“O Pintassilgo” (Companhia das Letras), de Donna Tartt, deve entrar na lista dos melhores romances publicados no Brasil em 2014. A prosadora americana escreve muito bem, tem uma imaginação poderosa e, por isso, sabe como poucos contar uma (intrigante) história. Há uma vantagem extra: a tradução de Sara Grünhagen é do primeiro time, fluente e sem erros. Aqueles que preferem cinema a ler um livro de 719 páginas podem ficar sossegados: o romance será adaptado pelo diretor Brett Ratner (“Hércules”). A Warner Bros adquiriu os direitos. Brad Simpson e Nina Jacobson serão os coprodutores. O trabalho do roteirista não será nada fácil, e não pelo tamanho do livro, e sim porque a história é intrincada e há detalhes que, embora importantes, não cabem num filme de duas horas. Mas o núcleo do romance é adaptável. Na página 33, o personagem Theo cita “Cidadão Kane”, de Orson Welles: “Gostei muito da ideia de uma pessoa poder reparar, casualmente, numa desconhecida fascinante e lembrar-se dela o resto da vida”.

Euler de França Belém
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