O Popular inventou os articulistas de braços cruzados num país que, em crise, precisa de gente de braços descruzados. Seria o espírito do jornal?
O Popular inventou os articulistas de braços cruzados num país que, em crise, precisa de gente de braços descruzados. Seria o espírito do jornal?

A redação de “O Popular” parece ter cruzado os braços — daí o crescente volume de erros (até repórteres experientes estão se comportando como principiantes.

Mudaram o formato do jornal, de standard para berliner (muito mais funcional), mas o jornal é o mesmo. Reforma gráfica é uma coisa, reforma editorial, que abrange a gráfica, é outra coisa. A reforma editorial ainda não foi feita.

Mas uma coisa tem chamado a atenção dos leitores. Todos os articulistas, exceto Ruy Castro e Elio Gaspari, são obrigados a posar de braços cruzados. Fica a pergunta: será uma homenagem a um jornal que está cruzando os braços diante da vida? Pode não ser, mas é uma bobagem tremenda. Nem plasticamente é bonito.