É tempo de festa junina

03 junho 2023 às 06h42

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Matéria publicada originalmente em 21 junho 2019
Mês de junho é sinônimo de “arraiá”. Muita comilança, quadrilha e religiosidade para quem lembra de São João, São Pedro e Santo Antônio. Mas, apesar, do sucesso e tradição que as festas juninas fazem no Brasil, elas não são, originalmente, brasileiras.
As festas juninas, que vieram da Europa, chegaram ao Brasil no período colonial (século XVI), trazidas pelos portugueses, inicialmente, em comemoração apenas a São João, como ocorria no velho continente. Posteriormente, outros santos, Pedro e Antônio, foram inseridos nas festividades, por serem celebrados no mesmo mês.
Porém, ainda antes de adquirir caráter religioso, essas celebrações, conforme historiadores, marcavam o solstício de verão (passagem da primavera para esta outra estação) em eventos pagãos, na Europa medieval. Quando o catolicismo começou a se consolidar no continente, o cristianismo foi incorporado – estratégia utilizada por esta religião em outros momentos e com outras festividades.
Brasil
Claro, que no Brasil a festa adotou características das diversas regiões do País. Além da diminuição, mas não retirada, da religiosidade do evento, a festa passou a ser associada a alguns símbolos das zonas rurais brasileiras (inclusive, as vestimentas trazem versões caricatas do homem do campo).
Características desses eventos são as danças típicas, como quadrilhas, mas também os alimentos à base de milho e amendoim. É difícil ir a uma festa junina goiana e não encontrar pamonha, canjica, milho cozido e mais.
Pontua-se que, sobre o milho, ainda nas antigas tradições pagãs europeias, os agricultores de grãos [no caso deles, o trigo] utilizavam o alimento para celebrar as colheitas.
Comidas típicas
Entre os alimentos característicos dessa movimentação religiosa estão: milho e seus derivados, como sua versão cozida, bolos, curau, pipoca, pamonha, mas também, amendoim, paçoca doce, pé de moleque, mané pelado, maçã do amor e até cachorro quente.
E tem, também, a bebida quente conhecida como quentão. Mais comum no Sul do Brasil, esta leva gengibre, canela e pinga ou vinho.
Mais tradições
Outras tradições do período incluem, ainda, as fogueiras de São João (que também faziam parte das festividades pagãs, mas foram convertidas), balões, fogos de artifício e a dança conhecida como quadrilha.
Esta dança era, também, realizada por camponeses europeus da idade Média. No Brasil, claro, houve uma série de misturas com tradições nacionais. Vale destacar que a quadrilha pode variar por regiões.
Quermesses também são muito comuns, com barracas de comidas e bebidas, e até jogos como pescaria, para criançada. Por ser uma festa voltado aos santos, religiões que não celebram essas figuras não participam das festividades. (Com informações do Brasil Escola e Sua Pesquisa)