Ao voltar a sediar uma Olimpíada, os alemães encaram o terror

05 setembro 2023 às 12h57


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A Olimpíada de 1936 ficou marcada pelo predomínio das bandeiras nazistas e de Adolf Hitler tentando usar aqueles jogos como vitrine para a Alemanha nazista. Em 1972, os alemães voltaram a sediar um jogos olímpicos.


Apesar das péssimas lembranças, a Olimpíada de Munique pretendia ser diferente, retomar o espírito festivo tradicional dos jogos. Mas, um massacre marcou a competição.
No dia 5 de setembro de 1972, um grupo de terroristas chamado “Setembro Negro” matou atletas israelenses e fez outros de reféns. Os assassinos levaram os reféns para o aeroporto e iriam embarcar em um Boeing 727 que já esperava para a fuga. A polícia alemã armou um esquema para capturar os terroristas e libertar os reféns. Policiais e terroristas entraram em confronto e os atletas israelenses que foram feitos reféns morreram.
O Correio da Manhã publicou um editorial a respeito deste dia triste na história olímpica: “Quando o Chanceler alemão Willy Brandt disse ontem que ‘se acabaram os momentos de felicidade em Munique’ tinha tragicamente razão. O ideal olímpico foi violado, assassino da própria história, já que encerrou a tradição das Olimpíadas: na velha Grécia até as guerras eram interrompidas para a confraternização do esporte.
Em lugar da competição atlética, sobrevieram a desconfiança, o medo e a revolta em Munique. “Tanto em 1936 como em 1972, o espírito olímpico foi ofuscado pelo sangue, a tristeza e o medo”.