Inteligência artificial já é usada para conter sonegação fiscal em Goiás

21 dezembro 2023 às 19h26

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O uso da inteligência artificial (IA) tem dominado todos os setores da sociedade. Para muitos, a nova tecnologia representa um perigo iminente à civilização. Por outro lado, outros a utilizam para aprimorar e obter soluções mais rápidas para questões complexas do dia a dia. Um desses casos é o próprio Estado de Goiás.
Nesse quesito, a secretária da Economia, Selene Peres, comemorou, nesta quinta-feira, 21, o sucesso do uso da inteligência artificial (IA) para conter a sonegação fiscal em Goiás e alavancar a arrecadação. Isto é, a utilização da tecnologia contribui para aprimorar o fiscal goiano e isso chamou atenção de outros estados e de países.
De acordo com a pasta, o mecanismo começou no final de 2022 e foi intensificado a partir de janeiro deste ano. A fiscalização da IA consiste no monitoramento por câmeras de caminhões que transportam cargas. Preliminarmente, a tecnologia identifica se o transporte está regular, como se há notas fiscais. Caso possua alguma irregularidade, o fiscal é notificado para averiguar a ocorrência. Assim, burlar a fiscalização ficou mais difícil.
Simplificar carga tributária
Por outro lado, há empresas que se especializaram em encontrar com mais agilidade oportunidades, como adesões a programas de renegociação oferecidos pelo Estado para empresas. O exemplo são os refis feitos pelos governos federal, estadual e municipal. Enquanto, recentemente, o governo federal promete uma simplificação da cobrança de impostos, com a aprovação da reforma tributária, uma startup do Rio Grande do Sul, a Marpa, tem usado a IA para reduzir a burocracia estatal.
Com várias unidades em diversos Estados, no formato de franquia, a empresa decidiu abrir uma filial em Goiânia. Segundo o sócio-fundador Eduardo Bitello, ao Jornal Opção, o dinamismo e crescimento econômico de Goiás foram essenciais para a decisão de se instalar uma unidade própria. Ele conta que a maneira de identificar e amenizar o impacto da tributação é diversa. Dentre as quais, por exemplo, a chamada bitributação (quando dois entes, como União, estados e municípios, cobram o mesmo imposto a uma pessoa física ou jurídica). “Em sete anos de atuação, recuperamos R$ 1,9 milhões em impostos pagos pelos nossos clientes”, estima.
A IA já é usada em todas as áreas de atuação, porém na burocracia da carga tributária brasileiro pode representar eficiência e agilidade maior do que a atual promessa de simplicidade da reforma tributária. Além disso, haja vista que haverá um período de transição entre o atual regime de cobrança de impostos e o novo modelo, quando a tecnologia poderá ser útil.
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