Secretária de Oskar Schindler numa fábrica, a judia colaborou para salvar cerca de 1300 judeus. A história rendeu livro e filme

Carmen Weitmann, mais conhecida como Mimi Reinhardt, morreu na sexta-feira, 8, aos 107 anos, em Tel Aviv, Israel, onde vivia desde 2007 Como secretária do industrial alemão Oskar Schindler, ela contribuiu para salvar cerca de 1.300 judeus das garras do nazismo de Adolf Hitler, Heinrich Himmler e Adolf Eichmann.

Mimi Reinhardt: a destemida judia austríaca contribuiu para salvar centenas de judeus das garras do nazismo de Adolf Hitler | Foto: Gideon Markowicz/FP

Corajosa, a judia Mimi Reinhardt elaborava a lista de judeus do gueto de Cracóvia, na Polônia, e os encaminhava para trabalhar na fábrica de Schindler. Agindo assim, os dois (além de Emilie Schindler, mulher de Oskar) evitaram que fossem deportados para os campos de concentração e extermínio dos nazistas — como Auschwitz-Birkenau, Treblinka e Sobibor, entre outros.

Mimi Reinhardt nasceu na Áustria e trabalhou com Schindler até 1945, quando a Segunda Guerra Mundial terminou, com a morte de Hitler e a prisão dos principais nazistas. Em seguida, foi para Nova York e, mais tarde, para Israel.

A história de Schindler está contada no livro “A Lista de Schindler” (Record, 424 páginas, tradução de Tati Moraes), do escritor australiano Thomas Keneally. A obra foi publicada em 1982

A pesquisa de Thomas Keneally foi levada ao cinema pelo diretor americano Steven Spielberg, em 1993, com o título de “A Lista de Schindler”. O filme foi estrelado por Liam Neeson, Ben Kingsley, Ralph Fiennes e Carolinne Goodall.