Uma caverna com mais de 100 metros de profundidade foi descoberta na Lua e é considerada um local promissor para uma base humana permanente. Esta é a primeira caverna deste tipo identificada na Lua e a descoberta foi publicada na revista Nature Astronomy.

O interesse em estabelecer uma base na Lua tem crescido, com países buscando soluções para lidar com radiação, temperaturas extremas e clima espacial.

Helen Sharman, astronauta britânica e a primeira do Reino Unido a ir ao espaço, considera a caverna uma descoberta altamente promissora. Em entrevista à BBC, Sharman mencionou que, em algumas décadas, humanos poderiam viver nesses poços lunares. Ela destacou que a profundidade da caverna pode exigir técnicas especiais de acesso, como rapel ou até mochilas a jato.

A caverna foi localizada utilizando tecnologia de radar que penetrou o solo lunar na área chamada Mare Tranquillitatis, ou Mar da Tranquilidade, local de pouso da Apollo 11. A pesquisa foi conduzida por Lorenzo Bruzzone e Leonardo Carrer, da Universidade de Trento, na Itália.

Além de servir como potencial abrigo, a caverna abre novas possibilidades para exploração geológica, pois seu interior está completamente intacto. Carrer comparou a caverna às cavernas vulcânicas da Terra, como as encontradas em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, sugerindo que técnicas usadas na Terra podem ser adaptadas para a Lua.

Ainda há muito a ser explorado, e a tecnologia de radar é apenas o começo. Espera-se que, com o uso de câmeras e robôs, um mapa detalhado da caverna e sua extensão seja criado.

Os cientistas estão entusiasmados com a descoberta. Francesco Sauro, da Agência Espacial Europeia, afirmou que as imagens de alta resolução são promissoras, mas ainda há um vasto mundo a ser descoberto sob a superfície lunar.

A descoberta desta caverna marca um avanço significativo na exploração lunar, abrindo caminho para futuras missões e possíveis habitações humanas na Lua.

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