A crise nas três maternidades de Goiânia, que deixaram de operar nesta segunda-feira, 18, por falta de pagamento, escancararam a má gestão por parte da prefeitura municipal. É um absurdo que a capital, maior cidade de Goiás, não tenha verba suficiente para arcar com os gastos das maternidades administradas pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG).

Há alguns meses, falou-se em contratos superfaturados, em distrato coisa e tal, mas nada foi feito. E, quando nada é feito, a população sofre. De acordo com relatos, faltam até analgésicos para o parto das grávidas.

A crise que se arrasta por meses. Na sexta-feira, o prefeito Rogério Cruz anunciou que vai substituir o secretário municipal de saúde, Durval Pedroso. Troca-se o secretário, mas isso parece pouco diante do que é de fato necessário: realizar os pagamentos, negociar os contratos, e fazer gestão.

Essa talvez seja a única atividade realmente importante no município: gerir. E vácuo na pasta parece enorme, porque desde oito da manhã de hoje, quando o Jornal Opção procuro pela primeira vez a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para saber sobre os novos valores a serem pagos, até o início desta tarde não teve retorno. 

Enquanto as eleições municipais de 2024 se aproximam, e marketeiros buscam melhorar a imagem do gestor de Goiânia, se esquecem que a melhor publicidade se relaciona com os serviços prestados.