Quatro codornas eclodiram de uma cartela de ovos em uma prateleira de um mercado em Campo Maior, Norte do Piauí. Funcionários do local perceberam que a cartela com 30 ovinhos estava se mexendo e, ao chegarem perto, viram as avezinhas nascendo. Elas morreram logo depois. O caso aconteceu em 21 de setembro e circulou nas redes sociais nesta quinta-feira, 13. Mas, por que os ovos chocaram em vez de estragarem por causa da alta temperatura do ambiente, que passou de 37ºC?

As normas do setor não autorizam que esses ovos com embrião, chamados de galados, sejam comercializados nos supermercados. Mas quando isso acontece não há qualquer risco aos consumidores.

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Elsio Figueiredo, especialista na produção de suínos e aves, explica que é comum essa situação. “Se você mantiver macho junto com fêmea [na produção] vai ter ovos fertilizados e, com essa temperatura que tem aí na região, é bem fácil de eclodir esse pintinho”, afirmou ao site g1, sobre o episódio no Piauí.

Essas ocorrências podem ser evitadas com um cuidado maior dos produtores, que às vezes não diferenciam os machos das fêmeas e dessa forma correm o risco de enviar ovos fecundados aos supermercados.

“As pessoas têm que prestar muita atenção porque os machinhos são um pouco menores que as fêmeas”, relata.

Ele acrescenta que a maioria dos produtores de ovos não fertilizados compra apenas fêmeas, que não dependem dos machos para botar ovos sem embriões. A liberdade que se dá (ou não) às galinhas no processo de chocar é que determina o tipo de ovo, seja ele de granja, caipira, galado ou orgânico.