Bastidores
Pesquisa feita por um grupo político revela que 63,5% dos goianienses têm de medo de serem assaltados. 32,4% têm medo de “pegar doença”. A mesma pesquisa indica que 83,8% dos goianienses avaliam que a situação econômica do Brasil piorou nos últimos dois anos.
Há quem no PSDB avalie que o deputado federal Waldir Soares deveria ser expulso o quanto antes. Os mais ponderados (e racionais) contrapõem: é tudo que o delegado quer para se tornar a grande vítima do pleito deste ano. O tucanato ligou os radares para verificar as críticas do delegado ao governo de Marconi Perillo. São críticas fortes. Na campanha, os tucanos vão frisar que Waldir Soares pertenceu ao PSDB. Ele foi eleito deputado pelo partido — e sempre elogiando o governador tucano.
Pré-candidato a prefeito de Goiânia, Iris Rezende confidenciou a um aliado que seu vice deve sair dos quadros do PMDB. Será, possivelmente, Agenor Mariano, o atual vice-prefeito (rompido com o prefeito Paulo Garcia, do PT). Motivo: Iris Rezende acredita, piamente, que, sem Marconi Perillo no páreo, tem condições de derrotar qualquer candidato a governador, em 2018. Se eleito prefeito, e se saísse em 2018, deixaria no cargo um peemedebista. Iris Rezende perdeu três eleições para o governo de Goiás. Todas para o tucano Marconi Perillo.
Iris Rezende aposta em dois jogos. No primeiro, o que mais lhe apetece, sairia candidato a governador, em 2018 (o que é visto por alguns como uma espécie de delírio). No segundo, bancaria o senador Ronaldo Caiado (DEM) para a disputa. Para disputar o governo ou para bancar Ronaldo Caiado, Iris Rezende precisa ganhar a Prefeitura de Goiânia. Se perder — ou se não for candidato —, não resta-lhe outro caminho: apoiar, ainda que a contragosto, a candidatura do deputado federal Daniel Vilela para o governo de Goiás.
O coronel da Polícia Militar Adailton Florentino, que estava sendo cotado para disputar a Prefeitura de Anápolis, deve resguardar-se para a disputa de mandato de deputado estadual em 2018. A base do coronel Adailton é mais Anápolis. Porém, por ser militar, provavelmente terá votos em todo o Estado.
Chamou a atenção a propaganda do PMDB na televisão, na semana passada. Finalmente, o partido mudou o discurso, apresentando-se como o novo do novo — com destaque para o deputado federal Daniel Vilela. O PMDB conseguiu, depois de anos errando, apresentar uma ideia mais light, mas sem esquecer as críticas. O tom ainda não é preciso, mas pelo menos há a busca de um caminho mais criativo.
Setores do PT de Goiânia alimentam esperanças de que indicará o vice de Iris Rezende. Se seus líderes dessem uma olhada nas pesquisas qualitativas e quantitativas entenderiam por que o irismo não quer compor com o petismo. Na avaliação do irismo, baseada em pesquisas, Iris Rezende só tem chance de ser eleito prefeito de Goiânia se ficar afastado tanto do prefeito Paulo Garcia quanto do PT.
Um político goiano visitou a casa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no Lago Sul, em Brasília, e ficou impressionado com a quantidade de fotografias de sua mulher, a jornalista Cláudia Cruz. São dezenas de fotos. O deputado Jovair Arantes, do PTB, é um dos habitués da casa de Eduardo Cunha.
O deputado federal Rubens Otoni disse a um político que, depois que o deputado federal Alexandre Baldy (PSDB) saiu do jogo, o prefeito de Anápolis, João Gomes, pode encomendar o terno para a posse em 1º de janeiro de 2017.
O presidente do PHS em Goiás, deputado estadual Jean Carlo, aposta no deputado estadual Lissauer Vieira para prefeito de Rio Verde. O aliado do prefeito Juraci Martins é visto como o “novo” na política do município. Tese do PHS: em Rio Verde, ao bancar Lissauer Vieira, “um político novo e sem vícios, quem inovou foi o prefeito Juraci Martins”, do PP.
O PSDB decidiu bancar a vereadora Maria José para vice de Heuler Cruvinel, do PSD, na disputa pela Prefeitura de Rio Verde. Mas alguns setores do PSDB não ficaram entusiasmados com a composição. Ao menos por debaixo dos panos, ma non troppo, muitos tucanos vão apoiar a candidatura de Lissauer Vieira.
Atenção aos incautos de sempre: o governador Marconi Perillo não declarou, em nenhum momento, que seu candidato a prefeito de Rio Verde é o deputado federal Heuler Cruvinel. Na verdade, o tucano-chefe tem dois candidatos — Heuler Cruvinel e Lissauer Vieira — e, por isso, dificilmente fará campanha eleitoral no município na eleição de 2 de outubro, daqui a sete meses. Marconi Perillo deve ficar neutro. Quer dizer, vai apoiar tanto Lissauer Vieira quanto Heuler Cruvinel. O que ganhar estará bem para o seu projeto político. Em 2018, vai precisar dos dois grupos na sua caminhada para o Senado ou para a vice-presidência da República.
Do presidente da Saneago, José Taveira, durante almoço no Panela Mágica, na Rua 13, no Setor Marista: “Sair para almoçar com Vilmar Rocha é ficar ‘enganchado’”. Aos que estranharam, José Taveira explicou-se: “Na porta do Panela Mágica, paramos para cumprimentar várias pessoas. Adiante, Vilmar parou para conversar com Gustavo Mendanha [pré-candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia pelo PMDB]. Em seguida, encontrou-se com o presidente da Comurg, Edilberto Dias”. Cansado do “enganchado” Vilmar Rocha, José Taveira sentou-se. “Aí começou a romaria de pessoas em direção à nossa mesa. Mal pudemos conversar. Quando levantou-se para ir embora, novo ‘engancho’. Vilmar encontrou-se com um empresário de Goiás e do Tocantins, que tem negócios com a China e com a Rússia, e começaram a conversar sobre economia internacional.” De longe, José Taveira avisava: “Vilmar, tenho uma reunião daqui a pouco”. Os dois são primos e, mesmo sempre bem-humorado, o presidente da Saneago sempre reclama dos “enganchos” de Vilmar Rocha. “Uma coisa não posso negar”, afirma José Taveira. “Vilmar é o sr. Simpatia.”

A cúpula do PHS avalia que é melhor ter um deputado consistente, como Jean Carlo, do que um deputado, como Chiquinho Oliveira, que joga só para si e jamais para o partido e aliados. Com o objetivo de disputar a presidência da Assembleia Legislativa, para o biênio 2017-2018, Chiquinho Oliveira está de mudança para o PSDB. Seu principal problema é que os deputados, de vários partidos, confiam mais na palavra de José Vitti, do PSDB, do que na sua.
[caption id="attachment_59704" align="alignleft" width="266"] Divulgação[/caption]
A palavra mais ouvida entre militantes do Pros é “extinção”. O partido elegeu 11 deputados federais e já perdeu três para o Partido da Mulher Brasileira e três para o PHS. Ao final da janela de migração partidária, chamada de troca-troca, é provável que o Pros fique com, se tanto, 5 parlamentares. O motivo da debacle do partido é a gestão tida como inoperante e fechada do goiano Eurípedes Júnior. Ele é o presidente, mas não é o líder do partido.