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Candidaturas da base aliada reforçam a campanha de Marconi à reeleição

[caption id="attachment_11668" align="alignleft" width="280"]32 e 33 - coluna anapolis_toques.qxd Baldy, o candidato tucano na cidade[/caption] Nesta semana, o PSDB inaugurará o comitê do candidato ao governo Marconi Perillo, na Praça das Mães, no Setor Central. A coordenação é do pastor Vitor Hugo de Queiroz. A inauguração faz parte da campanha da sigla em Anápolis, presidida por Valto Elias. Ele fala da ação com os partidos aliados para colocar a campanha nas ruas. “Não temos uma pesquisa, para informar cientificamente. Mas, com o cotidiano e as conversas que temos, observamos uma melhora substancial nas intenções de voto, por causa das políticas do governador Marconi na cidade”, diz Elias sobre a imagem do candidato. Ele afirma que por mais que haja uma boa avaliação da gestão de Antônio Gomide no município, também há reconhecimento das ações estaduais pela população. Essa folha de trabalho será utilizada na campanha. “Nós temos que espalhar à população que fizemos. Como exemplos, as parcerias com a Prefeitura de Aná­po­lis, o asfaltamento das ruas, investimento na saúde, pois as unidades que funcionam são as que recebem patrocínio do Estado como a Santa Casa, o Hospital Psiquiátrico, o Hospital de Ur­gências”, completa o presidente. Na sexta-feira, 1° de agosto, o comitê do candidato a deputado federal Alexandre Baldy foi inaugurado. Marconi Perillo esteve no ato. Quando perguntado sobre o forte cabo eleitoral que é o governador tucano, Elias diz que Baldy não é o único. “Todas as candidaturas da base aliada são importantes para o projeto político de Marconi em Anápolis. É claro que Baldy é o candidato federal que representa Anápolis, mas temos muitos candidatos a deputado estadual, como José de Lima e Onaide Santillo, que darão consistência à campanha.” O vereador Fernando Cunha é outro nome que contribuirá com o tucano. Segundo Elias, ele não se candidatou por não ter encontrado condições para colocar uma campanha nas ruas. O projeto à prefeitura em 2016 é assunto para o próximo ano.

Os desafios educacionais

Em 2009, a rede municipal de educação estava com déficit em salas de aulas e professores. Desde então, um trabalho sério foi ralizado. “A cidade não para de crescer. É um desafio muito grande e temos trabalhado bem e alcançado bons resultados”, diz a secretária de Educação, Virgínia Maria Pereira de Melo. “Montamos um planejamento e estamos reestruturando a rede física. São 92 unidades e outras serão construídas, além de reforma e ampliação.” A qualificação dos professores é outra ação. “Aqui o professor também é pago para fazer parte de grupos de estudo e, assim, se aperfeiçoar”, afirma Virgínia. O plano de cargos e salários foi aprovado e, assim, os professores recebem o piso. O uso de notebooks e espaços digitais foi uma conquista e continua em expansão. No cronograma constam três inaugurações de Centros Infantis.

MinC é parceiro da Prefeitura

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, inaugurou com o prefeito João Gomes, o Centro de Artes e Esportes Unificados (Ceu) na terça-feira, 29, no Jardim Alvorada. Além de promover a cidadania em locais com alta vulnerabilidade social, políticas de prevenção à violência e inclusão digital são objetivos do centro. Os 3.000 m² construídos reúnem áreas esportivas, culturais e de lazer, além do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). “O Ceu tem equipamentos necessários para oferecer às crianças e jovens da região oportunidades de crescimento pessoal e profissional”, disse Gomes. A gestão do centro é compartilhada entre a prefeitura e a comunidade. O Ministério da Cultura (MinC) garante recursos para o funcionamento do espaço, através do edital Funarte de Ocupação dos Ceus das Artes.

Esquerda e direita

Quase ninguém mais sabe onde estão  – ou melhor, onde ficam – a esquerda e a direita. Não falo da esquerda de Fidel Castro nem da direita de Benjamin Netanyahu, para citar ortodoxos exemplos. Esquerda e direita aqui têm a ver com os lados opostos das coisas – e principalmente das pessoas. Antes de aprender a ler eu já sabia onde ficavam a minha direita e a minha esquerda, de trás pra frente e de frente pra trás. Aliás, tive que tratar de aprender, porque foi esse o primeiro comando de autoridade que ouvi do meu pai na infância: “mais pra esquerda; mais pra direita”. E nenhum outro poderia ter sido mais eficaz para uma criança cega que já queria andar pelo mundo – ainda sem bengala. Com o domínio da noção de lateralidade, eu podia divisar melhor no imaginário os grandes espaços: o rio, a mata, a cidade. E podia também transpôr pequenos obstáculos (ou me desviar deles) a partir de um simples comando: “buraco à direita; lama à esquerda”. Desde que válido, o comando tem me valido ainda hoje. Minha bengala é minha guia, mas ante um orelhão, um carro na calçada ou um buraco imprevisto, o velho comando “esquerda” ou “direita” pode ser minha salvaguarda. O problema é quando o comando vem torto ou, pior, às avessas. Torto, ele vem geralmente em forma de bolero, tipo canção desesperada: “mais pra lá; mais pra cá; não, eu falei pra lá”. E nisso vou eu, errando o ritmo e arrancando os cabelos. Mas há erros com mais método. Descobri nas minhas andanças que, quando o potencial ajudante está de frente pra mim, costuma inverter a lateralidade. Assim fica fácil: se ele diz “esquerda”, quer dizer a sua, e não a minha, então pendo à direita; se ele ordena “direita”, emprego o mesmo raciocínio e faço o contrário. O problema é que, em meio a tanta confusão lateral, há quem não troque o direito pelo avesso. Nesse caso, eu é que fico sendo o torto da vez. Só não sei se entorto pra esquerda ou pra direita. Às vezes me pergunto se a confusão ideológica entre esquerda e direita não será fruto da crise de lateralidade que assola a humanidade. Sei lá. Melhor limitar minha angústia à delicada questão dos lados opostos das coisas – e principalmente das pessoas.

Troca de guarda na Secult-GO

Gilvane Felipe pediu pra sair da cadeira de secretário estadual de cultura de Goiás. Fez bem. Deve ser  insalubre permanecer à frente da pasta da cultura num governo cuja Secretaria da Fazenda tem por esporte favorito apupar artistas goianos. Marconi precisa se definir entre o “governador que mais fez pela cultura em Goiás”, autoproclamado em reunião com artistas ocorrida no início do ano no Palácio das Esmeraldas, e o gestor pródigo em publicidade e austero nas artes. Naquela reunião o governador reparou um “erro técnico” na distribuição do recém aprovado Fundo Estadual de Cultura. Agora, os recursos do Fundo estão com quatro meses de atraso e o secretário da Fazenda diz que serão liberados em cinco parcelas a partir de agosto. A briga da Cultura com a Fazenda não é de hoje. Artistas que tiveram seus projetos aprovados via Lei Goyazes já viram os recursos atrasarem, minguarem ou simplesmente evaporarem. Enquanto secretário, Gilvane sempre comprou a briga, mas aparentemente sem apoio nem na base nem no topo do governo. Na base do governo Marconi (e de qualquer governo), é raro encontrar algum parlamentar que tenha apreço pela cultura – exceto a da soja, do algodão, da cana, etc. Já no topo do governo, se é verdade que o governador tem uma relação antiga com o segmento cultural, essa boa relação não tem sido suficiente para evitar os atrasos e cortes de repasse de recursos impostos ao setor pela equipe técnica da Fazenda. Sem sustentação nem na base nem no topo – que tem outras prioridades que não a cultura --, e atropelado pela inculta sanha fazendária, Gilvane pediu pra sair do governo. Mas não rompeu com o governador. Fiel a Marconi desde o movimento estudantil – em detrimento de partidos, do PC do B ao PSDB --, Gilvane não tem o perfil do operador político goiano tradicional. Com origem na esquerda acadêmica e mestrado na Sorbonne, ele não tem paciência para o bruto jogo da “realpolitik”, nem se encaixa em nenhum dos diversos grupos que gravitam em torno de Marconi – para o bem ou para o mal. À frente da Secult, do Sebrae ou da Sectec – cargos que ocupou nos governos Marconi --, seu grande e único trunfo sempre foi a amizade e o respeito do governador. Usado com mais moderação do que desejavam seus poucos companheiros, esse trunfo logrou despertar a inveja e a ira dos seus não raros desafetos. Agora, Gilvane sinaliza para Marconi que não deseja mais ocupar uma pasta acossada pelo estrangulamento fazendário. O novo titular da Secult, Aguinaldo Caiado de Castro Aquino Coelho – ou Aguinaldo Coelho, como prefere --, talvez tenha mais traquejo para administrar a crônica crise da Cultura com a Fazenda. Carioca de berço vilaboense, Aguinaldo carrega em sua assinatura algumas das mais tradicionais famílias goianas. Mas a formação no Rio de janeiro deu ao artista plástico e professor universitário a faceta cosmopolita de que toda tradição carece. Gestorexperimentado, Aguinaldo Coelho dirigiu por cerca de dez anos a área de patrimônio histórico e artístico da antiga Agepel (Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira). Atualmente é vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura. Ligado ao grupo do historiador Nasr Chaul – seu chefe nos tempos de Agepel --, Aguinaldo Coelho transita bem entre artistas, políticos (muitos deles amigos de sua família e alguns até seus parentes), e técnicos da burocracia do governo. Seus amigos vão da Cidade de Goiás à TV Globo, e seu perfil aglutinador bem pode conquistar para a Cultura os áridos corações do secretário José Taveira (Fazenda) e de seus assessores tecnocratas. Com todos os problemas, o governador Marconi não pode ser acusado de entregar a pasta da Cultura ao prosaico loteamento de cargos, como tanto já se fez e ainda se faz por aí. Aguinaldo Coelho é um artista gestor, como exigem os novos tempos; Gilvane Felipe é um intelectual surgido na boa safra da esquerda goiana dos anos 80, que migrou com talento e habilidade para os escaninhos do poder; e nasr Chaul empreendeu o Fica, o Canto da Primavera e o Centro Cultural Oscar Niemeyer, do qual é o administrador. Quadros para gerir a Cultura em Goiás, os marconistas já provaram ter. Quanto aos recursos, o secretário Aguinaldo precisará de muita verve para arrancá-los da Fazenda. Marconi só precisa ter cuidado para não implodir seus quadros do segmento cultural, que tanto diz prezar.

 Ubaldo e Ariano
Em menos de uma semana, a literatura e a Academia Brasileira de Letras perderam os dois mais populares de seus autores. João Ubaldo Ribeiro e Ariano Suassuna, ambos nordestinos, produziram obras-primas, conquistaram os corações de milhões de brasileiros, e fizeram de sua literatura uma digna profissão. No Brasil de Sarney, não é pouca coisa.    

Daia deve ter obras entregues ainda em 2014

[caption id="attachment_11123" align="alignright" width="620"]Prefeito João Gomes e secretário William O’Dwyer: desapropriação no Daia e finalização de obras na pauta Prefeito João Gomes e secretário William O’Dwyer: desapropriação no Daia e finalização de obras na pauta[/caption] As obras de acesso ao centro de convenções, tanto para quem já está em Anápolis, quanto para quem chega de Brasília ou Goiâ­nia, foram objeto de discussão entre engenheiros da Agência Goiana de Trans­porte e Obras (Agetop) e técnicos da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), em reunião na quinta-feira, 24. As obras serão exe­cutadas numa parceria com a Agência e Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT). A reunião foi, na verdade, uma visita de cortesia feita pelo titular da SIC, William O’Dwyer, ao prefeito de Anápolis, João Gomes (PT). Em cerca de duas horas, a conversa entre os engenheiros foi para pensar uma forma mais fácil de execução das obras e para que o acesso seja eficaz. A previsão de entrega, acordada para o final do ano, foi outro ponto discutido, uma vez que as obras do centro de convenções já estão 60% concluídas. O serviço será finalizado no tempo previsto. William destacou o interesse comum da prefeitura em desapropriar as áreas do Daia. O secretário ponderou a seriedade do problema, uma vez que envolve o particular e o governamental, o que se desenrola em processos e procedimentos. Ainda assim, ele afirma que, mais brevemente possível, serão liberados 13,5 alqueires do distrito. A área será administrada pela Goiás Industrial e a lista, com as empresas interessadas no terreno, é grande e diversificada.

Anel viário

A obra do anel viário, próxima ao aeroporto internacional de cargas, e a empresa Hyundai, é de responsabilidade da Goiás Indus­trial. Sob jurisdição da SIC, o custo já foi repassado ao órgão. “O atraso da obra foi por dificuldades fi­nanceiras da empreiteira”, disse William, que informou que um novo contrato já foi feito com outra empresa. O nome ainda não foi divulgado. A Trade Cons­tru­tora firmou um acordo para agilizar e facilitar a sequência da obra. Até mesmo alguns equipamentos serão transferidos pela Trade à nova empreiteira. A previsão é que as obras sejam iniciadas em agosto. “O compromisso também é entregá-la até o final do ano”, diz William. A liberação das verbas já está atestada, para que não haja nenhuma outra interrupção. Segundo o secretário, a reunião com o prefeito foi a primeira. Em breve, a Goiás Industrial também vai participar das reuniões.

Esclarecimento de coligações

Pedro Canedo, do PP, esclareceu o suposto apoio ao candidato ao senado Ronaldo Caiado, do DEM. “O que existe são amigos comuns, que estão se movimentando em Anápo­lis, com a abertura de um co­mitê, com as nossas candidaturas, a de Aécio Neves [candidato a Presidência da República pelo PSDB], do Caiado e minha. Eu sou partidário e estou com o meu partido”, afirma o candidato a uma cadeira na Assembleia. O caso é que Canedo é do partido do vice-governador do Estado, José Eliton, presidente da sigla, que estará, naturalmente, com o tucano e candidato a reeleição ao governo, Marconi Perillo (PSDB). Já Ronaldo Caiado compõem a majoritária com o cabeça de chapa Iris Rezende, do PMDB. Segundo Canedo, além do PSDB, a sigla está coligada com o PSD, PR e PTB. Com base eleitoral em Anápolis, o também médico oftalmologista esclarece ainda que a candidatura em 2016 à prefeitura já não é o foco: “No momento, eu só penso na minha candidatura a deputado estadual”.

Planejamento orçamentário

Para atender as reivindicações da população e melhorar os serviços municipais, a Prefeitura de Anápolis, por meio da Secretaria de Gestão e Planejamento, realizará audiências públicas para elaborar a Lei Orçamentária (LOA). Após as reuniões, no final de agosto, a lei será encaminhada para a Câmara Municipal de Anápolis. Além da audiência pública, a secretaria reunirá os gestores municipais e agentes de planejamento de cada pasta para discutir as ações de melhoria no município, junto ao prefeito João Gomes, nesta terça-feira, 29. “É uma forma de unir os trabalhos das secretarias municipais para discutir junto à população o que tem que ser feito. Esse planejamento antecipado permite que as ações da administração municipal sejam feitas com qualidade” afirma o secretário municipal de Gestão e Planejamento, Geraldo Lino.

Por um serviço mais cortês e ágil nos cartórios

[caption id="attachment_11118" align="alignleft" width="300"]Vereador Jakson Chaves: audiência para melhorar serviços cartorários Secom Municipal Vereador Jakson Chaves: audiência para melhorar serviços cartorários   Secom Municipal[/caption] Melhorar o atendimento foi o objetivo de au­diência provocada pelo vereador Jakson Chaves (PSB) junto ao Fórum de Anápolis. Rispidez e demora eram as reclamações recorrentes ouvidas pelo vereador. Outra reclamação veio do setor imobiliário. Pela demora, empresários estavam, inclusive, com dificuldade em concluir negócios. Os novos titulares dos cartórios levavam até 20 dias para entregar uma certidão de imóvel. Já para os registros, demora de 40 dias. “O atraso para entrega da documentação gera desgaste aos negócios e, consequentemente, perda de arrecadação pelo município”, alerta Jakson. Os novos titulares justificam ter encontrado os cartórios com muitos problemas, o que dificulta agilidade da execução dos pedidos. Tudo é feito de uma forma muito artesanal ou arcaica, como adjetiva o vereador, pois os cartórios não utilizam as tecnologias disponíveis. Outra alegação refere-se ao período de convocação e adaptação dos novos servidores, que passaram a ocupar as funções via concurso público. O diretor do Foro, Carlos Li­mon­gi, cobrou melhorias dos ti­tu­lares, que pediram 90 dias para sanar os proble­mas. As promessas são de investimentos na estrutura física dos cartórios e um atendimento mais humanizado e respeitoso, a partir do trei­namento dos novos funcionários. As certidões serão entregues no prazo de 24 horas e os registros sairão em 10 dias. “Certidões que demoravam até 20 dias, agora vão sair até no dia seguinte”, afirma o titular do 2º Registro de Imóveis, Ângelo Barbosa.

Gastronomia musical

A Praça Dom Emanuel, em Jundiaí, recebe desde a última sexta-feira até o fim do mês, o 4° Festival Gastronômico e Cultural de Anápolis. Com minicursos e oficinas gastronômicas, o festival ainda propõe apresentações musicais e exposições. O Salão Itinerante de Negócios de Arte, Artesanato e Manualidades traz este ano mais de 40 empreendedores. “Nosso objetivo principal, com essa atividade, é divulgar e promover com exclusividade a comercialização de peças artesanais dos nossos empreendedores”, informa o diretor de Indústria e Comércio, Márcio Jacob. Já a Praça Abílio Wolney re­ce­be o Famu no final de setembro. As inscrições para a sexta edição do Fes­tival Anapolino de Mú­sica fo­ram abertas pela Secretaria de Cultura. Os interessados têm até o dia 27 de agosto para se inscrever no evento. O objetivo é divulgar a produção musical e descobrir de novos talentos.

“Irapuan apresenta contos dignos do grupo literário dos clássicos”

Edgar Welzel [caption id="attachment_11100" align="alignright" width="250"]cartas.qxd Livro de Irapuan tem crítica favorável de colaborador do Opção na Alemanha[/caption] Eis uma coletânea de contos com um título que, à primeira vista, se nos parece desusado e enigmático, imediatamente nos leva a refletir, a perscrutar: “Teimosas Lem­bran­ças” (Editora Kelps – Goiânia). Acostumamo-nos a usar o adjetivo teimoso em relação a uma característica, um pouco anômala, do comportamento humano. Criança teimosa, indivíduo teimoso ou mesmo algo que nos incomoda como, por exemplo, um ruído teimoso. É por isso que, em relação à lembrança ou à memória, o termo teimoso nos leva à indagação: como pode uma lembrança ser teimosa? O autor, Irapuan Costa Júnior, não se dá ao trabalho de explicar a razão do título inquisitivo. Fino observador e mestre da palavra, ele sabe que qualquer tentativa de explicação seria deturpar o leve suspense da narração. O que Irapuan modestamente chama de “historietas aqui contadas” em verdade são contos que, por seu conteúdo claro e conciso, seu estilo direto e harmonioso imbuído de originalidade e vigor, isento de qualquer prolixidade, encontram-se em pé de igualdade com os de contistas laureados nacionais e estrangeiros. São contos que bem poderiam estar ao lado daqueles do maravilhoso e seleto grupo literário que chamamos de clássicos. Quem conhece Irapuan Costa Júnior pessoalmente sente-se impressionado pela cativante naturalidade com a qual trata seus interlocutores. Este seu dote peculiarmente pessoal parece refletir-se em seus textos. Consciente ou inconscientemente Irapuan atende às seis regras essenciais de estilo de José Oiticica em seu “Manual de Estilo”: correção, concisão, clareza, harmonia, originalidade e vigor. Está tudo aí. Irapuan domina com maestria a arte de cativar o leitor com uma refinada dose de leve suspense, se bem que o “opúsculo”, como o autor pessoalmente o denomina, está longe de ser enquadrado no gênero da literatura policial. Ao terminarmos a leitura do primeiro conto, sentimo-nos atraídos de forma que acabamos lendo os demais de um sorvo só. As histórias contadas, embora passadas em lugares e épocas diferentes e com protagonistas também diferentes, têm um elo comum que as une e que se estende da primeira à última. Em todas as histórias o leitor atento encontra algo que Irapuan Costa Júnior, talvez de forma premeditada, resolve esconder. Ele esconde aquilo que levaria à explicação do título e este esconder em nada diminui a qualidade literária dos relatos. No decorrer da leitura descobrimos, em sentido figurativo, ideias, pensamentos e ações que lembram obstinação, pertinácia, insistência e procrastinação. Eis aí a razão de serem as suas lembranças “teimosas” lembranças, reminiscências, recordações que, com o passar do tempo, na maoria das pessoas, começam a diluir-se, apagar-se em consequência de um fenômeno natural com o qual nos castiga a Natureza. No caso de Irapuan, este fenômeno natural parece ter passado de lado, pois suas histórias, algumas delas vividas há quase setenta anos, são contadas de forma tão precisa e convincente que nos deixa a impressão de terem se passado ontem. Irapuan Costa Júnior, além de fino observador tem requintado talento em descrever suas observações em mínimos detalhes sem entediar o leitor. Encontramos exemplos típicos no conto “O vulto da outra”, à página 47: “... as suas doses de uísque (de Alexandre) eram maiores e consumidas mais rapidamente... Irene parecia irmã gêmea de Marta... O vestido também era como o de Marta... buscou uma garrafa de uísque da qual se serviu generosamente, por várias vezes, enquanto eu mal provava do meu copo”. Em se tratando de pessoas Irapuan parece dissecá-las metodicamente. O diálogo com Manoel Joaquim no conto “A festa dos garimpeiros”, à página 63, é apenas um dos exemplos para tal afirmação. O autor desconfia que Manoel Joaquim lhe esconda algo. Disseca-o, “espreme-o” e ao mesmo tempo cria uma situação de confiança. Só então Manoel Joaquim se abre, mas tem receio e Irapuan não quer destruir a fraca plantinha de confiança: “Fique tranquilo. Não vou falar nem fazer nada. A coisa morre aqui”. Aidenor Aires, em seu belíssmo texto “Salvados da memória”, resume já na contracapa do livro: “Afinal, como disse anteriormente, não é uma obra asséptica e neutra. Mergulha no humano e não poderia sair dessa imersão, sem a linfa das águas cristalinas ou o lodo das torrentes turvas”. Alguns dos contos têm um toque de tristeza que se esvai à medida que avançamos na leitura. Em vez de embrenharmo-nos na tristeza, alegramo-nos com a qualidade da narração, com a perfeição da linguagem, com a clareza de estilo e com o conteúdo cativante das histórias contadas. Terminada a leitura concluímos: “Belo texto, bem redigido”. Uma expressão de admiração e de louvor, um elogio que o autor não ouve. Merece ser escrito. É o que fiz. Edgar Welzel é colaborador do Jornal Opção na Alemanha. E-mail: [email protected]  

“Iris Rezende não admite ninguém com mais luz do que ele no PMDB”

Rildo Alves dos Reis A respeito da entrevista do ex-deputado Frederico Jayme (Jornal Opção 2036), quem acompanha e conhece um pouquinho da história política de Goiás com certeza vai concordar: Iris Rezende é um ma­nipulador, que excluiu vários no­mes no passado, que estavam ligados ao PMDB, porque temia que estes nomes se sobressaíssem. Ele não admite ninguém com mais luz do que ele, ou pelo menos a luz que ele julga ter. Um ótimo fim pa­ra seu reinado na política goiana se­rá mais uma surra nas urnas, que e­le vai levar não de Marconi Perillo (PSDB), mas do povo de Goiás, que não é e nunca foi gado de seu pastoreio. E-mail: [email protected]  

“MP não constatou nada contra Iris”

Fábio Carneiro Iris foi o único político que teve a vida dele e de seu pai devassada pelo MP de Goiás durante mais de 6 anos. E o MP-GO constatou que nada havia de errado na vida de ambos. E-mail: [email protected]  

“Uma vida inteira não basta para ler Machado de Assis”

Jô Mitre Sr. José Maria, seu trabalho visto na matéria “Discípula de Paulo Freire assassina Machado de Assis” (Jornal Opção 2028) remete ao Capítulo VIII de Memórias Póstumas, “Razão contra Sandice”. A nós, leitores, conforta muito: não estamos sozinhos diante do bárbaro espetáculo. Uma vida inteira não basta para ler Machado. Quem sabe o que é ler, o que é literatura e qual é a vocação do ser humano compreende isso e sabe que Machado transforma. Os que não sabem? Serão apenas “pontuais na sepultura”, como “os Hebreus do cativeiro” e “os devassos de Cômodo”. E-mail: [email protected]  

“Uso de reposição hormonal por lutadores é injusto”

Fábio Rafael Nunes cartas.qxdLi uma nota do jornalista Euler de França Belém (Jornal Opção 2032), sobre o uso de hormônios por lutadores de MMA. Acho o seguinte, jogador de futebol e basquete, por exemplo, quando perdem o vigor da juventude ou mudam de posição ou aposentam. Com lutadores, deveria ser igual. Imagine um jogador de 35 anos fazendo algum tipo de reposição. Seria injusto com os demais. Os lutadores poderiam resolver isso criando categoria de idade, mas nada de artifício não natural. E-mail: [email protected]  

“Futebol é apenas um lazer. Precisamos de vitórias no aspecto social"

Maria Ferreira [caption id="attachment_11099" align="alignright" width="620"]Marcus Brandt/EFE Marcus Brandt/EFE[/caption] A copa do mundo de futebol do Brasil chegou ao seu término com a triste surpresa da derrota que ninguém esperava para a Alemanha (foto), principalmente por ter sido uma goleada massacrante e humilhante para uma seleção que se denomina o país do futebol. E na condição de assistente social, temos que admitir que o placar elástico de 7 a 1 mostrou aos brasileiros que nem sempre a tradição predomina. Perder na própria casa e de forma humilhante, reflete na realidade do quadro social, político e econômico do país penta campeão do mundo de futebol. O consolo é que perdeu para a campeã e, por uma questão de desaforo, restou à Argentina o segundo lugar na competição. Apesar da decepção, em termos de esportes, a organização em si foi e­logiada, com arenas lotadas, turistas contentes com o clima, a festividade, os locais turísticos, o povo a­co­lhedor, poucas manifestações, as quais geram desordem (vandalismo), dentre outros aspectos positivos. A derrota humilhante da seleção brasileira para a Alemanha (7 a 1) foi inédita e levou o torcedor tupiniquim à tristeza geral. O dia seguinte foi cheio de críticas, reclamações com todos tentando achar o culpado e onde erramos. E da mesma forma, a também derrota para a Holanda por 3 X 0 confirmou que algo não está bem no futebol brasileiro. As derrotas serviram para refletir, para mostrar que não só nos esportes, como também na vida se perde e se ganha. Ninguém é imbatível. Isso ficou provado. Uma seleção brasileira, em Copa do Mundo, levar cinco gols em somente um dos tempos de uma partida de futebol, foi um desastre, uma frustração. No total, em dois jogos, levou 10 gols. Algo preocupante. Contudo, mesmo diante das derrotas para os alemães e holandeses na disputa do terceiro lugar, ficou a lição de que, do ponto de vista social e político haverá crescimento na conscientização do eleitorado brasileiro para a eleição em outubro para presidente da República. A realização da Copa foi benéfica, apresentou para o mundo um país que deseja corrigir seus absurdos, como a corrupção e a falta de seriedade em setores prioritários da sociedade, como a saúde, educação, moradia, emprego e segurança. O Brasil foi beneficiado com a entrada de divisas trazidas pelos “gringos”, chegada em massa de turistas, pessoas estas que trouxeram capital para gastar no país sede. Com isso, a economia ficou aquecida, agregando maior valor às empresas, às prefeituras e ao Estado, pois melhora a arrecadação, além de ter divulgado o Brasil aos quatro cantos do planeta, mostrando que o brasileiro é receptivo. Recebemos os estrangeiros com os “braços abertos” numa alusão ao Cristo Redentor, símbolo da cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro, onde se localiza o símbolo sagrado do futebol, a arena Maracanã. A realização da copa em si foi um acontecimento que acrescentou muito ao Brasil. Por mais que se critique em função do não investimento nas áreas prioritárias já citadas. Mesmo assim, tem sido um momento propício para reivindicar, cobrando maior seriedade no atendimento às necessidades mais urgentes da população. Contudo, mesmo com todo este clima negativo de protestos, este evento de grandeza provou ser algo favorável para o país, pela capacidade que os governantes conseguiram apresentar em termos de organização, mostrando ao mundo que se chegou à modernidade, sem se esquecer de que um país que deseja ser “primeiro mundo” deverá em pri­meiro lugar priorizar a educação (mais investimentos, valorização dos professores, melhores salários, estrutura, etc.), combater a desigualdade social com programas de redistribuição da renda, melhorar e ampliar o setor de saúde, combate ao tráfico, realizar um policiamento ostensivo, dar mais segurança e expectativa de dias melhores para a população, principalmente para aqueles excluídos dos benefícios que o capital oferece. No geral, a realização da Copa do Mundo no Brasil, independente das derrotas e pelo fato de a seleção canarinha ter saído nas quartas de final. A derrota do Brasil em campo foi desastrosa, mas que serviu para que o conjunto da sociedade civil cada vez mais organizada possa tirar lições, principalmente, do “massacre alemão”. E uma das lições é o fato de o po­vo se conscientizar na hora do voto, pois a eleição para presidente é em novembro. Afinal de contas, não se vive somente de futebol. Há outras necessidades mais prioritárias, como as já mencionadas. Através de uma mobilização social ordeira é possível obter conquistas sociais. Fu­tebol é apenas um lazer. Precisamos sim, de vitórias no aspecto social. Mas se estas conquistas viessem junto com a conquista do torneio mundial pelo Brasil, seria melhor ainda. Porém, é preciso saber perder e aprender em cima dos erros. Portanto, futebol e política podem a até se misturarem, mas a realidade cobra atitudes de nossos governantes, pois os jogadores estão bem: bons salários, mídia em cima e fama. Logo, chorar por eles é injusto. É preciso corrigir as injustiças sociais. Isto sim seria a melhor conquista. Ganhar uma Copa do Mundo de futebol seria apenas uma consequência do avanço social. Maria Ferreira é assistente social e pós-graduanda em Psiquiatria.

Fundo de Cingapura sinaliza parceria em projetos de infraestrutura

[caption id="attachment_10518" align="alignright" width="620"]Titular da SIC, Wiliam O’Dwyer: meio de campo com potenciais investidores  Fernando Leite/Jornal Opção Titular da SIC, Wiliam O’Dwyer: meio de campo com potenciais investidores
Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] O GIC (Government of Singa­pore Investment Corporation Private Limited, na sigla em inglês) é um fundo soberano de Cinga­pura, que iniciou operações no Brasil em meados de maio deste ano. O fundo inaugurou um escritório em São Paulo com o objetivo de dar início à prospecção ativa de negócios na América Latina, tendo como foco principal o Brasil. O GIC administra várias reservas internacionais de Cingapura, atualmente um dos países economicamente fortes da Ásia. O foco dos investimentos do grupo são empresas sólidas e com perspectivas concretas de crescimento a longo prazo. Em geral, são empresas que exigem investimentos complexos e de valor elevado. O fundo possui mais de US$ 100 bilhões em ativos sob gestão e está posicionado para investimentos flexíveis e de longo prazo. Mas não apenas empresas serão beneficiadas com a chegada do fundo. Na semana passada, representantes do grupo estiveram em Brasília e convidaram o secretário de Indústria e Comércio (SIC), o anapolino William O’Dwyer, assim como o Governo do Distrito Fe­deral para uma reunião. É certo que o fundo quer firmar parcerias com os Estados, visando fazer um planejamento de longo prazo para melhoria da qualidade de infraestrutura tanto em Goiás quando no DF. A iniciativa já é chamada nos bastidores de “Operação Cinga­pura”. Se firmada, a parceira promoverá ações de planejamento e trabalho que visam alcançar resultados até o ano de 2060. E essa não é a primeira vez que William, que também é cônsul honorário da Alemanha em Goiás, se encontra com empresários asiáticos. Uma das primeiras reuniões de que participou como titular da SIC foi justamente com os países emergentes que formam o “Mer­cosul asiático”. Países como: Indonésia, Malá­s­ia, Fi­lipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã. A questão é que esse grupo de países têm demonstrado interesse em estreitar conversações com Goiás. William tem bom trânsito fora do país, uma das razões para que o go­vernador Marconi Perillo o tenha co­locado na SIC. Tanto é que em se­tembro ele receberá mais embaixadores de mais de 100 países em Bra­sília em uma festa chamada “Go to Goiás”, que será realizada para apresentar o Estado aos países estrangeiros.

Letras, Fatos e Imagens

Em comemoração aos 107 anos do município, Prefeitura resgata escritos das gavetas e estimula a escrita com publicação de livros Por meio da Secretaria Mu­ni­ci­pal de Cultura, a Prefeitura de A­nápolis realiza, na próxima quarta-feira, 23, o lançamento dos livros do projeto Anápolis em Letras, Fatos e Imagens. O Te­atro Municipal será palco da quarta edição do projeto e trará mais de 62 obras publicadas, que en­volvem 84 escritores anapolinos. Poesias, prosas, crônicas e li­vros acadêmicos estão entre os gê­neros das produções. União Li­terária Anapolina é parceira no lan­çamento da coletânea. As bi­bliotecas da rede pública de ensino da cidade e do estado e de instituições de ensino superior receberão um kit com os livros lançados. “A administração municipal contribui para que o escritor tenha um espaço de publicação e a população tem acesso a essa literatura que é produzida na cidade. Teve um período em que as pessoas da cidade tinham o potencial, capacidade, talento para escrever, mas não ficávamos sabendo. Esse projeto permitiu que manuscritos de livros saíssem das gavetas” afirma o secretário municipal de Cultura, Augusto César de Al­meida. Ele também destaca o estimulo à escrita, provocado pela possibilidade de publicação.

Levantamento aponta o município anapolino como um dos principais corredores econômicos do Brasil

Anápolis é um dos principais corredores da ri­queza no Brasil. A afirmação foi feita pela revista “Exame”, com base em levantamento realizado pela consultoria Urbans Systems. A pesquisa mostra os dez principais eixos da economia brasileira. A cidade está entre os quatro mais promissores eixos nacionais, junto dos corredores econômicos São Paulo-Campinas, Rio de Ja­nei­ro-Campos dos Goyta­cazes, Join­ville-Florianópolis e Porto Alegre-Caxias do Sul. Mais de 31 mil empresas fo­ram abertas no eixo Goiânia-Anápolis-Bra­sí­lia. A estimativa da consultoria é que mais 70 mil sejam abertas a­té 2025 e ressalta que é, de lon­­ge, o maior polo de atração de novos negócios. As Ferrovias Norte-Sul e Centro Atlân­tica, a construção do aeroporto de cargas e o polo farmacêutico foram destacados pela publicação.

Praças e parques: ações de cunho socioambiental com relevância

[caption id="attachment_10513" align="alignright" width="620"]Prefeito João Gomes: ações da prefeitura em prol do bem-estar da comunidade Prefeito João Gomes: ações da prefeitura em prol do bem-estar da comunidade[/caption] Com uma política socioambiental, a Prefeitura de Anápolis tem construído e reformado praças e parques. Na última semana, foi o bairro São Joaquim que recebeu a visita do prefeito João Gomes (PT) para assinar a ordem de serviço. O secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco Carlos Costa, ressaltou a inserção social, numa ação de resgate da convivência familiar, pelo lazer. Na Praça São Joaquim, serão 2 mil m² de pista para caminhada. As crianças ganham um playground. O local já tem boa arborização, mas quando não tem, há o plantio de mudas. O piso será permeável, o que per­mite o escoamento adequado da água da chuva. Os bancos feitos de madeira tratada. Além disso, cria-se um espaço que tira o jovem da marginalidade e propõe convívio social mais efetivo. A iluminação pú­blica também auxilia na redução dos crimes. O ganho ambiental é válido. “É comum que a população descarte li­xo quando encontra um espaço aberto. Se é transformado em praças, área de convivência, automaticamente, es­sa prática é inibida e faz com que es­ses moradores virem defensores des­se novo espaço. Contribuindo assim, com a limpeza urbana”, explica. “Temos uma ação muito importante, pois o prefeito João Gomes en­tende que não é necessário apenas cons­truir, e sim preservar e dar ma­nu­tenção ao que já existe na cidade”, disse Francisco sobre a criação de e­quipes exclusivas, designadas para lim­peza, pintura de meio-fio e poda de árvores, nas praças. O município já ganhou quatro vezes consecutivas o prêmio socioambiental Chico Mendes, de reconhecimento nacional.