Homem que deu colar de R$ 2 milhões a Neymar é investigado pela PF
28 dezembro 2023 às 15h43
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Bruno Aleksander, investigado pela Polícia Federal (PF), deu um colar de ouro de R$ 2 milhões para o jogador Neymar. Conhecido nas redes como Buzeira, o influenciador de 28 anos está sendo investigado por suspeita de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O caso está tramitando na 1ª Vara de Crimes Tributários do Foro Criminal da Barra Funda, na capital paulista.
A prisão preventiva de Bruno havia sido decretada na época, mas a Justiça pediu mais provas ao Ministério Público, além de requerer que os suspeitos da operação deflagrada contra as apostas na internet não sejam investigados individualmente. Os bens apreendidos foram devolvidos, mas Bruzeira ainda responde ao processo. Os jogos de loteria promovidos pelo investigado nas redes sociais contavam com rifas e sorteios ilegais de artigos de luxo.
Buzeira publicou o momento em que dava o colar a Neymar no Instagram. “Presente do 00 para o 00 chefe. Falem bem ou falem mal, ninguém é igual a Neymar, tem que respeitar”, legendou. Nas imagens, Neymar e um “parça” aparecem elogiando o cordão e ainda pedindo para utilizar. “Foi nessa hora que eu resolvi presentear um cara que é minha maior referência, dei minha corrente em forma de medalha. Onde esse cara chegou poucos vão chegar. Aprendi que ele não é uma estrela, é um ‘ET’. Não foi à toa que ele foi escolhido. Diferente dos iguais, muito gente fina”, justificou Bruno sobre o presente.
Nos comentários da publicação, muitas pessoas lembraram que Buzeira, no início deste ano, foi citado na operação Jogada Ensaiada, deflagrada no fim de 2022. Ao todo, durante a segunda fase da operação, foram 14 mandados de busca e apreensão na Grande ABC (SP), Governador Valadares (MG) e Balneário Camboriú (SC).
Na época, o influenciador afirmou não compreender por que estava sendo investigado, argumentando que os carros de luxo encontrados em sua residência pertenciam a sua esposa e a seu cunhado. Além dele, outras pessoas foram alvo de investigações por esquemas de estelionato, lavagem de dinheiro, associação criminosa e promoção de loterias sem autorização legal. Embora tenha tido sua conta no Instagram suspensa, ele continua a realizar rifas e sorteios.
Operação Jogada Ensaiada
A operação foi deflagrada no final do ano passado para investigar fraudes no futebol sergipano. Entretanto, a análise do material apreendido acabou revelando um esquema nacional. Além da capital sergipana, os outros locais da operação foram: Araguaína (TO), Assu (RN), Belo Horizonte (BH), Brasília (DF), Campina Grande (PB), Fortaleza (CE), Igarassu (PE), Rio de Janeiro, São Paulo e Sumaré (SP). Sessenta policiais federais participam da ação.
Durante a segunda fase da Operação Jogada Ensaiada, 60 policiais federais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Aracaju, Araguaína (Tocantins), Assu (Rio Grande do Norte), Belo Horizonte, Brasília, Campina Grande, Fortaleza, Igarassu (Pernambuco), Rio de Janeiro, São Paulo e Sumaré.
Segundo a PF, foram identificados diálogos nos quais empresários (representantes de jogadores), apostadores e dirigentes combinavam manipulação de resultados de partidas de futebol com objetivo de obter ganhos ilícitos em sites de apostas. Estima-se que a organização criminosa movimentou cerca de R$ 11 milhões. Até o momento, foram identificadas manipulações em jogos de diversos campeonatos estaduais e nos campeonatos brasileiros das séries D e C.