Brasília Kubitschek de Oliveira faz 63 anos hoje

“Deste Planalto Central, desta solidão, que em breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, eu lanço novamente o meu olhar sobre o amanhã de meu país e antevejo esta alvorada, com uma fé inquebrantável e uma confiança sem limites em seu grande destino.”

O mineiro de Diamantina Juscelino Kubitschek cumpriu a promessa feita ao Toniquinho da Farmácia, quando fez seu primeiro discurso durante a campanha presidencial de 1955, em Jataí.

Se fosse eleito, cumpriria a Constituição, artigo por artigo. Se nela constava a transferência da capital federal para o Planalto Central, também seria cumprido. Brasília já existia nas mentes dos inconfidentes, de José Bonifácio e dos constituintes de 1946. Só faltava alguém com uma fé inquebrantável e uma confiança sem limites para fazer Brasília virar realidade.

Em menos de quatro anos, a capital federal foi construída na solidão do Planalto Central. Desde os tempos coloniais que os brasileiros estavam voltados para o litoral. A construção de Brasília mobilizou um monte de gente que acreditou no sonho de Dom Bosco de que, entre os paralelos 15 e 16, estaria a terra prometida onde jorraria leite e mel. Desde 1957 que homens e máquinas rompiam o silêncio do cerrado para tornar realidade o sonho do santo.

Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960. Os palácios com o concreto armado de Oscar Niemeyer, o Plano Piloto com o traçado de Lucio Costa, o Brasil moderno era apresentado para quem quisesse ver e apreciar. Tudo tão alto, tão largo, tão imenso. Brasília não foi apenas o cumprimento de uma promessa de campanha ou de um sonho de Dom Bosco. Foi a grandeza de um presidente que ousou olhar seu país com os olhos da fé e da confiança.

O jornalista com pegada de historiador Iuri Rincon Godinho diz que Goiânia é a “mãe” de Brasileira. De fato, é. Assim como Brasília é “mãe” de cidades como Águas Lindas e Brasília, criadas no seu entorno há pouco tempo.