MST: curso rápido para principiantes e desinformados
02 abril 2023 às 00h43
COMPARTILHAR
O país assistiu, do governo Fernando Henrique até o início do governo Bolsonaro, a invasões, depredações, incêndios e assassinatos por parte dos movimentos ditos “sociais”.
O mais conhecido é o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Ele fez, desde sua criação em 1984, quase 6.000 invasões, que atingiram propriedades privadas, plantações produtivas, laboratórios de pesquisa, sedes de repartições públicas e o Congresso Nacional, à margem da lei e dos mais elementares princípios de democracia. Muitas dessas ações sequer guardavam conformidade com a proclamada finalidade do movimento – a luta pela Reforma Agrária. O movimento não tem existência legal. Abdica de um CNPJ para melhor fugir de suas responsabilidades. Mas tem dirigentes conhecidos, e se aplicada a lei, estariam presos há muito. Os criminosos tiveram em todos esses anos, de 1985 até 2018, a cumplicidade dos governos FHC, Lula e Dilma, de boa parte da mídia (muitas invasões sequer são noticiadas), dos padres marxistas da Teologia da Libertação, de parte da Justiça e de partidos políticos de esquerda. Lula os considera aliados e uma milícia petista. São o “Exército do Stédile”, diz.
A história do MST é uma longa história de crimes. Em outubro de 1985 o movimento fez a sua primeira grande invasão: tomou à força a fazenda Annoni, no Rio Grande do Sul, em uma operação envolvendo 1.500 famílias, que acabaram por obter a desapropriação da área e seu assentamento nos anos seguintes. Em 1996, no rumoroso episódio que o próprio MST batizou de Massacre de Eldorado dos Carajás, o movimento obteve sua maior vitória midiática, que lhe deu sustento para executar uma série de invasões posteriores, inibindo as forças policiais de agir com a devida energia. Cerca de 2.000 integrantes do MST invadiram com violência a fazenda Macaxeira, no sul do Pará (município de Eldorado dos Carajás), em novembro de 1995. Em abril de 1996, esses invasores, reforçados por outros, de municípios vizinhos, resolveram protestar contra a demora em receber os títulos de propriedade prometidos, embora poucos meses houvessem se passado.
Entre outras ações ilegais, bloquearam a BR-155, estrada federal importante da região, causando sérios problemas de abastecimento e deslocamento. A Polícia Militar, acionada pelo governo do Estado, enviou um contingente (pouco mais de uma centena de soldados) para desbloquear a estrada. Os invasores, enfurecidos e contando com sua enorme superioridade numérica (cerca de 30 para 1), resolveram atacar os soldados a golpes de foice, facão e armas de fogo. As filmagens não deixam dúvidas: mostram um episódio da mais clara legítima defesa: se não reage a tiros, o contingente policial seria dizimado pelos invasores frenéticos que marchavam contra ele. Os policiais cessaram os disparos imediatamente após o recuo dos atacantes, o que resultou em número relativamente pequeno de mortes: 17, para alguns milhares de agressores. Mas o episódio seria uma vitória para os desordeiros, que aproveitaram cada gota de sangue derramado pelos seus. Pode-se mesmo dizer que festejaram as mortes de seus integrantes, pelos frutos colhidos: grande exploração pela imprensa, solidariedade do Governo Estadual (pois o governador, o esquerdista Almir Gabriel, fingiu que não deu a ordem para a operação da PM), solidariedade do Governo Federal (o presidente era FHC), o barulho feito pelos partidos de esquerda no Congresso, pelos padres da malfadada Teologia da Libertação, e por toda esquerda afinal. E pagaram os que cumpriam seu dever: os oficiais que comandaram e os praças da PM que executaram a operação cumprindo ordens, e que não aceitaram serem abatidos pelos desordeiros, foram processados e alguns condenados, apesar da indiscutível legítima defesa.
O MST é inimigo do que há de mais útil ao país em sua economia: o agronegócio. Para ele, o agronegócio representa a exploração e o atraso, numa visão completamente destorcida da realidade, algo bastante comum entre os marxistas de todos os matizes. Afinal, para quem tem discernimento, são os empresários do campo quem proporciona alimentação barata aqui dentro e quem equilibra nossa balança comercial lá fora, além de avançar na produtividade, sabendo usar a mais moderna tecnologia. E tudo sem dependência do Governo. Já o MST, ao longo de sua história, nunca protagonizou um episódio construtivo. Ao contrário, são vários os acontecimentos de sua autoria que primaram pela selvageria, pela crueldade, pela destruição e até pelo assassinato. Exemplos:
– Num episódio que tem seu lado cômico, o MST invadiu em 2002 uma fazenda do então presidente Fernando Henrique Cardoso, em Buritis, Minas Gerais, uma espécie de sítio de Atibaia da época. Os chefes do movimento ignoravam que PT e PSDB representavam duas faces da mesma moeda. Julgavam que a invasão bombástica viria a beneficiar o MST e o PT. Os desordeiros acabaram por sair da propriedade, após se refestelar por alguns dias na sede, bebendo todos os vinhos franceses do vaidoso presidente.
– Em 2006, cerca de 500 integrantes de um braço do MST invadiram a Câmara dos Deputados, agrediram os integrantes da Polícia Legislativa, alguns dos quais foram hospitalizados em estado grave, e depredaram as instalações legislativas. Não foram presos, ao contrário do que ocorreu em episódio idêntico, em 08/janeiro deste ano. O chefe da invasão, Bruno Maranhão, era amigo de Lula, e a imprensa não fez o barulho que faz agora.
– Em 2006, o MST invadiu os laboratórios da Aracruz Celulose no Rio Grande do Sul, e destruiu o trabalho de 15 anos de pesquisa genética sobre eucaliptos, inutilizando milhares de amostras. As instalações foram depredadas, causando, além do prejuízo científico, danos materiais.
– Em 2009, na região paulista de Bauru, o movimento invadiu fazenda do grupo Cutrale, produtor de suco de laranja, destruiu máquinas e instalações e expulsou os trabalhadores. Usou um trator para destruir milhares de laranjeiras, numa ação que em nada beneficiou quem quer que seja. Vandalismo inútil, apenas pelo prazer de destruir.
– Durante os anos 2015 e 2016, a fazenda Cedro, em Marabá, Pará, foi invadida várias vezes, por integrantes do MST. Fortemente armados, queimavam máquinas, espancavam e expulsavam trabalhadores, depredavam suas casas, e degolavam vacas de raça, usadas no transplante de embriões, arrancavam seus fetos e abandonavam as carcaças, levando apenas as carnes nobres. Cerca de 800 animais sofreram esse abate cruel e intimidatório.
Entre os muitos chefes do bando, dois fizeram fama, pela truculência, pela violência, pelo constante desrespeito à lei: José Rainha e João Pedro Stédile. Embora indiscutivelmente responsáveis pelos crimes de seus comandados, sempre conseguiram driblar a justiça e fugir dos processos em que foram indiciados, apoiados pelas figuras mais altas da República. O incorrigível José Rainha acabou preso no início deste ano, flagrado extorquindo fazendeiros.
Há fatos piores para nos indignar: Muitas pessoas inocentes foram mortas pelo bando, nessas invasões, e nem são lembradas. A imprensa, o PT, o PSOL e o PC do B não fazem caso delas, embora pessoas honestas e trabalhadoras. Para elas não há choro e nem vela. Exemplos de assassinatos promovidos pelo MST, e praticamente ignorados pela imprensa:
– Morte a tiros, em Pedro Canário (Espírito Santo), do fazendeiro José Machado e do PM Sérgio Narciso, quando tentavam impedir a invasão da fazenda Ipuera, do primeiro (abril de 1989).
– Morte do segurança Nelson Pinto Guimarães em Laranjal, no Paraná, baleado por invasores do MST (novembro de 1998).
– Morte do cabo PM Valdeci, no centro de Porto Alegra, cercado por um grupo do MST e degolado por um golpe de foice (agosto de 1990).
– Morte do segurança Pedro Dinarte, a tiros, na invasão da fazenda Santa Inês, município de Sulina, Paraná (março de 2001).
– Morte a tiros de 4 seguranças de uma fazenda em São Joaquim do Monte, em Pernambuco (João Arnaldo, José Wedson, Rafael Erasmo e Wagner Luís) por um bando do MST (fevereiro de 2009).
– Morte do tenente PM Figueiredo Rodrigues e do sargento PM Rodrigues, emboscados por integrantes do MST em Jaci-Paranã, Rondônia (outubro de 2020).
Nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, os sem-terra invadiram quase 2.500 fazendas. Na administração de Lula, cerca de 2.000. Na era Dilma Rousseff, foram cerca de 1.000 invasões. Foram 54 invasões durante o curto período de Michel Temer. Nos quatro anos de Bolsonaro elas não passaram de 15. Se há temor de punição, a criminalidade vai perto de zero.
Por várias vezes surgiram depoimentos fidedignos de envolvimento do grupo paramilitar e traficante de drogas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com o MST, que seria militarmente treinado por elas, algo muito preocupante. Para terminar, um alerta: o MST, hoje, no início do governo Lula, está voltando à barbárie. Já fez as primeiras invasões, no interior de São Paulo, em Hidrolândia, Goiás e em ao menos cinco fazendas na Bahia: em Jacobina, Mucuri, Teixeira de Freitas, Caravelas e Macajuba. Novas invasões estão programadas para abril deste ano.
E algo inusitado: um ministro do Supremo, Ricardo Lewandowski, teria comparecido a uma espécie de convenção do bando, no mês passado, em Guararema (SP), fato mencionado, discretamente, por pequena parte da mídia. Mas também há algo alvissareiro no ar: os produtores rurais de alguns estados, diante da inércia do Governo Federal, se organizam para desfazer invasões em flagrante de delito; e os governadores Romeu Zema, de Minas e Mauro Mendes, de Mato Grosso, já declararam publicamente que não vão tolerar as ações criminosas do MST em seus Estados. Ainda existem líderes de coragem por aqui.