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Políticos de esquerda, com o apoio da Imprensa, atacam o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Mas a sociedade aprova as Forças Armadas

O fim do regime militar completa 36 anos (1985-2021) no próximo mês. Em mais de 60% desse período — durante 21 anos na verdade —, fomos governados por presidentes marxistas: Fernando Henrique Cardoso, marxista chique, apreciador de Paris, que se beneficiou e nos legou o desastre das reeleições; Lula da Silva, marxista ignorante e corrupto, no estilo “quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”, e Dilma Rousseff, marxista radical, ex-terrorista, sem discernimento para pensamentos, palavras e obras minimamente inteligíveis. Esta, quando pensava, imaginava “estocar vento”, quando falava, homenageava a mandioca, e quando agia, levava o dinheiro do povo brasileiro para ditaduras de esquerda, como Cuba, Angola e Moçambique. Dinheiro que não voltará.

O comunismo tem a característica marcante de insistir no erro, e não aprender com ele. Em dezenas de nações em que se implantou foi desastre; mas continuam seus adeptos a afirmar que é o caminho para o paraíso terrestre. No Brasil, esse mal está presente, e a insistência no erro é flagrante. Tomemos, por exemplo, o ataque sistemático, aberto ou dissimulado, às Forças Armadas. Aqui, pouca coisa faz um esquerdista tremer de ódio mais que uma farda verde-oliva. Nunca frente a frente, claro, que coragem não é para quem quer, é para quem tem. Poucas instituições foram tão atacadas, tão caluniadas como Exército, Marinha e Aeronáutica no Brasil, desde que impuseram uma derrota ao marxismo brasileiro em 1964. A despeito disso, nenhuma instituição permanece tão acreditada para o povo comum, ao longo dos anos, como as Forças Armadas.

Vamos acompanhar algumas dessas tentativas de diminuí-las e que deram em nada. Basta ver as várias pesquisas de opinião feitas nesses 36 anos (muitas, senão quase todas, por órgãos ligados à esquerda), em que elas aparecem, na mente dos brasileiros de todas as camadas, como as instituições mais sérias e confiáveis do País. Mas, como sempre, os leitores do Jornal Opção são contemplados com afirmativas baseadas em fatos; então vamos a eles.

Lula da Silva, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso: ex-presidentes da República durante mais de 20 anos| Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Desde 1815, antes da Independência, o Brasil já tinha um ministro do Exército (chamava-se ministro da Guerra), pois as Forças Armadas brasileiras tinham um comando independente de Portugal; desde a Independência em 1822, tinha um ministro da Marinha; desde a formação da Força Aérea Brasileira (FAB), em 1941, esta era comandada por um ministro da Aeronáutica. Eram os ministros militares.

Na chegada de Fernando Henrique Cardoso à Presidência, em 1995, começou a vingança da derrota de 1964. O presidente-sociólogo resolveu acabar com os mais que centenários ministérios militares e criar um Ministério da Defesa, sob a alegação de que era necessário criar uma pasta para coordenar a ação das três forças. Conversa. Essa coordenação era feita pelo Estado Maior das Forças Armadas (Emfa), com todo o profissionalismo possível.

O que FHC queria, no fundo, era rebaixar os ministros militares a comandantes das Forças e designar um civil — este, sim, com status de ministro — para comandá-los. Um “capitis deminutio”, como se diz em bom latim. Uma vingança mesquinha. A mesquinhez não ficou por aí.

Se de início faltou a FHC coragem para nomear um ministro da Defesa que incomodasse os militares, isso viria depois. O primeiro a ser designado foi Élcio Álvares, ex-governador e ex-senador do Espírito Santo, homem de centro, no espectro político brasileiro.

Seguiram-se outros três ministros (um nomeado por FHC e dois por Lula da Silva) absolutamente neutros, amorfos ocupantes do cargo: o advogado Geraldo Quintão, o diplomata José Viegas e o vice de Lula da Silva, José Alencar. Se nenhum era de esquerda, nenhum estava à altura de um general, um brigadeiro ou um almirante no conhecer os assuntos da pasta.

Mas o seguinte, nomeado por Lula da Silva, como outros, que o seguiriam, eram comunistas de carteirinha, homens que não tinham apreço pelos militares, e a despeito disso, eram designados para comandá-los.

Se quiseram, Lula da Silva e Dilma Rousseff diminuir os militares, como creio que queriam, entraram em completo fracasso, por motivos claros: os marxistas que foram nomeados ministros jamais tiveram a coragem de atos que afrontassem seus subordinados diretamente. Ocorre que Waldir Pires, Aldo Rebelo, Jaques Wagner e Raul Jungmann, todos ministros da Defesa, e todos marxistas, não gostam dos militares, mas, se não os prezam, também não os agridem. Nunca teriam coragem para tanto. Passaram pelo Ministério sem grandes ações, sem mostrar trabalho, mas sem molestar os militares, que, por sua vez, se dedicavam única e exclusivamente a suas funções constitucionais e legais, com a aplicação e honestidade de sempre. Essas nulidades acabaram passando pelo Ministério sem se indispor com os subordinados e os tratando, até onde sei, com o devido acatamento. Mas nunca ocorreria, a quem tem o respeito que se deve dedicar ao estamento militar, nomear um comunista declarado para chefiá-lo. São fatos. Do passado, mas fatos.

Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro: sob a ataque da esquerda | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Desde 1964, o comportamento das esquerdas, quando se trata dos militares, é agressivo. “Gorila”, “parasita”, “torturador” e “fascista” são adjetivos comuns e diários da novilíngua esquerdista, quando se refere membros das Forças Armadas. Foram crucificados por todas as organizações esquerdistas ou por elas infiltradas, principalmente a Imprensa, os que, no pós-1964, mais se destacaram no combate aos guerrilheiros armados por China e Cuba, aos que assaltaram, sequestraram diplomatas, mataram inocentes, explodiram bombas.

Os excessos que se cometem em todas as guerras armadas, como a daquela época, foram todos atribuídos aos militares. Os guerrilheiros comunistas — trágica ironia — eram os “soldados da democracia”, como aliás se proclamam até hoje.

A agressão maior aos militares, contudo, viria no governo Dilma Rousseff. A então presidente criou pela Lei 12.528, de 2011, uma Comissão Nacional da Verdade, alegadamente para apurar crimes políticos cometidos pelo Estado entre 1946 e 1988. Uma dissimulação, pois simulava compreender a ditadura Vargas, mas claramente visava os militares de 1964 em diante. Uma aberração, pois existia uma Lei de Anistia, e a dita Comissão tinha o objetivo declarado de se sobrepor a essa lei.

A comissão, constituída por sete membros vinculados à esquerda armada que pretendia implantar no Brasil uma “Cuba de Dimensões Continentais”, tudo fez, durante três anos, para imputar aos militares toda sorte de excessos e crimes ligados aos direitos humanos, e esconder os crimes dos terroristas. Promoveu oitivas de testemunhas escolhidas a dedo, audiências públicas ruidosas, sem nexo e bombásticas, mas de pouca credibilidade, fez muitas aparições na mídia. Nunca teve maior conceito, e seu relatório final constitui-se numa peça de ficção que responsabilizava desde presidentes da República até policiais e tentava impingir a balela de que guerrilheiros e terroristas eram guardiões da democracia.

De quebra, tentava revogar, apenas no que dizia respeito aos militares, os efeitos da Lei da Anistia. Uma palhaçada, só que cara para o brasileiro que paga seus suados impostos. Mas ainda barata, se comparada aos bilhões gastos nas “reparações” aos ditos “perseguidos da ditadura”.

Mas os nossos militares, em todo esse trâmite, permaneciam imperturbáveis, cumprindo o seu dever. Não se abalavam com essas movimentações e com as acusações de uma imprensa parcial. Numa era de escândalos e corrupção, permaneciam sérios e limpos.

A esquerda sempre acha que pode manipular a opinião pública. Que a sociedade é moldável e não é perceptiva. Engano. Que o digam as pesquisas de opinião feitas por esse Brasil após tantos ataques. As Forças Armadas estão sempre no topo da credibilidade popular. Em 2007, assim foi, em pesquisa feita pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB).

O mesmo ocorreria em 2011, a despeito da tal Comissão da Verdade, em pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa percepção extremamente positiva das Forças Armadas pelo povo brasileiro iria se repetir, ano a ano, até agora, em 2021, em pesquisas feitas pela FGV, pelo Instituto Datafolha, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e por vários outros órgãos de medida da sensação popular.

Mas como as esquerdas não aprendem nunca, atacam agora — e apenas pela farda — o ministro da Saúde. Disfarçam o fato de o Brasil se sair melhor, em contágio, morte e vacinação do que muitos países ricos e desenvolvidos.

Uma jornalista, na semana passada, numa estação de TV que se especializa em notícias funestas, escandia as palavras para acusar o ministro Eduardo Pazuello de ter “enchido o Ministério de coronéis”. No seu ódio, não percebe que os coronéis são, e assim vistos pela população, trabalhadores, corretos e confiáveis. Os jornalistas que livram esse combate injusto e inútil, que se esgoelam há tantos anos contra as Forças Armadas, não aprenderam que só conseguiram até agora uma coisa: ficarem roucos.