a paz mundial nos tempos seguintes.