Em um debate esportivo do horário do almoço, em uma emissora de rádio, o assunto é a saída de um jogador do Vila Nova, por demanda trabalhista. E o comentarista resolver “criar” o termo “interrumpimento” do contrato. Percebendo que cometera um erro, ele retoma a frase e a reelabora, trocando “interrumpimento” por “interrompimento”.

Erros de português acontecem no rádio, um meio dinâmico e mais vulnerável a esse tipo de ocorrência, mas estão cada vez mais frequentes. Às vezes, não há preocupação nem mesmo em fazer um “mea-culpa”, o que, em princípio, deveria ser uma obrigação do bom profissional, também humano e sujeito a falhas. Por causa desse e de outros fatores, o rádio sofre queda na audiência. Há um processo acentuado de “interrupção” da boa vontade do ouvinte — cada vez mais exigente e com mais meios para se informar — com a (má) qualidade do serviço prestado.