Processo de afunilamento das pré-candidaturas já ameaça fazer primeiras vítimas

08 junho 2024 às 15h42

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O período de pré-campanha para o Poder Executivo pode ser cruel com candidaturas sem musculatura e pouco articuladas politicamente. É natural que ao longo desses meses, grande parte dos partidos mantenham suas candidaturas como forma de impulsionar os candidatos proporcionais, os vereadores. Este movimento estratégico é uma parte fundamental do processo eleitoral, refletindo tanto a dinâmica do poder local quanto as negociações que ocorrem nos bastidores.
O prazo final para definir se uma candidatura irá para as ruas levantando as próprias bandeiras ou se vai aderir a outro grupo chama-se convenções partidárias. No entanto, é comum que antes desse prazo, marcado para 5 de agosto, essas desistências aconteçam. No cenário atual, pelo menos três candidaturas estão na mira do afunilamento: Fábio Tokarski (PCdoB), o atual prefeito Rogério (SD) e Leonardo Rizzo (Novo).
O afunilamento pode ser visto como uma resposta natural à complexidade do jogo político. Pré-candidatos, ao reconhecerem as limitações de suas campanhas — seja por questões financeiras, falta de apoio popular ou alianças partidárias —, podem decidir que têm mais a ganhar unindo forças com outros que compartilham de ideais similares ou que possuem recursos complementares
A composição com outros grupos é uma tática que visa fortalecer uma candidatura mais ampla, criando uma coalizão que possa efetivamente competir contra adversários. Ao fazer isso, os pré-candidatos buscam maximizar suas influências e recursos, criando uma plataforma mais robusta e coesa. Este processo de composição também pode levar à formação de acordos programáticos, onde políticas e diretrizes são acordadas para garantir uma governança alinhada e eficiente, caso a vitória seja alcançada.
No entanto, o afunilamento da pré-campanha não está isento de críticas. Alguns eleitores podem ver essas manobras como uma falta de compromisso com os valores originais ou como uma busca pelo poder pelo poder. Por outro lado, defensores argumentam que a composição é uma parte necessária da política, permitindo que ideias semelhantes se unam para alcançar objetivos comuns.