Aumenta a força do vídeo como fonte importante de notícias no Brasil

28 julho 2024 às 00h00

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O Relatório de Notícias Digitais do Instituto Reuters ouviu 100 mil pessoas, em 47 municípios, e registra que o Brasil, em termos políticos, permanece polarizado (tanto que jornalistas, e não apenas da TV Globo, a mais odiada pelo bolsonarismo, são agredidos em eventos públicos).
Ao mencionar o Brasil, o relatório constata que os meios de comunicação — sobretudo os maiores — permanecem concentrados nas mãos de poucos grupos e famílias (Marinho, Frias, Mesquita). Talvez tenha faltado registrar a presença do capital financeiro em algumas publicações brasileiras, notadamente nas revistas.
A pesquisa do Instituto Reuters, de acordo com o Portal Imprensa, relata que “o vídeo está se tornando uma fonte mais importante de notícias online, especialmente para grupos mais jovens”. Segundo o pesquisador Nic Newman, “os consumidores estão adotando vídeos porque são fáceis de usar e fornecem uma ampla gama de conteúdos relevantes e envolventes”.
A redação do Jornal Opção tem discutido, nas suas reuniões de pauta, a respeito de como usar vídeos para fortalecer suas reportagens. O objetivo é manter o conteúdo forte, tanto o factual quanto o analítico, mas incluindo vídeos (informativos, educativos, entretenimento).
O jornal do presente — e não mais do futuro — será mais forte e visto se incluir textos bem-informativos e variados (sem preconceitos com nenhum tema) e vídeos de fácil e rápida assimilação. Não há escapatória: o vídeo é, cada vez mais, uma necessidade — como mostra o Relatório do Instituto Reuters.
O jornal com tv — ou a tv com jornal — é praticamente uma exigência dos leitores-telespectadores. É a comunicação integrada. O que ocorre no Instagram tende a migrar para os jornais. Aliás, já está migrando.
Redes sociais, fake news e IA
A rede de desinformação, que é mundial e forte no Brasil, está mais consolidada no TikTok e no X (Twitter). São as duas plataformas de notícias vistas como menos confiáveis.
A criação de imagens e vídeos falsos, com o uso de inteligência artificial generativa, é vista com desconfiança no Brasil. É motivo de preocupação dos brasileiros, sublinha a pesquisa do Instituto Reuters.