Quebrar o monopólio da Petrobrás pode garantir combustíveis mais baratos
22 maio 2022 às 00h00
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Lucro da estatal brasileira surpreende e supera até o de grandes petroleiras do mundo
Há uma contradição no que respeita à Petrobrás. Uma empresa de economia mista, controlada pelo governo, com sócios privados, e que é monopolista, é uma aberração.
Agravante: extrai óleo das grandes reservas que o país possui e que são riquezas de toda a sociedade, e não apenas da empresa. O reflexo da aberração está nos balanços: o lucro da Petrobrás é enorme, mesmo comparado ao de outras petroleiras. Não basta privatizá-la. Há que se quebrar o monopólio, para que tenhamos combustíveis mais baratos.
Levantamento do jornalista brasiliense Claudio Humberto, (ver quadro abaixo) mostra faturamento e lucro neste ano, até agora, de algumas grandes petroleiras. Observe o leitor o exagerado lucro da Petrobrás, se comparado com as congêneres:
Como monopolista e exploradora de seus próprios campos de petróleo, a Petrobrás deveria vender seus combustíveis no país com base no custo de produção e não com base nos preços internacionais do óleo cru, como fazem os grandes produtores. Se isso fosse feito, cairiam os preços internos dos combustíveis, mas persistiriam, como em todo monopólio estatal, os salários abusivos, as empreitadas superfaturadas, a corrupção política etc. A solução está mesmo nos preços competitivos de mercado, sem monopólio e sem estatal.