Tido como uma espécie de irmão afetivo de Lula da Silva, o senador do Mato Grosso do Sul pode detonar o ex-presidente e a presidente Dilma Rousseff
O comentário geral em Brasília e em São Paulo é que Delcídio do Amaral, que era visto como uma espécie de “irmão” e consiglieri dos petistas-chefes — o ex-presidente Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff —, pode se tornar o Pedro Collor do Lulopetismo.
Na década de 1990, uma entrevista explosiva de Pedro Collor à revista “Veja” acabou por enterrar as chances de seu irmão, Fernando Collor, permanecer na Presidência da República. As entrevistas de Pedro Collor e de Eriberto França (à revista “IstoÉ”) foram o que se pode chamar de “pá de cal”. Logo depois, o collorido das Alagoas sofreu impeachment.
Delcídio do Amaral é o homem que sabe demais e que não disse tudo, talvez nem 30%, sobre os malfeitos da República Petista (pode sobrar até para os tucanos). Mas o que disse já abalou e vai abalar ainda mais os petistas Dilma Rousseff e Lula da Silva. O espectro do impeachment volta à cena, para o PT, não mais como farsa, e sim como tragédia. A República Petista está ruindo — e, agora, o “inimigo” é interno (ou era interno), quer dizer, um petista é que está dizendo que o reino está podre.
Até o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, se tornou café pequeno depois das palavras candentes e bem informadas de Delcídio Amaral. Petistas, sobretudo em blogs “simpáticos”, anabolizam as denúncias contra o parlamentar peemedebistas.
Curiosamente, até o porte físico e o cabelo de Delcídio do Amaral e Pedro Collor são parecidos.
Deixe uma resposta