A vereadora Kátia Maria (PT) se reuniu na manhã desta terça-feira, 18, com gestores de Centros de Atenção Psicossocial (Caps), psicólogos, assistentes sociais, médicos, professores e representantes classistas para discutir a questão dos moradores em situação de rua em Goiânia. Durante a reunião, a vereadora apresentou o Projeto POP Rua Cidadã.

Kátia Maria expressou preocupação com o aumento dessa população em Goiânia e criticou a prefeitura pela falta de um plano municipal direcionado a essas pessoas. Ela anunciou que mais de R$ 800 mil de suas emendas parlamentares serão destinados à criação de um projeto para ajudar essa população.

“Queremos dar dignidade a essas pessoas por meio de um programa articulado com diversos órgãos e instituições, como os Caps, o consultório de rua, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC), que trabalham tanto na pesquisa quanto na qualificação profissional e no atendimento e acolhimento da população em situação de rua”, afirmou.

A vereadora destacou a necessidade de pressionar o poder público a elaborar e implementar um plano para atender essa população, conforme exigido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto; até o momento, segundo ela, Goiânia não apresentou tal plano.

Ela ainda disse que a Prefeitura não consegue atualmente oferecer acolhimento adequado a essas pessoas. Também mencionou a insuficiência de leitos nos abrigos e a falta de condições básicas de limpeza e higienização. “O número de abrigos é insuficiente e as condições de atendimento são extremamente precárias, com relatos de insetos nos colchões. Nosso objetivo é pressionar o poder público a cumprir seu papel”, enfatizou.

No decorrer da reunião, os participantes também tiveram a oportunidade de relatar a situação do atendimento a essa população. As reclamações foram unânimes: falta de estrutura mínima para prestar um bom serviço. “As estruturas são precárias. Não há computadores, faltam veículos, o que dificulta nosso trabalho. Às vezes, precisamos utilizar nossos próprios recursos. Existe uma rede de atendimento, mas ela é ineficaz, ou seja, não funciona”, lamentaram os trabalhadores.

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