Maracanã: para sempre o templo sagrado do futebol, de Paul McCartney e do papa João Paulo II

16 junho 2023 às 21h35

COMPARTILHAR
Eu nunca entrei no Maracanã. Em 2008, quando estive no Rio de Janeiro, dei uma volta em torno do estádio. Vi a estátua do Belini, os portões de entrada, um cenário que eu só via na televisão. Se pessoalmente nunca entrei no Maracanã, a televisão me levou até lá. Lembro de um São Paulo e Flamengo em 2007, quando Rogério Ceni, do meio do campo, lançou a bola para a área e Borges marcou o gol. Imagens de gols no Maracanã são antológicas. A torcida, aquela imensa estrutura de concreto.
O estádio foi inaugurado em 16 de junho de 1950 para a Copa do Mundo realizada no Brasil. O nome oficial do Maracanã é Jornalista Mário Filho, cronista esportivo e irmão do também jornalista Nelson Rodrigues. Foi o palco da grande final. Brasil e Uruguai disputaram a Jules Rimet de 1950. Os uruguaios levaram a melhor e o caneco da competição para casa. O Maracanã virou Maracanazzo. Demorariam oito anos para o choro virar alegria.
O gramado do Maracanã viu e ouviu de tudo. Desde xingamentos à mãe do juiz até cantos da torcida passando pelas táticas dos treinadores. O Canal 100 registrou os dribles, os golaços, a torcida na geral. Hoje está tudo diferente, mas a magia do Maracanã permanece. Não foi somente a bola de futebol que desfilou nos gramados do Maracanã. O templo do futebol virou palco para o show do Paul McCartney e altar para celebrarmos com o papa João Paulo II.
Mesmo não sendo carioca, mesmo nunca ter entrado no Maracanã, são tantas as imagens que nos vem à cabeça que parece que, todos os domingos descemos o trem da Central do Brasil para ver mais um jogo no estádio.