O “comeback special” da NBC, a alegria de Charlie Hodge e o retorno de Elvis Presley
03 dezembro 2024 às 13h30
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Depois do Elvis, o cara que mais gostou do Comeback Special da NBC foi Charlie Hodge. A alegria dele em participar daquele momento tão importante da carreira do Elvis é contagiante. Ele o acompanhou no violão, fez vocal e lembrou a letra de “Heartbreak Hotel” quando Elvis esqueceu. Talvez essa alegria e essa ajuda tenha convencido Elvis a chamar o amigo para estar com ele nos palcos durante os shows dos anos 1970. Hodge virou “o cara que me dá os lenços, água e canta a harmonia”, como Elvis o apresentava nos shows.
O Comeback foi um divisor na carreira do Elvis. Ele precisava urgentemente dar uma nova roupagem à sua forma. “The Pelvis” ficou no passado. O especial de televisão na NBC era a oportunidade para ele mostrar que ainda era o Rei do Rock. Se dependesse do seu empresário Coronel Parker, o especial teria temática natalina e Elvis apareceria vestido de Papai Noel. Só que o comando estava nas mãos de Steve Blinder que entendeu o que Elvis queria para o momento e extraiu o melhor dele.
O especial foi ao ar em 3 de dezembro de 1968 e foi um sucesso. O público viu um Elvis magrinho, em forma, com a voz mais grossa e potente. Viu o ídolo dos anos 1950 atravessar os 1960 já pronto para abalar os 1970. Elvis encerrou cantando “If I can’t dream”, uma música que homenageava Robert Kennedy e Martin Luther King, mortos em 1968. É uma pena ele não ter cantado essa música nos shows dos anos 1970.
Era a volta por cima do Rei. Ele estava de volta. E a gente que é fã ficou feliz igual o Charlie Hodge ao lado do Elvis na gravação do Comeback.
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