Bastidores
Secretários e outros auxiliares do governador Marconi Perillo têm a impressão — dizem até: “a nítida impressão” — de que a secretária da Educação, Raquel Teixeira, permanece sem qualquer entusiasmo pela implantação de organizações sociais na Educação.
O deputado federal Alexandre Baldy (PSDB) procurou o ex-deputado Armando Vergílio (Solidariedade) para conversar sobre Anápolis. Baldy quer o apoio do Solidariedade de Vergílio à sua candidatura a prefeito. O deputado estadual Carlos Antônio, do Solidariedade, seria o seu vice. A articulação ainda não deu em nada.
Deputado atento às coisas alternativas de Goiânia, Virmondes Cruvinel vai trabalhar de bicicleta
Finalidade do consórcio é possibilitar um novo modelo de gestão, dinâmico e visionário, que seja eficiente em realizar os fins sociais do poder público de maneira integrada e cooperada
Kajuru, segundo Carlos Cachoeira, “envia emissários para levantar alguns caraminguás”. O empresário vai processá-lo
Rede Sustentabilidade deve filiar quatro deputados estaduais e o senador Reguffe está na sua mira para 2018
O ex-prefeito e o pré-candidato a prefeito mantiveram uma conversa amistosa numa rádio de Anápolis
A política de Anápolis começa a se definir tendo em vista as eleições de 2016. O ex-prefeito Ernani de Paula, que esteve com um pé no PPS, optou por se filiar ao PROS de Eurípedes Júnior. O empresário tucano Ridoval Chiareloto, que não apoia a candidatura de Alexandre Baldy (PSDB) para prefeito, pode migrar (há conversações) para o PPS e pode disputar a prefeitura, com o apoio do deputado federal Marcos Abrão. O vereador Frei Valdair de Jesus, se confirmada sua filiação ao PSB, pode disputar a prefeitura — com o apoio da senadora Lúcia Vânia e do empresário Vanderlan Cardoso.

A nova comissão provisória do tucanato no município provoca uma crise entre a cúpula e setores da base. Mesmo quem não está filiado se tornou membro

[caption id="attachment_46432" align="alignleft" width="620"] Ao centro, de camisa azul, o presidente Jovair Arantes, ao lado da presidente nacional do PTB, Cristiane Brasil | Foto: Sarah Teófilo/ Jornal Opção[/caption]
Uma brincadeira do presidente do PTB em Goiás, Jovair Arantes, durante o encontro estadual da legenda na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), foi um tanto infeliz. Com a presidente nacional, deputada federal Cristiane Brasil (RJ), ao lado, o presidente falava nomes de alguns prefeitos e comentava sobre as cidades.
Ao falar de Caldas Novas, Jovair brincou dizendo que todos querem ir para o município cujo foco é o turismo. "Quem quer ir para Caldas?", perguntou, e grande parte dos políticos presentes levantaram as mãos e deram risada. "Caldas é fácil, quero ver querer ir para Cavalcante", afirmou.
A presidente riu sem graça. "A senhora iria para Cavalcante?", perguntou Jovair, ao que Cristiane respondeu afirmativamente. O deputado federal goiano, então, comentou: "Vai lá então visitar os kalungas." Dessa ninguém riu.
A comunidade quilombola Kalunga foi criada a partir da luta de africanos escravizados na região onde hoje se situam os municípios goianos de Teresina, Cavalcante e Monte Alegre. Conforme informações do governo do Estado, a área ocupada pela comunidade foi reconhecida pelo Estado de Goiás, desde 1991, como sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga.
A área é de mais de 230 mil hectares de Cerrado protegido e abriga mais de duas mil famílias, chegando a quase oito mil pessoas, segundo informações da Associação Quilombo Kalunga.
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[Rodrigo Melo, Franki Boniek, Ernani de Paula, Carlos Henrique e Jorge Matsubara: nova força]
O ex-prefeito de Anápolis Ernani de Paula vai disputar mandato de vereador pelo PROS. Tanto pode disputar mandato legislativo quanto a prefeitura do município.
Ernani e Jorge Matsubara, paulista radicado em Anápolis, fecharam com a cúpula do PROS em Goiás: Rodrigo Melo, presidente estadual; Frank Boniek, presidente municipal; e Carlos Henrique, vice-presidente.
O PROS adotou a política de se fortalecer sobretudo nas médias e grandes cidades. Ernani de Paula é um de seus trunfos.
Analistas políticos apostam que Ernani de Paula tende a ser o candidato a vereador mais bem votado de Anápolis.
Se for candidato a prefeito, pergunta um tucano, quem vai participar de sua campanha?
Tucanos dizem que, sempre que abre a boca, o delegado-deputado Waldir Soares perde um aliado. “Ele ganha um adversário quando decide falar. Se for candidato, quem vai trabalhar em sua campanha?”
O tucanato sugere que, se desagrega já no Legislativo, imagine se, algum dia, chegar ao Executivo.
Quando se refere à defesa da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula da Silva, para não citar os criadores e beneficiários do mensalão, o silêncio do PT de Goiás é espantoso. Rubens Otoni, Luis Cesar Bueno, Adriana Accorsi e Mauro Rubem, críticos de tantas coisas, não falam nada. Permanecem emudecidos. De Pinheiro Salles, aliado do senador Ronaldo Caiado — Karl Marx quase saiu do túmulo de tanta raiva da aliança pinheirista-caiadista —, nem se fala.
Os acionistas da usina de Cachoeira Dourada agradecem a Maguito Vilela, que vendeu a galinha de ovos de ouro da Celg

[caption id="attachment_46311" align="alignright" width="620"] Roberto Balestra: “Eu não veto o senador Wilder Morais no PP” | Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Roberto Balestra, deputado federal, e Wilder Morais, senador: o primeiro diz que não há crise entre os dois, mas parece que há um certo mal-estar pelo fato de o segundo chegar num dia e já assumir a presidência.
Comenta-se que o deputado federal Roberto Balestra está “chateadíssimo” com o fato de que, mal chegou ao PP, o senador Wilder Morais já vai assumir sua presidência em Goiás. Sabe-se que a ascensão do ex-integrante do DEM foi pavimentada numa reunião entre o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira, os deputados federais Sandes Júnior e Balestra, com a presença de Wilder, em Brasília. O que há de “errado”?
Na sexta-feira, 18, o Jornal Opção ouviu Balestra. “Que fique esclarecido de uma vez por todas: não estou insatisfeito com a filiação de Wilder Morais ao PP. Sou inteiramente a favor. É uma vitória do governador Marconi Perillo, pois um senador de um partido de oposição agora se tornou governista nos dois planos, o regional e o nacional. Nas últimas eleições, fui apoiado pelo pai do senador, já falecido, e por seu irmão, o prefeito de Taquaral, Willis Antônio de Morais, o Ziro. Portanto, não tenho como pensar em vetá-lo no partido.”
Se não está insatisfeito com a presença de Wilder no PP, sobretudo com o fato de que chegou agora e já está na “janelinha”, como diria Romário, por que Balestra não compareceu à sua filiação ao PP, quando a cúpula do partido deslocou-se para Goiás para prestigiá-lo? Parece inexplicável mesmo. “Eu estava noutro compromisso, em Inhumas, e avisei ao PP que não poderia ir. Mas enviei meu sobrinho, Joãozinho Balestra, como meu representante. Isto é uma prova de que não resisto à entrada do senador no partido.”
Perguntado se Wilder vai ser o presidente do PP em Goiás, Balestra respondeu: “Não sei se o senador vai assumir o comando do partido. Quem vai definir isto é o diretório nacional”. Balestra é sempre transparente, mas o repórter percebeu, aqui e ali, uma pontinha de mágoa na sua fala.
Instado a falar sobre o quadro político nacional, o experimentado Balestra, com quase 30 anos na Câmara dos Deputados, optou por falar em “on”. “O cenário é confuso tanto em termos políticos quanto econômicos. Os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior entregaram o pedido de impeachment ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Cabe a ele colocá-lo ou não para apreciação do plenário. Se 344 aprovarem, começa o processo do impeachment. Daí o julgamento passa ao Senado. Se 44 senadores aprovarem, o impeachment está consumado.”
Balestra sublinha que, instalada a comissão processante, Dilma Rousseff será afastada por 90 dias. “O vice Michel Temer assume o governo. Percebo que o sentimento maior na Câmara é pelo impeachment. Por isso Lula está pedindo para Eduardo Cunha evitar a votação do impedimento. À presidente falta tranquilidade, apoio e, sobretudo, credibilidade. O fato é que não tem mais respaldo político e da sociedade para governar. Hoje, ela só tem o apoio de 150 parlamentares.”
Como Eduardo Cunha vai se posicionar? “Eduardo Cunha é um político frio e tem dito que vai cumprir o regimento.” Balestra frisa que “a esquerda está ‘xingando’ os críticos do governo e dizendo que as conquistas sociais resultam do trabalho dos governos do PT”.
Para Balestra, o vice-presidente Michel Temer “pelo menos tem apoio político, e não apenas no PMDB. Parte significativa do PSDB compõe com ele. Trata-se de um político experimentado, tendo sido três vezes presidente da Câmara dos Deputados, é vice-presidente e é jurista. Pode ser uma espécie de novo Itamar Franco”.
O momento é adequado para o país “experimentar, mais uma vez, o parlamentarismo”, afirma Balestra. “A crise seria menor se o país fosse parlamentarista. O governante já teria sido retirado e colocado outro no lugar.”
A CPMF passa? “O governo de Dilma Rousseff não tem mais força e credibilidade para aprovar coisas significativas no Congresso Nacional. E é preciso ressaltar que até parte do PT é contra a volta do ‘imposto do cheque’. O PSOL e o PC do B são contrários. A presidente Dilma está cada vez mais isolada, por isso Lula não sai mais de Brasília”, destaca Balestra.