O que se busca é formatar o sucessor do governador Marconi Perillo — quer dizer, “o” novo — para surpreender as oposições

Exibindo Filiação do vice-governador José Eliton no PSDB. Crédito - Wildes Barbosa (4).jpg

A filiação do vice-governador de Goiás, José Eliton, ao PSDB não pode ser tratada apenas como mais uma filiação. Porque é muito mais do que isto. Com três anos de antecedência, o tucanato está dizendo aos eleitores: nós temos um candidato a governador. É isto: a cúpula tucana, sabendo como é difícil, até muito difícil, preparar um “novo” Marconi Perillo, atual governador de Goiás, está praticando lançamento seu candidato. Primeiro, para que se torne conhecido. Segundo, para que a base o assimile como tal. Terceiro, para que se firme como político e gestor. Quarto, está bancando um nome novo, símbolo da renovação, moderno.

Portanto, o significado da filiação, com a presença do senador Aécio Neves, provável candidato do PSDB a presidente da República em 2018 — possivelmente com Marconi Perillo na vice, no caso de chapa pura —, é este: o PSDB está definindo seu candidato a governador, quer dizer, o sucessor de Marconi Perillo. É o recado preciso da filiação, aparentemente extemporânea. Só aparentemente, a se aceitar o que se disse no primeiro parágrafo.

O tucanato mostra inteligência, expertise política — enquanto a oposição se “renova” com Iris Rezende, com 83 anos (em 2016), disputando a Prefeitura de Goiânia. Os eleitores observam com atenção muito os atos do que as palavras.