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Espaço para empreender

No próximo final de semana, 22 a 24 de agosto, os empreendedores do município poderão aproveitar a décima edição do Salão dos Empreendedores de Micro­cré­dito. Realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Eco­nô­mico e Agricultura, o evento se­rá no Fei­rão Coberto, na Vila Jai­a­ra. O ob­jetivo é promover um espaço de oportunidades de ne­gócio aos microempreendedores, beneficiados pelo programa Anápolis aCredita. Além de shows culturais e desfiles de moda, cerca de 100 mi­croempresas vão expor seus produtos e serviços nesta edição. O pro­gra­ma propõe alternativas de acesso ao crédito às pessoas fí­si­cas e jurídicas que desejam montar ou ampliar seus negócios. A proposta é mudar o perfil so­cio­­e­conômico dos micro e pequenos empreendedores, do centro e bairros periféricos de Aná­po­lis, com a geração de trabalho e renda.

Melhorias no transporte público dependem da conclusão do processo de licitação

[caption id="attachment_12824" align="alignleft" width="671"]Transporte público foi objeto de reunião entre prefeito e presidente do TJ Transporte público foi objeto de reunião entre prefeito e presidente do TJ[/caption] O transporte público foi pauta da reunião entre o prefeito João Go­mes (PT) e o presidente do Tri­bu­nal de Justiça (TJ), Ney Teles de Paula, na terça-feira, 12. A pro­mo­­tora de Justiça Sandra Mara Ga­berlini ressaltou a importância do processo de licitação para escolha da empresa que realizará o serviço na cidade. “É um pe­dido do Ministério Público para garantir a qualidade do trabalho prestado à população, mas o processo está embargado e precisa de uma atenção do Tribunal de Jus­tiça para ser concluído”, afirmou. O presidente do TJ avaliou que o processo deve ser acompanhado pelo desembargador Fausto Moreira Diniz, responsável pela autorização à continuidade do caso. Ele ressaltou a importância da conclusão do processo para melhorar o transporte coletivo em Anápolis. O prefeito João Gomes destacou: “Avaliamos que existem bairros que precisam de investimentos imediatos em relação a pontos de espera do transporte e, também, mais veículos disponíveis. Mas para exigirmos esses serviços, precisamos do processo de licitação concluído”. O presidente da Câmara Municipal, Luiz Lacer­da, também esteve no ga­binete da presidência do TJ, onde o encontro foi realizado. Não foi prevista uma data para a conclusão do processo.

“Eduardo Campos teria muito a contribuir à democracia em nossa pátria-irmã”

Péricles Tavares [caption id="attachment_12556" align="alignleft" width="266"]Eduardo Campos (PSB) em Brasília em abril deste ano | Foto: Fernando Leite Eduardo Campos (PSB) | Foto: Fernando Leite[/caption] A União Caboverdiana Inde­pen­dente e Democrática (Ucid) torna público seu pesar diante da trágica e precoce morte do candidato à Presidência da República brasileira, Eduardo Campos, líder do Partido Socialista Brasileiro que tentava o pleito ao executivo pela coligação partidária “Unidos pelo Brasil” (PSB, Rede, PPS, PPL, PRP e PHS). A tragédia que ceifou a vida do candidato certamente causará impacto tanto na corrida eleitoral para as votações de outubro quanto na sucessão presidencial no Brasil. A Ucid mostra-se solidária aos familiares e amigos de todos os envolvidos no acidente, bem como triste pela perda de um líder político jovem, que ainda teria muito a contribuir para a solidificação e a manutenção da democracia da nossa pátria-irmã brasileira. Péricles Tavares é coordenador da Região Ibérica da Ucid.

“Perda de um político visionário”

Theomar Alves Lamentável a perda de um homem visionário. Isso deixa nosso País chocado e o ocorrido ainda merece ser analisado. Portanto, quando falamos em morte, fica em último lugar a condição de presidenciável. Um pai de família se foi e sua família precisa do consolo de todos que estão por perto. E-mail: [email protected]

“O Brasil perdeu um grande homem”

Zumira Alves Que Deus dê forças para a família de Eduardo Campos vencer essa grande perda. O Brasil perdeu um grande homem. E-mail: [email protected]

“Ele era o mais capacitado dos candidatos”

Karlos Julianno Braga De longe, Eduardo Campos era o mais capacitado dos três candidatos. Com maior desenvoltura e propostas concretas para conciliação de crescimento econômico e controle inflacionário. Uma pena, uma grande perda. E-mail: [email protected]

“O partido dará continuidade ao projeto”

Rosmary Machado Eduardo Campos, seu legado será levado à frente. Deus dará sabedoria ao partido para dar continuidade a seu projeto. E-mail: [email protected]

“Que ‘brinco’ Paulo Garcia deixará?”

Arthur de Lucca Gostaria de fazer um comentário da entrevista com o perfeito, ops, prefeito Paulo Garcia (PT), na edição 2040 deste jornal. Ele não explicou que “brinco” deixará para o sucessor. Se de ouro, prata ou bronze. Tudo indica que será de lata. Enferrujada. Todo carcomido. Na questão dos gastos com mídia, o perfeito, ops, prefeito cuspiu no prato, pois o Jornal Opção, em anos anteriores, chegou a colocá-lo como futuro governador de Goiás. Pena que a péssima administração foi mais rápida. E nessa sofrível administração não é só o PT que merece o “bônus”: o PMDB, que está na vice, tem seu quinhão no “emporcalhamento” da linda capital. E, ademais, o “cumpanhêro” comparou os gastos dele só com os de Marconi Perillo (PSDB), não entrando no mérito dos da dra. Dilma “Unicamp”. Não precisava ir muito longe. Poderia ficar aqui próximo, em Anápolis, que tem uma arrecadação menor que a da capital e os munícipes não estão reclamando tanto do “cumpanhêro” [Antônio Gomide] que agora deixou a prefeitura. Quando o perfeito, ops, prefeito falou do ITU e IPTU, lembrei-me do Fernan­do “Enem” Haddad que veio com essa mesma lábia. Au­men­taria o número das pessoas que pagariam menos. E ainda tem pessoas que acreditam. Aliás, a presidenta não propagandeou que estava “dando” de presente o “abaixamento” na conta de energia? Arthur de Lucca é representante comercial. E-mail: [email protected]

“Seria o cúmulo penalizarem o tigre”

Paulo Rosa Na história do menino que per­deu o braço no zoológico de Cas­cavel (PR) e que agora diz que seu pai não é culpado pelo fato de o tigre o ter atacado, só espero que no fim da história o culpado não seja o animal. Seria o cúmulo da ignorância o tigre ser penalizado. E-mail: [email protected]

“Estamos caminhando para uma guerra civil”

Luciano Bellina Acabo de ler o Editorial da edição 2040 deste jornal. Tenho a dizer que nenhum governo teve a real preocupação com os incidentes de violência que se fizeram surgir ou se intensificaram. O descaso é total, apartidário, sem responsabilidade por gênero ou grau de escolaridade. Falta de planejamento, antevisão do futuro, falta de políticas públicas, distribuição de renda, reforma agrária e tantos outros motivos. Estamos caminhando para uma guerra civil. Matamo-nos todos os dias, uns para retirar de outrem sues pertences e outros, seus donos, para mantê-las. O mal maior deste País é a corrupção, originada por um instinto inconsciente de sobrevivência, de amealhar para se sobressair, e a massa, desassistida, segue entre tiros, facadas e a morte iminente. Luciano Bellina é professor. E-mail: [email protected]

“Humberto Machado perderá apoio se renegar Iris”

Daniel Barbosa Se o prefeito de Jataí, Hum­berto Machado (PMDB), renegar Iris Rezende estará sujando a bandeira ideológica que defende. E perde o apoio de muitos, pois Iris continua sendo o maior ícone da história do PMDB de Goiás. E-mail: [email protected]

“Serial killers não precisam seguir padrão”

Lucas Marsiglia Um serial killer se caracteriza por cometer homicídios com certo intervalo de tempo, podendo ou não deixar uma “assinatura”. Existem inúmeras motivações e causas que podem levar uma pessoa a cometer tais atos. Serial killers podem, sim, usar armas de fogo, ao contrário do que alguns estão dizendo por aí. Não precisam necessariamente seguir um padrão. Posso citar inúmeros casos de assassinos em série que não seguiam padrão nem de vítima nem de determinado tipo de arma. E-mail: [email protected]

“Subamos em nossas carteiras”

cartas.qxd Celso Neto Que todos nós subamos em nossas carteiras em homenagem ao “capitão” Robin Williams. E-mail: [email protected]  

O legado do pai do Miguel

“Miguel, entre outras características que o fazem muito especial, chegou com a Síndrome de Down. Seja bem-vindo, querido Miguel. Como disse seu irmão, você chegou na família certa! Agora, todos nós vamos crescer com muito amor, sempre ao seu lado." Com essas palavras Eduardo Campos e sua esposa Renata saudaram publicamente a chegada de Miguel, seu quinto filho. E deram um belo exemplo de como uma família deve receber uma criança com deficiência. Esse simples gesto amoroso pode ser visto em muitas famílias – inclusive na minha --, mas seu contrário é menos raro que o desejável. Dias depois do nascimento de Miguel, há pouco mais de seis meses, o jornalista Elio Gaspari contou a história de uma irmã do presidente Kennedy que tinha uma depressão que lhe atrasava a aprendizagem. Só por isso o pai lhe submeteu a uma lobotomia experimental que lhe comprometeu a fala e parte dos movimentos. Dos 23 aos 86 anos, ela viveu abandonada por sua exitosa família. As famílias muito ricas, quando excluem seus filhos com deficiência, é por vergonha. Já as muito pobres, quando o fazem, é por ignorância. No Tocantins, conheci crianças cegas bem pobrinhas, cujas famílias as privavam quase inteiramente de qualquer convívio social: não as levavam às reuniões familiares, à igreja, tampouco a parques de diversões. Como consequência, essas crianças eram muito introspectivas, com pouco desenvolvimento dos sentidos e baixo rendimento escolar – quando iam à escola. Não sei o que aconteceu com elas, mas provavelmente se tornaram adultos com desemvolvimento humano bem abaixo de seu potencial. Minha experiência é mais parecida com a do Miguel. Tive a sorte de nascer “na família certa”, que superou muito bem o inevitável choque de saber que tinha um filho cego de nascença, no seu sexto mês de vida. Além das vãs e caras tentativas de reverter o irreversível, aquele casal de bancários de um rincão do Mato Grosso chamado de Vale dos Esquecidos teve a preocupação de jamais me privar de uma infância feliz. Tanto que fui imperador da bandeira do Divino Espírito Santo em festejos, cavalheiro nuns bons casamentos, tive barulhentos brinquedos, subi em árvore, tomei banho de cachoeira, e até arranjei um amigo que vendia picolé na cidade, com quem travei sociedade e fugi de casa por um dia – o que me rendeu merecidas palmadas. Quando cheguei à idade de entrar na escola, meus pais se mudaram para a capital e pude aprender a ler e escrever -- as duas habilidades que mais me enriquecem na vida. A amorosa saudação de Eduardo e Renata ao seu filho Miguel leva a crer que ele será uma criança feliz. Sua deficiência – mais uma “entre outras características que o fazem muito especial” --, certamente merecerá cuidados, mas não o impedirá de realizar plenamente suas potencialidades. Por uma atroz fatalidade, Miguel não terá seu pai por perto. Mas para ele, Eduardo Campos deixou um inestimável, fundamental e indelével legado – o legado do amor.

Voto útil pode atrapalhar Gomide

[caption id="attachment_10153" align="alignleft" width="640"]Depois de problemas com a candidatura, o ex-prefeito Antônio Gomide pode enfrentar voto útil Foto: Fernando Leite/Jornal Depois de problemas com a candidatura, o ex-prefeito Antônio Gomide pode enfrentar voto útil
Foto: Fernando Leite/Jornal[/caption] O ex-prefeito do município e atual candidato ao governo, Antônio Gomide (PT), tem baixos índices de intenção de voto no Estado. Nos bastidores, corre a informação que o PSDB utilizaria os dados para fortalecer a campanha do candidato à reeleição pela sigla, Marconi Perillo (PSDB). Assim, os eleitores de Anápolis, onde Gomide tem melhores resultados, escolheriam o tucano para desempatar a disputa com o também candidato Iris Rezende, do PMDB. Presidente do PT, Ceser Donisete afirma que é uma torcida da oposição e até muito prematura, uma vez que os eleitores ainda nem decidiram em quem votar, quanto mais votar estrategicamente. A premissa, segundo ele, é para o fim de setembro, mês próximo às eleições, e que até lá, a vítima do voto útil pode ser outra candidato. A validação do voto útil seria pelo histórico manchado do PMDB no município e, por isso, Marconi seria uma melhor opção. O presidente tucano no município, Valto Elias, esclarece os burburinhos: “Não é nosso propósito. Até porque nós primamos uma posição política de consolidação democrática”. Ainda que a polarização entre os dois candidatos esteja acontecendo “naturalmente”, como diz Elias, a proposta peessedebista é outra. “Continuaremos trilhando nosso caminho e investiremos sobre o patamar avançado. As políticas propostas não são imediatistas e sim de consolidação do momento atual de dinamicidade social e econômica.” No PT, a proposta não é tão diferente: “Faremos uma campanha de rua, como sempre fizemos”, diz Ceser Doniseti. Ir com os anapolinos é a proposta de campanha do PT, declara o também coordenador da campanha de Gomide. Mesmo que nada tão grandioso, como os outros candidatos estão fazendo, uma estrutura mínima é necessária. Por isso, os preparativos já são os últimos para inauguração do comitê da sigla, nesta semana. O histórico de Gomide é consistente no município, mas mesmo assim o partido vai trabalhar muito para fortalecê-lo. De mãos dadas à juventude, em universidades, colégios, a campanha se fortifica com candidatos a deputado estadual e federal. As candidatas à Assem­bleia Legislativa, Dinamélia Rabelo e Letícia Silva, e o candidato à Câmara Federal, Rubens Otoni, são exemplos. O “porém” vem com a afirmação de Donisete de que o PT não tem curral eleitoral. “Eles são companheiros, apoiadores e parceiros da campanha, apenas isso.” O debate sobre “parcerias” foi intenso durante a semana, pois a sigla decidiu expulsar os prefeitos petistas que declararam apoiar Marconi Perillo. Gomide é exemplo de prefeito que foi com o pires pedir ajuda ao governo estadual de sigla diferente. E realizou muito com apoios. E, caso eleito, sinaliza Donisete, ele apoiará os prefeitos de outros partidos. O problema, explicou, é que não se trata de Estado, União e município se juntarem para o bem da sociedade, com trabalho conjunto. “Se não fosse o governo federal, Marconi não estaria fazendo nada.” A expulsão foi pelo apoio à campanha adversária. Quando se filia ao partido é assinado um termo de concordância com o programa do partido. Se fizeram isso, os prefeitos estariam discordando deles mesmos diz Donisete. Por isso, categórico afirma: “A pessoa teria que ter a hombridade, a decência e a ética em sair antes. A filiação é um ato voluntário. Antidemocrática é a ação deles”.

Crianças sem hepatite A

O Ministério da Saúde determinou a inclusão, a partir deste mês, da vacina contra hepatite A no calendário nacional de vacinação do Sistema Único de Saúde.  Seguindo a orientação, a Prefeitura de Anápolis já iniciou o trabalho de imunização. A Secretaria Municipal de Saúde realizou um curso de capacitação de enfermeiros e técnicos de enfermagem, com objetivo de atualizá-los sobre a dose da vacina de hepatite A e sobre a segunda fase da campanha contra o HPV, prevista para setembro. As unidades básicas de saúde e os Cais do Jardim Progresso e Abadia Lopes da Fonseca já têm as vacinas disponíveis. O público-alvo são crianças de 1 ano até um 1 ano e 11 meses, por serem as mais atingidas pela doença. Segundo o Ministério da Saúde, a meta é imunizar 95% desse público em um ano e controlar gradativamente a doença no país.

Iris Rezende enfatiza energia e saúde

[caption id="attachment_2841" align="alignleft" width="620"]Foto: Fernando Leite Iris propõe gestão estadual de Anápolis Foto: Fernando Leite[/caption] O candidato do PMDB ao governo estadual, Iris Rezende, esteve na cidade participando de inaugurações de comitês. O maior objetivo do líder é superar as dificuldades históricas que seu partido tem com o eleitor anapolino. Por isso mesmo, Iris Rezende quer uma aproximação não só do PMDB com o município e sim da própria gestão com a “cidade de­senvolvimentista, que mais merece atenção”, como disse Iris em sua campanha pelas ruas anapolinas, há poucos dias. A gestão não será apenas “para Anápolis”, mas para as demais cidades do Estado, numa gestão ”de Anápolis”. A proposta do peemedebista é tornar a cidade polo industrial também em um polo político-administrativo de decisões a cada três meses: “Vou administrar junto com os anapolinos”, garantiu. O lançamento das candidaturas de Lucas Vergílio (SD) à Câmara Federal e de Carlos Antônio (SD) à Assembleia Legislativa foi marcado pelo discurso da história do município e de sua importância em âmbito estadual, uma vez que se celebrava os 107 anos do antigo povoado de Santana das Antas. “Essa cidade tem a marca do progresso. O povo de Anápolis é um povo de luta, de garra. Um povo que sempre lutou e colaborou significativamente com o crescimento de Goiás”, disse Iris em seu discurso. De­senvolvimento industrial e investimento para que se expanda os polos na cidade faz parte da campanha, enquanto continuação e investimento para o crescimento. A Celg também foi objeto de consideração. Iris falou em recuperação e regularização, para que se distribua a energia elétrica, fortalecendo as indústrias. O coordenador da campanha peemedebista, Barbosa Neto, sustenta o argumento da queda de energia, constante em Anápolis, o que prejudica o avanço, sem contar os “gatos” com geradores. No município, o comitê do vereador Eli Rosa, candidato a deputado estadual, somou pontos à sigla com sua inauguração. Iris participou do evento. Ele falou ainda sobre a saúde: “Sa­bemos da dificuldade que os profissionais da saúde ainda encontram em Goiás. Faremos com que todos os profissionais tenham motivação para o trabalho”.

Espaço de desenvolvimento

A obra do centro de con­venções de Anápolis está prevista para ser entregue em dezembro des­te ano. O projeto foi elaborado pelo arquiteto Manoel Balbino e atende as solicitações do governador Marconi Perillo (PSDB). Lobby, salas e pavilhões de exposições, restaurante, auditórios e teatro totalizam mais de 32 mil m² de área construída. A obra é construída em consórcio das empresas Artec, Serrana e CCB, e segundo a engenheira Waléria Câmara, que acompanha os serviços pela Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), o complexo será “o maior e melhor do Centro-Oeste”. O prédio tem mui­to vidro, de forma a aproveitar a iluminação natural. O piso, com exceção do teatro e pavilhões, foi feito com granito produzido em Goiás. “Nós demos a oportunidade para as empresas goianas participarem”, a­firma Waléria. Em local es­tra­té­gico, o centro integra um com­plexo logístico e de infraestrutura e propõe promover a geração de empregos e distribuição de renda, além do desenvolvimento socioeconômico.

Leitores falam sobre os assassinatos de mulheres em Goiânia e o suposto serial killer

[caption id="attachment_12154" align="alignleft" width="270"]Assassinato de jovens assusta a população de Goiânia e leitores comentam Assassinato de jovens assusta a população de Goiânia e leitores comentam[/caption]

Pontos em aberto sobre a violência contra as mulheres

Allan Barreto Motocicletas pretas e homens com a compleição física do suposto matador existem aos milhares na Grande Goiânia. Então, dificulta, e muito, a identificação. Fica, novamente, a pergunta: todos os assassinatos foram praticados com a mesma arma? A imprensa caminha sem rumo, ignora as lacunas nas informações da polícia e, também, que existe o Instituto de Cri­mi­na­lís­tica, vizinho da Delegacia de Ho­mi­cí­dios, onde são feitos os laudos ca­da­véricos das vítimas e os exames de balística, imprescindíveis na definição da autoria dos crimes. Por que ninguém ainda não foi lá perguntar sobre as conclusões dos peritos? Há outro ponto em aberto. Se dividirmos a cidade ao meio, tendo como linha referencial a Goiás e a Rua 84/90, os assassinatos ocorreram só na porção oeste, assim como há a ausência de loiras entre as supostas vítimas. Qual seria a lógica? É preciso e é salutar diferenciar a violência comum das dos crimes contra a vida. É quase impossível, numa sociedade como a nossa, impedir que uma pessoa se arme e atente contra a vida de outra. Nos crimes contra o patrimônio, a polícia só enxuga gelo, pois as penas mínimas são mínimas mesmo e a legislação penal oferece uma infinidade de recursos para possibilitar, ao bando, responder a pena em liberdade. É o já conhecido “prende e solta”. Também, há mais de 20 mil mandados de prisão a serem cumpridos em Goiás. Contudo, não há vagas disponíveis nos presídios e cadeias públicas. Os juízes das Varas dos Crimes Contra a Vida, da comarca de Goiânia, já expediram oito mandados de prisão preventiva de supostos matadores de mulheres na cidade, o que afastaria, em tese, a existência de um único serial killer. Allan Barreto é jornalista.  

“Goiânia é muito violenta desde os anos 80”

Marcus Maggioli Agora está caindo a ficha do pessoal de que Goiânia é perigosa. Não é exatamente de hoje isso. Essa cidade já era o caos na década de 90. Ti­nha favela “megatensa” (Vietnã), gru­po de extermínio (“moto do a­lém”, Setor Jaó), houve confrontos (Par­que Oeste, a questão das vans), bri­gas de gangue realmente tenebrosas (basta dizer que a Inferno Verde ti­nha sede ao lado da Praça Cí­vi­ca), arrastões. Não estou falando que ho­je é pior ou melhor: estou dizendo que violência não surge do dia pra noi­te e que ao menos desde a década de 80 Goiânia é uma cidade muito violenta. Marcus Maggioli é publicitário.  

“Um sujeito assim pode ser ressocializado?”

Miguel Silva Em relação à matéria “Polícia Civil e SSP querem encerrar polêmica do suposto serial killer que atua em Goiânia” (Jornal Opção Online), para criminosos como esse degenerado, só há duas formas de punição aceitáveis: prisão perpétua ou pena de morte. Ficar encarcerado até o último suspiro (como está o psicopata Charles Manson na Califórnia, há mais de 40 anos) ou injeção de dose letal de cloreto de potássio na veia. Não há meio termo. Ou alguém acredita que um tipo como esse pode ser “ressocializado”? Acreditar nisso é o mesmo que acreditar em Papai Noel. E-mail: [email protected]  

“O criminoso gosta da notoriedade do caso”

Marco Almeida Não há nada que afirme não ser um psicopata. As características das vítimas demonstram isso. Se formos traçar um perfil desse indivíduo, provavelmente alguém com a idade entre 20 e 40 anos, ele tem um trabalho que lhe permite circular pela cidade, gosta da notoriedade que o caso está tendo e, garanto, não vai parar. Ele está se deliciando com essas mortes. Creio que, na mente dele, já está “matando” outra pessoa com as mesmas características. Ele tem acesso a todas as notícias relacionadas aos crimes e conhece como a polícia age. E-mail: [email protected]  

“Autoridades alienadas à realidade do povo”

Talmon Pinheiro Lima Sobre o tema da violência causou-me espanto as declarações do Secretário de Segurança [Joaquim Mesquita] asseverando se sentir seguro em Goiânia, onde circula sem seguranças, a pé e de madrugada, retornando de danceterias do Setor Bueno. Essas declarações (infelizes, a meu ver) adicionaram o tragicômico a esse drama, embora comprovem que nossas autoridades vivem alienadas à realidade do povo.  

“Estamos todos com medo. Não aguentamos mais”

Fernando Freitas Acabo de ler a reportagem “Em discurso duro, Marconi diz que oposição torce por ‘mais homicídios’ em Goiás” (Jornal Opção Online). Essa conversa é para transferir a responsabilidade dos altos índices de violência para a oposição? Ninguém torce contra, muito pelo contrário: se nos últimos três anos tivessem trabalhado e investido em segurança não estaríamos nesta situação. Queremos segurança! Queremos que nossas famílias transitem pela cidade sem a “escolta” do marido e pai, pois acreditam que assim estarão mais seguros, mas não estão. Estamos todos com medo. Não aguentamos mais, pois, acreditem, deixamos de fazer muitas coisas em função da insegurança que vivemos e não falo apenas por minha família. E-mail: [email protected]  

“Não se tapa o sol com uma peneira”

Carlos Spindula Sem palavras que expressem meu horror e minha indignação com o que está acontecendo, com a impunidade total e a absoluta insegurança que estamos vivendo. Que­ro fugir desta cidade com minha fa­mí­lia, ou melhor, deste País. Se isso que a polícia quer mostrar que são casos distintos, se isso for verdade geraria ainda mais pânico, pois se­riam não uma, mas sim várias dessas bestas-feras soltas na cidade. Não se tapa o sol com uma peneira! E-mail: [email protected]  

“Repórter expõe a situação de forma lúcida”

Adriano Ramos Enquanto na reportagem “Atuação de serial killer em Goiânia não é descartada e delegados do interior vão ajudar em investigações” (Jornal Opção Online) Marcello Dantas expõe de forma lúcida e clara a situação dentro de um panorama de aumento da violência geral em Goiânia, em outro jornal a manchete expõe a 12ª vítima do suposto serial killer da moto preta. Esses dias, no almoço, eu que ainda não tinha visto a cobertura do outro jornal fiquei sabendo da “37ª vítima”. Vim procurar aqui outras notícias a respeito. E-mail: [email protected]  

“Goiás terá de optar entre irrigar ou produzir energia”

[caption id="attachment_12157" align="alignleft" width="263"]Usina hidrelétricas: conflito irrigação versus hidroeletricidade Usina hidrelétricas: conflito irrigação versus hidroeletricidade[/caption] Ivan Bispo Li a reportagem “Celg é essencial, mas há outros meios para solucionar o problema da energia” (Jornal Opção 2039), de Marcos Nunes Carreiro e tenho algumas observações sobre o tema. O potencial de geração de energia a partir de hidrelétrica no Estado de Goiás, hoje, é pequeno. A vocação de Goiás é agropecuária. A geração de energia hidrelétrica já começa a mostrar os conflitos que vivenciaremos, como o da irrigação versus hidroeletricidade em Cristalina. Gerar 52,5 megawatts impede a irrigação de milhares de hectares, algo acima de 80 mil. Na “Revista Geociências”, número 33-2, foi publicado um trabalho de conclusão de um curso de especialização que fala do conflito irrigação versus hidroeletricidade: Goiás terá de fazer a opção, se quer gerar energia por via de hidrelétrica ou produzir alimentos via irrigação. O problema de falta de energia em Goiás é que não existem li­nhas de transmissão. O Estado ex­porta mais de dois terços da energia produzida e não conta com linhas para distribuição interna. Falar em PCHs [pequenas centrais hidrelétricas] como solução para a falta de energia elétrica é sofismar. Será que nos nossos rios poluídos, como o Meia Ponte e o São Bar­tolomeu, seja possível construir PCHs para gerar energia limpa? Não. O conflito en­tre o saneamento e a geração energia vai potencializar a poluição dos rios. Em Goiás temos um potencial e­norme para geração de energia de biomassa. Muito se fala no bagaço da cana. Mas, e o eucalipto? Temos con­dições de gerar quantidade grande? Sim! Falar em construir PCHs em Goiás é só para provocar impactos ambientais, porque a quantidade energia gerada será ínfima diante do potencial da biomassa. Ivan Bispo é ambientalista. E-mail: [email protected]  

“Vontade imediata de assistir ao filme”

Edmar Carneiro Adorei o texto “A prisão perpétua de quem vive com medo de amar” (Jornal Opção 2039, caderno Opção Cultural), de Rafael Teodoro. Fiquei com vontade imediata de assistir ao filme [“O Segredo dos Seus Olhos”]. Parabéns. E-mail: [email protected]  

“Gravíssimo a PM não saber que maconha não causa overdose”

Marcus Fidelis Parabéns pela matéria “O dia em que a PM goiana deu diploma de médico ao pirata Jack Sparrow” (Jornal Opção 2039, coluna “Imprensa”), mas ela contém um erro: a reportagem falsa não foi reproduzida [pelo Proerd] em 29 de julho. Ela estava lá desde janeiro. Já tinha tido 4,8 mil compartilhamentosno Facebook e 515 no Twitter até então. Ainda dá para ver no “cache” do Google. Quem dá aulas sobre drogas não saber que maconha não causa overdose, é gravíssimo. Existe uma única possibilidade de acontecer morte por trauma com maconha, como contou o dr. Antônio Nery Filho em palestra no Ministério Público (MP-GO) em 2011: desabar a carga de um caminhão carregado de maconha sobre o coitado. E-mail: [email protected]   [caption id="attachment_12160" align="alignleft" width="140"]Renato Meirelles Renato Meirelles[/caption]

“Entrevista para entender o porquê de tantas mudanças”

Fabiana Pereira Adorei a entrevista com Renato Meirelles (Jornal Opção 2025), intitulada “A nova geração é muito crítica e não vai mais suportar as mentiras dos políticos”. Muito bem escrita e que me faz entende o porquê de tantas mudanças acontecendo neste novo Brasil e de todas as mudanças que ainda estão por vir. E-mail: [email protected]  

“Ótica caolha de peemedebistas”

Arthur de Lucca Parabéns a Patrícia Moraes Machado pelas perguntas firmes na entrevista de Barbosa Neto (Jornal Opção 2039). Aliás, esse político, que não difere nada dos outros, mandou na entrevista uma teoria que é “só dele” quando afirmou: “Os 16 anos do governo atual ge­raram cansaço na população.” O outro “oportunista”, Sandro Sco­dro [deputado Sandro Mabel, do PMDB], insistiu também em uma semelhante “fadiga de material”. O interessante é que a população, segundo a ótica caolha de ambos, não se cansou ainda dos mais de 50 anos “politicando” do vetusto dr. Iris Rezende. Esque­ceram-se de que o maior hospital de Goiânia ficou fechado por sete anos na administração peemedebista. Esqueceram-se dos escândalos BEG/Astrográfica, Caixego e todos aqueles milhares surgidos e não apurados, ou melhor, não dados em nada — se dessem, a Papuda estaria mais populosa. O risível é que Mabel, na entrevista dele, falou em “oitava maravilha” o plano elaborado por Barbosinha — não o radialista, mas esse que está aí querendo ressurgir das cinzas — e, quando perguntado de apenas um item, não soube explicar, não soube exemplificar. Acho que faltou “adestramento”. Arthur de Lucca é representante comercial. E-mail: [email protected]  

“Há pessoas que já nasceram ruins”

Moacir Romeiro Em referência ao artigo “Aécio desperdiça apelo popular da redução da maioridade penal” (Jornal Opção 2039), de José Maria e Silva, quero dizer que sou a favor da redução da maioridade penal. As pessoas que defendem o tal ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente] não entendem, para não falar outra coisa, é que ele fomenta, faz com que os ditos menores sintam-se protegidos em suas práticas criminosas. As pessoas que cometem crimes como o ocorrido em Goiânia, num ponto de ônibus e contra uma moça linda, já nasceram ruins e como tais não devem ser premiadas com políticas de reintegração social, mas, sim, pagar, se não com a morte, pelo menos com prisão perpétua. Aproveito-me do ensejo para dizer, embora a questão não se relacione propriamente à matéria acima, que agora entendo porque o congresso nunca votou um projeto que questione o infeliz horário de verão. E-mail: [email protected]  

“Eduardo Siqueira está com vergonha de aparecer”

José Roberto Esse medo de perder o governo do Tocantins, como se conclui do texto “Eduardo quer virar governador sem ter o voto do povo” (Jornal Opção 2039), como já perderam para Marcelo Miranda (PMDB), deixa Eduar­do Siqueira (PSDB) encurralado e com vergonha de aparecer para o povo como deputado estadual. Isso se for eleito, pois nem mesmo na festa “encalorada” de inauguração do comitê ele apareceu, é mistério ou medo. Registro também meus parabéns à senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que, na entrevista da mesma edição, intitulada “Estamos vivendo um governo de mentira, uma farsa administrativa”, mostra o caminho para o progresso e o recomeço de nosso caçula Tocantins. E-mail: [email protected]

O perigo do golpe e as armações do capeta

Pedro Sérgio Dos Santos Muitos da chamada esquerda festiva criticam duramente o regime militar e seu “modus operandi”, sem, contudo, olhar para o que ocorre por baixo dos panos das instituições nacionais, aquelas que deveriam se dar ao respeito, em plena época de supostas liberdades democráticas. Li, com espanto, matéria publicada na segunda-feira, 28, no Jornal Opção Online, que o chefe do Ministério Público Federal, Rodrigo Janot, procurador-geral da República, “enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer a favor da criminalização da homofobia. Janot sugere ao Supremo que a punição por atos contra homossexuais seja aplicada pela Justiça nos termos da Lei 7.716/1989 (Lei de Racismo), que estabelece o tempo de prisão para crimes resultantes de preconceito de raça, etnia e religião. Segun­do Janot, a homofobia deve ser tratada como crime de racismo até que o Congresso Nacional aprove uma lei específica para disciplinar as punições.” [caption id="attachment_11696" align="alignleft" width="1370"]cartas.qxd Procurador-geral da República, Rodrigo Janot: sugestão desastrada de quem deveria cuidar da constitucionalidade | Fellipe Sampaio/SCO/ST[/caption] Tamanho foi o meu espanto que recorri a outras fontes de in­formação e o mesmo fato foi informado em veículos de comunicação também de grande seriedade de credibilidade. Não tive dúvidas: estou em pleno ano de 2014 revivendo os horrores jurídicos do fascismo, do nazismo e das ditaduras. Ao leigo é preciso esclarecer que no terreno do Direito Penal não se pode lançar mão de uma lei para a punição de alguém em substituição de outra ainda não existente. Ou seja, vale o Princípio da Reserva Legal (da anterioridade da lei), já preconizado na Declaração de Direitos da França de 1789 e assegurado no artigo 5º da Constituição Brasileira de 1988: “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.” Assim, para que uma pessoa seja punida é necessário que antes de seu ato o Congresso já tenha aprovado uma lei que descreva a conduta como crime e que para esta conduta seja indicada, no mesmo texto, uma pena. Outro fator importante a ser considerado é que somente o Congresso pode editar leis penais, exatamente para garantir a segurança jurídica do País. Delegar a outra instituição o poder de estabelecer um instrumento punitivo a alguém que não passe necessariamente por uma lei federal — aprovada pelas duas Casas do Congresso, sancionada pela Presidência e publicada no Diário Oficial da União — é um atentado contra o Estado, um grave atentado contra o cidadão e suas garantias fundamentais. Qualquer aluno de Direito, ao engatinhar pelas lições preliminares do estudo sobre o crime, sabe que a lei penal deve ser escrita, estrita e certa. Dessa maneira, não se pode também, por analogia ou comparação, buscar outra norma penal para a punição de alguém que o Estado até então não quis punir, porque se assim o quisesse já teria confeccionado a norma na Casa legislativa competente. Não se pode violar o princípio da reserva legal, não se pode punir por analogia ou comparação e não se pode querer agradar grupos sociais com a violação da segurança institucional e jurídica do País. Mais estranho a mim é que tal iniciativa tenha partido daquele que deveria ser o guardião da Constituição, o Fiscal da lei por excelência. Se o Congresso é lento, não o é apenas em relação aos homossexuais, mas também para quem precisa de saúde, escola, moradia e outras necessidades básicas. Nem por isso, as regras do Estado democrático devem ser rasgadas. Não se justifica com a morosidade do Congresso a transferência do poder de legislar. A Lei Federal 7.716/89 trata exclusivamente de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Nada trata sobre questões de gênero ou orientação sexual. Assim, querer aplicar uma lei prevista para um delito a outra situação, totalmente diversa, é se utilizar de práticas piores que as do Decreto-Lei nº 898, de 29 de setembro de 1969, que punia os crimes contra a Segurança Nacional e a ordem política e social. Nelson Hungria ousou, sabiamente, afirmar que um dos indicadores da democracia está na observância rigorosa do princípio da reserva legal. Com igual sabedoria, afirmou o jurista Paulo Sá Elias, em seu texto “A questão da reserva legal no Direito Penal”, citando Monteiro de Barros: “Alguns países, amparados por regimes autoritários, despreocupados com a garantia da liberdade individual, reagiram ao princípio da reserva legal. Isso ocorreu na doutrina dos comunistas russos e no nacional-socialismo alemão. Efetiva­mente, o Código so­viético de 1926 admitia a aplicação da lei penal por analogia. Es­sa situação perdurou até a reforma legislativa de 25 de dezembro de 1958, que trouxe de volta o princípio da legalidade. Já a doutrina do nacional-socialismo alemão, sob a liderança de Hitler, também admitia o emprego analógico da lei penal. E ainda consi­de­rava delito a conduta que contrariava a sã consciência do povo. Por­tan­to, além da analogia, permitia-se o arbítrio judicial como fon­te criadora de infrações pe­nais. O Código Penal alemão atual adota o princípio da legalidade.” Recentemente a nação viu o STF mudar drasticamente os rumos do caso do mensalão, em oposição ferrenha as decisões do ministro Joaquim Barbosa. Portanto, do STF se pode esperar qualquer coisa. Assim, é ainda importante alertar ao leitor que caso essa desastrada sugestão do sr. Rodrigo Janot seja acatada pela Corte, isso gerará precedência para coisas semelhantes. Ou piores. Por exemplo: já que é possível, pela proposta de Rodrigo Janot, utilizar-se de uma lei sobre um tema diverso para punir uma pessoa por conduta não prevista em uma lei, amanhã, a pretexto qualquer daquele que estiver no poder, poderá um cidadão ser acusado, processado e condenado por criticar o governo mesmo que não exista uma lei específica para tal conduta — a jurisprudência já estará criada pelo STF. Isso é criação da verdadeira máquina de triturar direitos e garantias individuais, ou no mínimo a incorporação do processo de Kafka ao nosso Direito processual penal. Temos no golpe de Estado aquela ação configurada pela tomada do poder, por um grupo ou facção ideológica, sem passar pela via das instituições legais e pela consulta popular. De outro lado, pequenos golpes vão sendo tramados e aplicados dia a dia nas instituições públicas, por diversos agentes, motivados também por diversos interesses. Esses golpes, contudo, como são aplicados “no varejo”, como o co­nhecido e velho golpe de Es­ta­do acima mencionado, não são perceptíveis nem de imediato compreendidos. Não se veem em curto prazo seus danos ao organismo social e ao próprio Estado, mas se repetem dia a dia, como pequenos golpes “no” Estado, o que certamente fragiliza sua estrutura normativa e a segurança jurídica. Com o princípio da reserva legal jogado no lixo tendo como agente principal o chefe maior do Ministério Publico, há de se indagar, na ocorrência de possíveis casos ainda piores: a quem a sociedade poderá recorrer? A reclamação agora chegará ao Bispo, como no dizer popular? Ou retomaremos a barbárie com paus e pedras, numa guerra de interesses grupais? Pode parecer que esteja sendo extremista, porém posso assegurar que mesmo não sendo um constitucionalista, vejo com severa preocupação uma atitude como esta do chefe do Minis­té­rio Publico Federal, que desconhece a luta de um povo, o sangue já derramado, para fazer valer letra por letra do grande contrato social que é a Cons­tituição. Achava eu, na minha ingenuidade, que populismo e golpes contra as instituições — como o que ocorreu recentemente pelo Decreto 8.243 da Presidência da República, em 23/5/14 —, eram atitudes esperadas e previsíveis somente em relação àqueles políticos já moldurados pela demagogia e pelas velhas práticas de seus partidos. Ledo engano de minha parte. Fico aqui com a sabedoria repetida pelo velho amigo e grande constitucionalista Joveni Cândido de Oliveira, a quem rendo homenagens: “O diabo é sabido não porque ele é o diabo, mas sim porque ele é velho.” Pedro Sergio dos Santos é advogado criminalista, professor da UFG, mestre em Criminologia e doutor em Direito Processual Penal pela UFPE  

“É preciso urgência para mudar a Justiça brasileira”

Armando Feitosa Parabéns pela entrevista “De­le­gado sugere que serial killer pode ter matado quatro mulheres em Goiânia” (Jornal Opção Online), de Thiago Burigato. O tema é complexo, mas o delegado Waldir Soares tem razão em muitos pontos. A impunidade é gritante no Brasil. Progressão de regime com um sexto da pena é realmente um absurdo, beira à debilidade. A falta de estrutura do sistema de segurança quanto ao processo de prevenção, elucidação dos crimes (inteligência) e repressão (sistema prisional) é um problema que revela não a falta de dinheiro, mas, sim, a falta de vontade política do Poder Executivo. Vimos na Copa que, quando se tem vontade política e se prioriza determinando ponto, os resultados acontecem. A deficiência de vagas no sistema carcerário é muito grande no Brasil. Tenho a mesma opinião que o delegado em relação ao “garantismo” da nossa Constituição. Entendo também que é hipocrisia essa história de que o instituto da pena não pode ser com o intuito de castigo — punir e segregar aqueles indivíduos que não possuem condições de viver em sociedade. Ora, o sujeito é autor de crime hediondo e reincidente (pena dura, bem pesada para passar a vida inteira na cadeia), preso tem que trabalhar e estudar. Parte do tempo de seu trabalho deveria ser dedicada a ressarcir os danos à vítima e outra parte, a ressarcir o Estado. Segregar os irrecuperáveis daqueles que são recuperáveis. [caption id="attachment_11698" align="alignleft" width="700"]Crimes dolosos contra a vida continuam sendo cometidos sem maior punição, desabafa leitor em carta Crimes dolosos contra a vida continuam sendo cometidos sem maior punição, desabafa leitor em carta[/caption] Temos de parar de hipocrisia e mudar a Constituição. Muitos avanços em relação à diminuição da impunidade, especialmente as ligadas à morosidade processual e à morosidade judiciária, param no “garantismo” da nossa Carta Maior: “in dubio, pro reu”, presunção de inocência etc. Estes princípios têm de ser mitigados quando o réu é reincidente. São aceitáveis em caso de réu primário, desde que não represente perigo à sociedade. Caso contrário, que fique preso até o processo ser julgado. É preciso criar uma Justiça especializada criminal semelhante ao que ocorre com a Justiça do Trabalho, um processo mais simples e célere, com menos recursos entre a denúncia, a ação e a sentença, em prazo máximo de 180 dias. Em qualquer situação, se o réu foi condenado à pena de reclusão, sai preso do julgamento e aguarda os recursos preso. Os crimes dolosos contra a vida devem ser julgados por um juiz singular — tribunal do júri é um sistema ultrapassado, tem muito teatro e pouca efetividade. Noventa por cento dos crimes não são esclarecidos. Dos 10% que chegam a ter denúncia, 80% esbarram em nossa falta de estrutura para montar um inquérito com provas robustas. Além disso, o tribunal do júri é uma terra sem lei e sem critério. Muitos crimes ficam impunes neste caminho. Por fim, quero dizer que temos um sistema falho em todos os sentidos, um quadro estatístico totalmente desfavorável, mas, em contrapartida, um número muito grande de políticos, estudiosos e intelectuais de olhos vendados e totalmente apegados a valores constitucionais ultrapassados, que não servem à realidade atual do Brasil. São valores carregados pelas mazelas da ditadura, em que vários cidadãos de bem foram mortos nos porões; entretanto, nossa realidade não mudou, porque também vários cidadãos de bem continuam sendo mortos, os infratores continuam impunes. A diferença é que em número assustadoramente maior e à luz do dia, nas ruas, nos comércios, nas casas. E-mail: [email protected]  

“Somos reféns da criminalidade”

Nayara Queiroz Sou amiga de Juliana Neubia Dias [morta em semáforo na Avenida D], vítima de crueldade. Afirmo que ela nunca teve envolvimento com drogas. Ela apenas saiu pra jantar com o namorado e uma amiga. A polícia tem a conclusão medíocre de dizer que a morte dela foi por acerto de contas. A verdade é que inocentes estão pagando pela falta de segurança e, principalmente, pela impunidade. Pessoas inocentes estão morrendo por causa do alto índice de criminalidade. O que aconteceu com Juliana — e muitas outras — foi mais um crime a sangue frio. A Delegacia de Investigações e Homicídio (DIH) quer generalizar todos os casos, alegando envolvimento com drogas, para poupar trabalho. É muito bandido e poucos policiais desempenhando seu trabalho. A culpa então é do cidadão, que sai de sua casa buscando entretenimento, com a família ou amigos? Homicídios vêm acontecendo cada vez mais, pela falta de lei, pela impunidade e pelo descaso com a população. Esse caso está sendo investigado errado, e cabe à polícia arregaçar as mangas, sair da zona de conforto e investigar certo, e à Justiça fazer valer a lei para esses criminosos. Mas nunca tentar calar o povo, com conclusões medíocres. O cidadão de bem está morrendo e a polícia alegando envolvimento com drogas em todos os casos. Claro é mais fácil assim. Enquanto isso, somos reféns da criminalidade. E-mail: [email protected]  

“O que não se gasta com educação terá de ser gasto com segurança”

Antonio Alves O crescente aumento da criminalidade, nos últimos cinco anos, é uma ironia que cobra dos governos o investimento dos 18% de arrecadação de impostos da união e os 25% dos Estados e municípios. O Brasil condicionou a sociedade de maneira a necessitar desses investimentos. Há passos dados que não permitem voltar atrás e muito provavelmente o que não se gasta com educação terá de se gastar com segurança e combate às drogas. Isso já é uma realidade incontestável. Uma coisa é certa: um país sem educação é um país sem futuro. E as mudanças não passam apenas por investimento: hoje é necessário fazer o caminho de volta. Para fazer o caminho de volta é preciso repensar temas polêmicos como direitos humanos e maioridade penal, bem como a questão do trabalho do jovem adolescente. E-mail: [email protected]

107 anos com saúde, civilidade e balões

[caption id="attachment_11673" align="alignleft" width="620"]A prefeitura de Anápolis realizou a 1° Copa de Balonismo, atraindo anapolinos para a Avenida Brasil, de onde os balões partiram A prefeitura de Anápolis realizou a 1° Copa de Balonismo, atraindo anapolinos para a Avenida Brasil, de onde os balões partiram | Foto: Yago Rodrigues[/caption] Julho foi marcado pelas festividades em comemoração ao aniversário da cidade, cuja história remonta a 1870, com a construção da Capela de Santana. Ali se inicia a história do arraial ou povoado de Santana das Antas. A expedição de certidões de nascimento, casamento e óbito foi possível um ano depois com sua inauguração, pois a igreja tinha funções públicas. Foi construído um cartório e um padre colado se estabeleceu, em 1873, elevando o povoado ao status de freguesia de Santana das Antas. A capela cresceu para paróquia e o núcleo urbano foi se consolidando. Já em 1887, com uma lei provincial, houve a criação da Vila de Santana das Antas, se emancipando politicamente. A primeira bandeira estampava suas potencialidades comerciais: o fumo e o café. Durante a Primeira República, em 31 de julho de 1907, a vila se tornou o município de Anápolis, com o status de cidade. Quem conta é o diretor do Museu Histórico de Anápolis, Tiziano Mamede. Em 1956, o prefeito Carlos de Pina autorizou a confecção da bandeira, cuja alusão de ser uma cidade eminentemente industrial e comercial simbolizasse Anápolis. Hoje, com 107 anos, a logística soma às potencialidades de um dos maiores polos industriais nacionais. Em comemoração, balões sobrevoaram as ruas da cidade e militares caminharam em desfile cívico. Gastronomia, arte e esportes incrementaram a comemoração, com festivais, apresentações e campeonatos. Os horários das atrações se estenderam pelo mês de julho, em uma programação diversa para variados setores. A saúde e o lazer marcaram a última semana do mês. Dona Natalina Vieira viveu os 30 anos do Bairro Vila Es­perança. Lá, viu o chão de terra batida, campo de pelada para os meninos nos domingos, virar hospital. É assim que chamam a Unidade de Pronto-A­tendimento 24 horas (UPA), inaugurada na quarta-feira, 30. Também viu, meses antes, a nova Praça Central Vila Esperança acolher os meninos e sua bola. E ainda compareceria à inauguração do Parque da Cidade, também na quarta-feira. As atrações listadas são benefícios e melhorias para os anapolinos. O prédio da UPA ultrapassa as medidas preconizadas pelo Minis­tério da Saúde, de 1.300 m². Não apenas 3.300 m² construídos, e sim uma área equipada para atender cerca de 400 pessoas por dia. A unidade é localizada estrategicamente junto a outros hospitais e Cais, por toda a cidade. Sua qualidade de nível 3 significa atendimento pediátrico, ortopédico e clínico 24 horas. A obra recebeu investimento municipal e federal. Como ela, outras obras foram feitas em parcerias com o Estado, com secretarias e até investimentos internacionais. E mais um diferencial está se tornado realidade com o aeroporto de cargas. A partir deste ano, as cargas de outros países chegarão não só pelo aeroporto de Goiânia ou Brasília. A pista de 3 mil metros do aeroporto de cargas já está asfaltada e a obra deve ser entregue ainda em 2014. Os cidadãos poderão articular suas ideias e impulsionar a economia local no novo centro de convenções que contribuirá, ainda, como infraestrutura para que o corredor Brasília-Anápolis-Goiânia concorra, mais acirradamente, com o eixo Rio-São Paulo. Para isso, outras ações são necessárias. Logística no transporte, como exemplo. As obras já em andamento do anel viário, viadutos (ambas próximas ao aeroporto de cargas) e duplicação do trecho da BR-153, entre Anápolis e Aliança do Tocantins (TO). Investimentos energéticos, como a intenção da texana CCD Biofuels & Energy, LLC (EUA) em criar um parque de energia verde. E, dentre outras ações, a ampliação e criação de distritos industriais. Nesse sentido, a Se­cretaria de Indústria e Comércio já informou o adiantamento na desapropriação de 13,5 alqueires e o interesse de empresas no terreno. Assim, a expectativa é que as próximas festividades celebrem a cidade com mais avanços e que sejam, eles, não só para festim e sim para consolidação de um polo em crescimento.

Candidaturas da base aliada reforçam a campanha de Marconi à reeleição

[caption id="attachment_11668" align="alignleft" width="280"]32 e 33 - coluna anapolis_toques.qxd Baldy, o candidato tucano na cidade[/caption] Nesta semana, o PSDB inaugurará o comitê do candidato ao governo Marconi Perillo, na Praça das Mães, no Setor Central. A coordenação é do pastor Vitor Hugo de Queiroz. A inauguração faz parte da campanha da sigla em Anápolis, presidida por Valto Elias. Ele fala da ação com os partidos aliados para colocar a campanha nas ruas. “Não temos uma pesquisa, para informar cientificamente. Mas, com o cotidiano e as conversas que temos, observamos uma melhora substancial nas intenções de voto, por causa das políticas do governador Marconi na cidade”, diz Elias sobre a imagem do candidato. Ele afirma que por mais que haja uma boa avaliação da gestão de Antônio Gomide no município, também há reconhecimento das ações estaduais pela população. Essa folha de trabalho será utilizada na campanha. “Nós temos que espalhar à população que fizemos. Como exemplos, as parcerias com a Prefeitura de Aná­po­lis, o asfaltamento das ruas, investimento na saúde, pois as unidades que funcionam são as que recebem patrocínio do Estado como a Santa Casa, o Hospital Psiquiátrico, o Hospital de Ur­gências”, completa o presidente. Na sexta-feira, 1° de agosto, o comitê do candidato a deputado federal Alexandre Baldy foi inaugurado. Marconi Perillo esteve no ato. Quando perguntado sobre o forte cabo eleitoral que é o governador tucano, Elias diz que Baldy não é o único. “Todas as candidaturas da base aliada são importantes para o projeto político de Marconi em Anápolis. É claro que Baldy é o candidato federal que representa Anápolis, mas temos muitos candidatos a deputado estadual, como José de Lima e Onaide Santillo, que darão consistência à campanha.” O vereador Fernando Cunha é outro nome que contribuirá com o tucano. Segundo Elias, ele não se candidatou por não ter encontrado condições para colocar uma campanha nas ruas. O projeto à prefeitura em 2016 é assunto para o próximo ano.

Os desafios educacionais

Em 2009, a rede municipal de educação estava com déficit em salas de aulas e professores. Desde então, um trabalho sério foi ralizado. “A cidade não para de crescer. É um desafio muito grande e temos trabalhado bem e alcançado bons resultados”, diz a secretária de Educação, Virgínia Maria Pereira de Melo. “Montamos um planejamento e estamos reestruturando a rede física. São 92 unidades e outras serão construídas, além de reforma e ampliação.” A qualificação dos professores é outra ação. “Aqui o professor também é pago para fazer parte de grupos de estudo e, assim, se aperfeiçoar”, afirma Virgínia. O plano de cargos e salários foi aprovado e, assim, os professores recebem o piso. O uso de notebooks e espaços digitais foi uma conquista e continua em expansão. No cronograma constam três inaugurações de Centros Infantis.

MinC é parceiro da Prefeitura

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, inaugurou com o prefeito João Gomes, o Centro de Artes e Esportes Unificados (Ceu) na terça-feira, 29, no Jardim Alvorada. Além de promover a cidadania em locais com alta vulnerabilidade social, políticas de prevenção à violência e inclusão digital são objetivos do centro. Os 3.000 m² construídos reúnem áreas esportivas, culturais e de lazer, além do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). “O Ceu tem equipamentos necessários para oferecer às crianças e jovens da região oportunidades de crescimento pessoal e profissional”, disse Gomes. A gestão do centro é compartilhada entre a prefeitura e a comunidade. O Ministério da Cultura (MinC) garante recursos para o funcionamento do espaço, através do edital Funarte de Ocupação dos Ceus das Artes.

Esquerda e direita

Quase ninguém mais sabe onde estão  – ou melhor, onde ficam – a esquerda e a direita. Não falo da esquerda de Fidel Castro nem da direita de Benjamin Netanyahu, para citar ortodoxos exemplos. Esquerda e direita aqui têm a ver com os lados opostos das coisas – e principalmente das pessoas. Antes de aprender a ler eu já sabia onde ficavam a minha direita e a minha esquerda, de trás pra frente e de frente pra trás. Aliás, tive que tratar de aprender, porque foi esse o primeiro comando de autoridade que ouvi do meu pai na infância: “mais pra esquerda; mais pra direita”. E nenhum outro poderia ter sido mais eficaz para uma criança cega que já queria andar pelo mundo – ainda sem bengala. Com o domínio da noção de lateralidade, eu podia divisar melhor no imaginário os grandes espaços: o rio, a mata, a cidade. E podia também transpôr pequenos obstáculos (ou me desviar deles) a partir de um simples comando: “buraco à direita; lama à esquerda”. Desde que válido, o comando tem me valido ainda hoje. Minha bengala é minha guia, mas ante um orelhão, um carro na calçada ou um buraco imprevisto, o velho comando “esquerda” ou “direita” pode ser minha salvaguarda. O problema é quando o comando vem torto ou, pior, às avessas. Torto, ele vem geralmente em forma de bolero, tipo canção desesperada: “mais pra lá; mais pra cá; não, eu falei pra lá”. E nisso vou eu, errando o ritmo e arrancando os cabelos. Mas há erros com mais método. Descobri nas minhas andanças que, quando o potencial ajudante está de frente pra mim, costuma inverter a lateralidade. Assim fica fácil: se ele diz “esquerda”, quer dizer a sua, e não a minha, então pendo à direita; se ele ordena “direita”, emprego o mesmo raciocínio e faço o contrário. O problema é que, em meio a tanta confusão lateral, há quem não troque o direito pelo avesso. Nesse caso, eu é que fico sendo o torto da vez. Só não sei se entorto pra esquerda ou pra direita. Às vezes me pergunto se a confusão ideológica entre esquerda e direita não será fruto da crise de lateralidade que assola a humanidade. Sei lá. Melhor limitar minha angústia à delicada questão dos lados opostos das coisas – e principalmente das pessoas.