Eu nunca entrei no Maracanã. Em 2008, quando estive no Rio de Janeiro, dei uma volta em torno do estádio. Vi a estátua do Belini, os portões de entrada, um cenário que eu só via na televisão. Se pessoalmente nunca entrei no Maracanã, a televisão me levou até lá. Lembro de um São Paulo e Flamengo em 2007, quando Rogério Ceni, do meio do campo, lançou a bola para a área e Borges marcou o gol. Imagens de gols no Maracanã são antológicas. A torcida, aquela imensa estrutura de concreto.

O estádio foi inaugurado em 16 de junho de 1950 para a Copa do Mundo realizada no Brasil. O nome oficial do Maracanã é Jornalista Mário Filho, cronista esportivo e irmão do também jornalista Nelson Rodrigues. Foi o palco da grande final. Brasil e Uruguai disputaram a Jules Rimet de 1950. Os uruguaios levaram a melhor e o caneco da competição para casa. O Maracanã virou Maracanazzo. Demorariam oito anos para o choro virar alegria.

O gramado do Maracanã viu e ouviu de tudo. Desde xingamentos à mãe do juiz até cantos da torcida passando pelas táticas dos treinadores. O Canal 100 registrou os dribles, os golaços, a torcida na geral. Hoje está tudo diferente, mas a magia do Maracanã permanece. Não foi somente a bola de futebol que desfilou nos gramados do Maracanã. O templo do futebol virou palco para o show do Paul McCartney e altar para celebrarmos com o papa João Paulo II.

Mesmo não sendo carioca, mesmo nunca ter entrado no Maracanã, são tantas as imagens que nos vem à cabeça que parece que, todos os domingos descemos o trem da Central do Brasil para ver mais um jogo no estádio.