Incêndio pode ter sido principal responsável pelo afundamento do Titanic

07 janeiro 2017 às 11h05

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Novas informações e fotografias sugerem que, antes de bater num iceberg gigantesco, o navio já estava pegando fogo, o que o desequilibrou
Reportagem do jornal inglês “The Independent” sugere, com novas informações, que um incêndio, mais do que um gigantesco iceberg, foi decisivo para o afundamento do Titanic. A história do navio, bela e dolorosa, tem sido contada romantizada por romancistas, diretores de cinema e, até, pesquisadores mais conscienciosos.
A tese dominante é: o Titanic afundou ao chocar-se com um imenso iceberg, em abril de 1912, há quase 105 anos, no Oceano Atlântico. O jornal espanhol “La Vanguardia”, baseado nas informações do “Independent”, frisa que “novas provas apontam que o principal culpado do afundamento foi um elemento oposto ao gelo. Um incêndio teria sido a causa do naufrágio, com mais de 1500 vítimas, no primeiro trajeto do navio, que saiu da cidade inglesa de Southampton em direção a Nova York”.
O comandante e os funcionários do Titanic não perceberam que um incêndio estava consumindo o navio durante três semanas, vale dizer, bem antes da colisão com o iceberg. “Ainda que a teoria do fogo não seja nova, a aparição de fotos inéditas levam a pensar que o incêndio foi a principal causa do afundamento”, anota “La Vanguardia”.
As imagens que estão sendo divulgadas foram feitas pelo chefe dos engenheiros eletricistas do navio — “antes que o Titanic saísse do estaleiro de Belfast. Nas fotos se pode ver marcas negras de nove metros ao longo da parte direita do frontal do casco do navio. As marcas, que estão justamente por trás do lugar onde o iceberg atingiu o Titanic, parecem ter sido provocadas por um incêndio que havia começado em um depósito de combustível perto das caldeiras e que havia alcançado uns mil graus de temperatura. Por causa disso, teria sido impossível controlar o navio”.
Segundo a reportagem, “o fogo havia debilitado o navio de aço a tal ponto que, ao chocar contra o bloco de gelo, este havia quebrado seu revestimento, o que provocou o naufrágio”. Especialistas disseram ao “Independent” que “o presidente da companhia que construiu o Titanic havia dito aos oficiais que estavam a bordo que não dissessem nada sobre o incêndio a nenhum dos 2.500 passageiros que subiram no navio. Experts em metalurgia asseguram que, a essa temperatura [mil graus], o aço se torna quebradiço”.