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Jesus Ressuscitado apareceu para os discípulos, mas Tomé não estava. Imagino a alegria dos discípulos vendo o Senhor vivo, vencedor da morte. A fé sendo renovada! Alegria no coração! O medo dissipado! Mas Tomé não compartilhou desse momento. Imagino ele chegando no lugar onde os discípulos estavam. “Nós vimos Jesus!” “Ele está vivo mesmo!” E Tomé não acreditando. “Só acredito se eu tocar nas suas feridas e no seu lado”.

Imagino também a discussão entre eles. Pedro levantado e indo até Tomé: “Você está duvidando de nós? Acha mesmo que todo mundo aqui está mentindo?” A Sagrada Escritura não traz detalhes que satisfaçam a nossa curiosidade. Padre Léo escreveu no livro “Roteiros bíblicos de cura interior” que é importante imaginarmos as passagens bíblicas para vivermos em nosso coração, em nossa vida cada versículo.

Oito dias depois, Jesus apareceu novamente para os discípulos e dessa vez Tomé estava presente. O Senhor pediu para ele tocar nas feridas e no lado. Caravaggio conseguiu descrever essa cena maravilhosamente bem. Tomé tocou Jesus e disse: “Meu Senhor e Meu Deus”. Finalmente ele acreditou! Se Tomé acreditou porque viu, felizes aqueles que acreditam sem ter visto.

Uma vez eu li ou ouvi alguém dizendo que essa experiência de Tomé tocando o Senhor era o encontro da fé com a razão. A primeira nos pedindo que acreditemos, mesmo sem prova concreta. A segunda, a partir da prova concreta, acreditemos. Na encíclica “Fides et ratio”, São João Paulo II nos fala sobre a fé e a razão. Uma caminha junto com a outra.
Talvez os discípulos também quisessem ter a mesma experiência de tocar Jesus Ressuscitado. Mas, para eles, só o fato de ver e vivenciar a presença do Senhor vivo já derrubava todas as dúvidas. Outros querem uma prova, um sinal, como Tomé. Nosso Senhor Jesus Cristo responde todas as questões.

Hoje a Igreja celebra a memória de São Tomé. Ele viu, ele tocou, ele acreditou e ele anunciou que Jesus está vivo.