O “Estadão” listou “20 escritores sempre cotados para o Nobel, mas esquecidos pela Academia Sueca”

Philip Roth 1

1 – A. B. Yehoshua – Israelense. Autor de “Fogo Amigo”.

2 – Adonis – Poeta sírio. Cotado há vários anos. A guerra na Síria pode ajudá-lo.

3 – Amos Oz – Israelense. Escreveu “De Amor e Trevas”.

4 – António Lobo Antunes – Maior prosador português vivo. Autor de “Arquipélago da Insônia”.

5 – Bob Dylan – Americano. Seria um Nobel de Literatura mais pop.

6 – Cees Nooteboom – Holandês. Autor de “A Seguinte História”.

7 – Cormac McCarthy – Americano. Autor de um brilhante romance shakespeariano, “Meridiano Sangrento”. Autor do primeiro time às vezes visto como do segundo.

8 – Don DeLillo – Americano. Tão notável como Roth e John Updike, mas não tão canônico. Autor de “Homem em Queda” (sua resposta literária ao 11 de Setembro).

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9 – Haruki Murakami – Japonês. Tudo indica que há um lobby pró-autor do sofrível mas cult “1q84”.

10 – Ian McEwan – Inglês. O romance “Reparação” tem poucos páreos nos últimos 30 anos. É um romance brilhantíssimo.

11 – Ismail Kadaré – Albanês. Autor de “O Jantar Errado”.

12 – Joyce Carol Oates – Americana. A mais brilhante escritora americana viva, altamente produtiva. Autora de “A Filha do Coveiro”.

13 – Margaret Atwood – Canadense. Autora de “O Conto da Aia”. Tão boa escritora quanto Alice Munro e ótima crítica literária.

14 – Mia Couto – Moçambicano. Autor de “O Último Voo do Flamingo”.

15 – Milan Kundera – Tcheco. Escreve em francês. Um gênio literário subestimado pelo fato de ter se tornado popular com “A Insustentável Leveza do Ser”. Também grande crítico literário; na realidade, ensaísta.

16 – Ngugi wa Thiong’o – Queniano. Autor do celebrado romance “Sonhos em Tempos de Guerra — Memórias de Infância”.

17 – Philip Roth – Americano. Autor de dois livros importantes: “O Complexo de Portnoy” (filho americano de, quem sabe, Jonathan Swift) e “O Teatro de Sabbath”. [Primeira foto]

18 – Salman Rushdie – Indiano. Autor de “Versos Satânicos”. Corre-se o risco de a Academia Sueca premiá-lo por motivos políticos (perseguição dos iranianos) e não razões literárias (é, de fato, um grande escritor).

19 – Thomas Pynchon – Americano. Autor de “O Arco-Íris da Gravidade” e “Vício Inerente”. Se vencer, iria receber? É um problema para a Academia Sueca.

20 – Umberto Eco – Italiano. Subestimado como escritor, como Kundera, por ter se tornado popular com “O Nome da Rosa”. Precisa ser lido com mais abertura mental.

(A lista é do “Estadão”; os comentários, do Jornal Opção. Faltam outros escritores, claro; por exemplo, Martin Amis. Pode pintar surpresas, como em outros anos.)