Fábrica clandestina de bolos que eram vendidos em terminais é interditada pela polícia
28 outubro 2025 às 18h48

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Uma fábrica clandestina de bolos e quitandas, que eram vendidos em terminais, na Vila Concórdia, em Goiânia, foi interditada pela Vigilância Sanitária Municipal e pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) na tarde desta terça-feira, 28. O local funcionava sem alvará, licença sanitária ou qualquer tipo de autorização para manipulação de alimentos.
Durante a inspeção, os agentes se depararam com um cenário alarmante. “Olha a situação. Ambiente sujo, insalubre, paredes mofadas”, descreveu o delegado Humberto Teófilo, que coordenou a ação. O espaço apresentava teto tomado por fuligem, equipamentos enferrujados, ovos quebrados largados ao lado de bolos prontos e ausência total de ventilação e higiene.
“Olha aqui o bolo junto com os ovos quebrados, largados. Uma porqueira”, afirmou Teófilo, indignado com as condições encontradas. “Desculpa aí, uma porqueira. Porqueira”, apontou.
Quitandas vendidas
Os produtos fabricados no local eram distribuídos para vendedores ambulantes em terminais de ônibus da capital, como Praça A, Padre Pelágio e Dergo. “O pessoal que tá comprando aí quitanda ou que comeu bolo nos terminais, se não passou mal, agradece a Deus”, alertou o delegado, destacando o risco de intoxicação alimentar.
Entre os itens encontrados estavam biscoitos de queijo e bolos prontos para comercialização. “Você que gosta de biscoito de queijo, comprando, você não sabe de onde vem, em toda essa precariedade aqui”, completou.
Responsável detida
A responsável pela produção foi presa e encaminhada à Central Geral de Flagrantes, onde o caso foi formalizado com base no artigo 268 do Código Penal, que trata da infração de medida sanitária preventiva. “Claro que ela foi detida, presa. Já está sendo encaminhada”, confirmou Teófilo.
A Vigilância Sanitária realizou a interdição imediata e aplicou autuação administrativa. A Polícia Civil reforçou que continuará com ações conjuntas para proteger a saúde pública e coibir práticas ilegais. “Nós já estamos começando protegendo você, consumidor, você que merece sim, respeito”, concluiu o delegado.
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