A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um conjunto de diretrizes contra o tabagismo. As medidas incluem apoio comportamental fornecido por profissionais de saúde, intervenções digitais e tratamentos com uso de medicação. A entidade afirma que a diretriz se concentra em ajudar os mais de 750 milhões de usuários de tabaco que querem parar de fumar.

“Ela capacita os países com as ferramentas essenciais para efetivamente apoiar indivíduos a parar de fumar e aliviar o fardo global de doenças relacionadas ao tabaco”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A Organização recomenda que seja oferecido apoio comportamental a todos os consumidores de tabaco. Além disso, as diretrizes pedem a implementação de aconselhamento individual ou em grupo e aconselhamento por telefone. Outro ponto citado é que profissionais de saúde forneçam aconselhamentos breves a todos os usuários do tabaco.

Entre os medicamentos indicados estão a vareniclina, bupropiona, citisina e terapia de reposição de nicotina (TRN), como goma de mascar, adesivos de nicotina.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para que usuários larguem o tabaco. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tratamento está disponível em todos os estados da federação.

No tratamento oferecido pelo SUS está incluso avaliação clínica, abordagem mínima ou intensiva, individual ou em grupo e terapia com medicamentos, principalmente adesivo de nicotina e goma de mascar.

Queda no número de usuários

O Brasil se tornou o segundo país do mundo a implementar integralmente as medidas sugeridas pela OMS para diminuir o uso de tabaco. Entre as medidas estão: monitorar, proteger, oferecer ajuda, alertar e aumentar impostos. Com isso, o número de usuários de tabaco no país caiu na última década.

No país, o consumo e a exposição passiva são responsáveis por 156 mil mortes por ano. Além disso, cerca de 50 enfermidades, como câncer, enfisema e doenças cardiovasculares, estão ligadas diretamente ao uso e exposição ao cigarro.

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