Renata Vasconcellos está mais desenvolta e segura. Maria Júlia Coutinho, a moça do tempo, é um espetáculo à parte: bela e competente

Em busca de mais audiência, sobretudo tentando evitar uma queda maior, o “Jornal Nacional”, carro-chefe da TV Globo ao lado das novelas, ganhou mais informalidade. William Bonner e Renata Vasconcelos não ficam o tempo todo parados na bancada, lendo as notícias no teleprompter. Levantam-se, aproximam de um telão e conversam, de maneira menos formal, com os repórteres. Fica-se com a impressão de que estão praticamente na mesma cena, no mesmo quadro, numa espécie de jornalismo mais participante. Ao dialogar com os repórteres, os apresentadores se posicionam mais e chegam a dar opiniões.

Bonner, melhor apresentador da televisão brasileira, apesar de sua aparente timidez, às vezes é repetitivo. Recentemente, ao ser informado que uma pessoa havia abaixado as calças no Congresso Nacional, repetiu três vezes, teoricamente indignado: “Que beleza! Que Beleza! Que Beleza!”. O repórter não o acompanhou.

Porém, embora a informalidade tenha deixado o programa mais vivo — antes havia uma solenidade que deixava o “Jornal Nacional” parecido com missa ou com a “Voz do Brasil” —, o telespectador deve ter percebido que Bonner levanta-se com certa dificuldade, como se estivesse, digamos, “empenado”. Seu personal trainer deveria trabalhar de maneira adequada as sessões de alongamento.

Moça do tempo é segura e precisa

A moça do tempo (a primeira negra), a repórter Maria Júlia Coutinho, além de bonita, é um show à parte. Fala muito bem e entende mesmo do assunto. O tempo “muda” quando está em cena. É um pouco mais de luz no “museu do tempo” no qual se tornou o “Jornal Nacional”.

A bela Renata Vasconcelos está mais desenvolta, segura e quase não tem errado.