O amor de John Lennon e Yoko Ono: da paz mundial à separação dos Beatles

Em 1966, John Lennon estava em Londres e foi a uma exposição de arte. Ele ficou encantado com uma obra na qual o visitante deveria subir em uma escada até o teto, pegar uma lupa e ler a palavra “Sim”. Ao descer da escada, Lennon queria conhecer quem fez aquela obra.

Como todo beatle em 1966 tinha as portas abertas e os acessos facilitados, não demorou para que John Lennon conhecesse “o” artista. Era uma japonesa, de cabelos longos, chamada Yoko Ono. Um encontro que marcou não somente a vida dos dois, mas foi determinante para o destino dos Beatles.

Desde aquela exposição, o coração de John Lennon ficou balançado por causa de Yoko Ono. Seu casamento com Cynthia Powell não ia bem. Não demorou para que a separação viesse liberando os dois rebeldes para iniciar uma história de amor.

Dois anos depois daquele baque na exposição de arte em Londres, Lennon e Yoko assumiram o namoro publicamente e dividiram o mesmo teto. Por onde um ia, o outro seguia atrás. Até nas gravações dos Beatles, John levava sua nova namorada.

É claro que os outros três beatles não acharam aquilo legal. A gravação do “Álbum Branco”, em 1968, foi o primeiro momento tenso da banda. Yoko era a intrusa e teve a ousadia de cantar um verso na música “The Continuing Story of Bungalow Bill”

Depois da morte do empresário Brian Epstein, em 1967, os Beatles ficaram livres para fazer tudo. Abandonaram os ternos, os cabelos bem cortados, adotaram vestimentas coloridas e deixaram o cabelo e a barba crescerem. Até sobre política eles começaram a falar. John Lennon era o que mais falava.

Com Yoko, John Lennon mergulhou de cabeça em manifestações pela paz mundial. Em 20 de março de 1969, John e Yoko se casaram em Gibraltar, território britânico ao sul da Espanha. Após a assinatura dos papéis, John e Yoko passaram a lua de mel em Amsterdam, na Holanda.

Deitados em uma cama de um quarto de hotel, os dois chamaram a atenção do mundo inteiro ao pregarem a paz e o fim da guerra do Vietnã. Foi neste período que saiu a música “Give peace a chance”.

Os Beatles já não eram mais os mesmos. Cada um queria seguir o seu próprio caminho. John Lennon preferia mais lutar pela paz mundial com Yoko Ono do que compor com Paul McCartney. A banda caminhava para o seu fim, como de fato aconteceu em 1970. O sonho acabou, mas não o amor de John Lennon e Yoko Ono. Os dois continuaram firmes pela década seguinte e a separação veio em 8 de dezembro de 1980, quando Lennon foi assassinado em Nova York.

Só mesmo a morte para separar um amor tão intenso como o de John Lennon e Yoko Ono.