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Em 1988, o ex-deputado Manuel de Oliveira apresentou um projeto de lei na Assembleia Legislativa que deu o que falar. Ele propôs a emancipação de Campinas, ou seja, o bairro voltaria a ser uma cidade. Desde 1935, quando Pedro Ludovico assinou o decreto que criou o município de Goiânia, que a histórica Campininha das Flores foi incorporada à nova capital. Não demorou para o agora Setor Campinas apresentar inúmeros problemas como falta de água, ruas esburacadas e seus prédios históricos caindo aos pedaços. Com o crescimento de Goiânia, a Prefeitura não conseguia resolver as pendências dos campineiros.

A proposta de Mané de Oliveira não era novidade. Em 1956, a ex-deputada Almerinda Arantes apresentou um projeto semelhante na Assembleia. Nos dois casos, a imprensa noticiou o bafafá que esse projeto causou. Uns favoráveis, outros contra. Os vereadores de Goiânia não queriam saber de emancipação de Campinas, pois caso isso acontecesse, diminuiria o número de parlamentares na Câmara Municipal. O ex-prefeito de Goiânia, Joaquim Roriz, prometeu despachar pelo menos uma vez por semana em Campinas. A polêmica serviu pelo menos para uma coisa: chamar a atenção para o abandono que o bairro pioneiro enfrentava.

Tanto em 1956 quanto em 1988, o projeto de emancipação de Campinas não foi para frente. O bairro continua sendo o mais tradicional de Goiânia.

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