O médico proctologista Paulo Augusto Berchelli (foto em destaque), de 63 anos, é acusado de estuprar ao menos seis mulheres dentro de sua clínica em São Paulo. Segundo a polícia, ele abusou sexualmente de suas pacientes por mais de duas décadas.

Os crimes eram cometidos durante atendimentos e cirurgias de hemorroidas. 

Diários, os crimes contra as mulheres voltaram a “ostentar” as capas de sites e noticiários de emissoras de TV e Rádio, e o caso do médico é apenas mais um exemplo. Feminicídios, estupros, agressões físicas e verbais parecem não diminuir, muito menos ter um fim. 

Para se ter uma ideia, Goiás registra a cada quatro horas, uma medida protetiva de urgência para a mulher vítima de violência doméstica. Apenas entre janeiro e maio, foram contabilizados 2.184 pedidos de urgência, conforme dados do Batalhão Maria da Penha. 

Mas, afinal, o que pode estar por trás disso? Machismo cultural, ciúmes, discursos de ódio (que ganharam força durante o governo Bolsonaro)? É difícil afirmar, mas talvez a junção de todos e mais outros fatores possam ser a resposta. 

Porém, resta a dúvida: como combater? Está ai uma pergunta ainda mais difícil. Muito se fala em educação, mas seria suficiente? São muitas dúvidas e poucas respostas que te fato podem trazer soluções.

Chega a ser absurdo o fato de pensar que, em pleno século 21, ainda há crimes contra mulheres pelo fato dos companheiros a enxergarem não como parceiras, mas como objetos. Pensar que existem profissionais de áreas renomados, principalmente da saúde, que usam da profissão para combater estupros. 

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