Quando um cantor ganha o apelido de “A Voz”, até quem não é fã tem o dever de saber quem é. Assim é Frank Sinatra, nascido em 12 de dezembro de 1915, em Nova Jersey, Estados Unidos. O sucesso veio no começo da década de 1940, tempos difíceis em que o mundo vivia a Segunda Guerra Mundial. Sinatra alcançou o topo das paradas de sucesso e sua estrela nunca mais apagou.

Eu não sei se era regra, se estava no contrato ou se era para conquistar tudo quanto é tipo de fã, mas todo cantor que fazia sucesso tinha que estrelar um filme. Foi assim com Carmen Miranda, com Elvis Presley, com os Beatles e com Frank Sinatra não foi diferente. Ele participou do filme “Onze Homens e um Segredo”, entre outros.

No Brasil, a fascinação por Sinatra começou em 1949. No Rio de Janeiro foi fundado o fã clube Sinatra-Farney. Dick Farney seria o nosso Frank Sinatra dos trópicos. A gente sempre tenta abrasileirar o sucesso lá de fora. Mas foi nos anos 1960 que Sinatra ganhou os corações dos brasileiros ao convidar Tom Jobim para dividir um disco com músicas da bossa nova. É lindo de se ver e de se ouvir Jobim ao violão enquanto Sinatra calmamente canta a versão americana de Garota de Ipanema, com um cigarro aceso entre os dedos.

Em 1980, Sinatra veio ao Brasil para fazer um show no Maracanã. Ele cantou para mais de 140 mil pessoas no estádio sem contar para os milhões que assistiam pela televisão. O cara era um fenômeno. Uma espécie, digamos assim, de Billie Holiday de calça e branco. Rui Castro diz que ele foi influenciado pela grande cantora Mabel Mercer.