Na sexta-feira, 26 de julho de 2024, a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris transformou o Rio Sena em um palco grandioso, onde a música desempenhou um papel central, unindo tradição e inovação em uma celebração cultural sem precedentes. Pela primeira vez na história dos Jogos, a cerimônia foi organizada fora de um estádio, com as 205 delegações desfilando em barcos e lanchas, enquanto o público, ainda que sob chuva intensa, aplaudia entusiasticamente.

Um dos momentos memoráveis da noite foi a apresentação da soprano Marina Viotti, que encantou o público com uma interpretação da ária “Habanera” da ópera Carmen de Bizet. Sua performance, surpreendentemente acompanhada por uma fusão com sons pop, destacou a versatilidade e a riqueza da música clássica quando combinada com estilos contemporâneos. Este encontro entre o clássico e o moderno simbolizou a essência de Paris: uma cidade que honra seu passado enquanto abraça o futuro.

Lady Gaga na abertura das Olimpíadas 2024 | Foto: Reprodução

A presença de artistas pop também trouxe um dinamismo especial à cerimônia. Lady Gaga, uma das figuras mais influentes da música contemporânea, apresentou-se de maneira impressionante, misturando elementos de música, moda e performance artística que refletiram a vibrante cena cultural de Paris. Sua apresentação foi seguida pela cantora Aya Nakamura, que, apesar das controvérsias envolvendo críticas de alguns setores políticos, encantou a multidão com seu hit “Djadja”. Nakamura, nascida no Mali e criada na França, usou sua música para celebrar a diversidade cultural e enfrentar preconceitos, demonstrando como a música pode ser um poderoso veículo de expressão e resistência.

Juliette Armanet na abertura das Olimíadas 2024 | Foto: Reprodução

Outro momento marcante foi a performance do pianista Sofiane Pamart, que, acompanhado pela cantora Juliette Armanet, interpretou a icônica “Imagine” de John Lennon. A apresentação, realizada em uma pedra no meio do Rio Sena, trouxe uma mensagem de paz e unidade, reforçada pela imagem do piano em chamas, evocando a atualidade e a eternidade dos versos de Lennon.

Céline Dion na abertura das Olimíadas 2024 | Foto: Reprodução

O gran finale da noite foi marcado pela icônica cantora Céline Dion, que, do alto da Torre Eiffel, entregou uma performance emocionante de “L’Hymne à l’amour”. A escolha de Dion para este momento foi particularmente significativa, não apenas por sua estatura como artista internacional, mas também como uma celebração de seu retorno aos palcos após um período de afastamento devido a questões de saúde. Com sua voz poderosa e interpretação emotiva, Dion capturou o espírito olímpico, que celebra a superação das limitações e a união entre as nações.

A cerimônia também foi marcada por uma série de eventos inesperados, incluindo uma forte chuva que, embora tenha esfriado o ânimo em alguns momentos, não diminuiu o brilho da noite. Os rumores de ameaças de bomba trouxeram tensão, mas o evento continuou com segurança reforçada, demonstrando a resiliência e o espírito dos Jogos Olímpicos.

A participação dos atletas brasileiros também foi um momento de destaque, com Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann liderando a delegação, simbolizando a força e a determinação do Brasil no cenário olímpico.

No final, a pira olímpica, acesa pelos tricampeões olímpicos franceses Marie-José Perec e Teddy Riner, subiu aos céus como base de um grande balão, iluminando Paris e encerrando a cerimônia de forma apoteótica onde ficará até o final das olimpíadas.

Ouviremos Céline Dion, interpretação de “L’Hymne à l’amour” de Édith Piaf.

Observe como Dion elevou a cerimônia a um novo patamar de emoção, refletindo o espírito olímpico de perseverança e celebração da humanidade na cidade do amor.

Após a brilhante apresentação Dion deixou uma mensagem em suas redes sociais:

“Estou honrada por ter me apresentado esta noite, na Cerimônia de Abertura de Paris 2024, e muito feliz por estar de volta a uma das minhas cidades favoritas! Acima de tudo, estou muito feliz por celebrar esses atletas incríveis, com todas as suas histórias de sacrifício e determinação, dor e perseverança”