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Gamaliel era um doutor da lei e participou de uma reunião com outros doutores da lei e sumos sacerdotes.

Conforme nos mostra em Atos dos Apóstolos, Gamaliel advertiu os colegas sobre qualquer ação contra os cristãos: “Não vos ocupeis demais com estes homens, e deixai-vos ir embora! Pois, se é dos homens que vem o propósito ou o empreendimento deles, desaparecerá por si mesmo; se é de Deus, não podeis fazê-los desaparecer” (At 5, 38-39).

Quanto mais se perseguiam os cristãos, mais pessoas se convertiam ao Cristianismo. Eis que o Evangelho chegou até Roma, coração do império.

Pedro, Paulo e tantos discípulos de Jesus foram martirizados em solo romano. Mesmo assim, aquela religião vinda da Judéia continuava se espalhando pelas ruas e catacumbas romanas.

Até soldados do grandioso exército romano se tornaram cristãos. Um deles se chamava Sebastião. Ele não cumpria ordens para matar seus irmãos de fé. Os imperadores Diocleciano e Maximiano eram seus amigos e o designaram capitão da Guarda Pretoriana. A postura amigável de Sebastião com os cristãos o fez romper os laços com o imperador e foi considerado um traidor. Tal qual os primeiros apóstolos, Sebastião foi condenado a morte. Seu corpo foi cravado de flechas. Acreditando que estava morto, os romanos jogaram seu corpo no rio.

Sebastião estava vivo e foi resgatado das águas por Irene. O antigo soldado se apresentou ao imperador que ordenou que o matasse. Sebastião foi espancado até a morte e seu corpo jogado no esgoto público de Roma. Morto, o corpo foi enterrado em uma catacumba romana. São Sebastião é hoje celebrado no dia 20 de janeiro. No Rio de Janeiro, o santo é padroeiro da cidade, pois teria intercedido pelos portugueses na luta contra os franceses pela Baía da Guanabara.

Gamaliel tinha razão. Não se mexe com esses cristãos. Hoje eles estão em todo o mundo.