Bastidores
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“Preço” por má gestão de recursos de áreas fundamentais no governo de Juraci Martins pode ser cobrado da candidatura de Lissauer Vieira[/caption]
O dinheiro gasto com publicidade é um dos vários pontos que têm sofrido sérias críticas por parte da população, nos últimos anos, em relação ao serviço público. Isso porque as gestões, não raro, reclamam de falta de recursos. Porém, “o dinheiro da publicidade é sagrado”. E quando se pensa em termos de gestão municipal, a questão se agrava, pois são os prefeitos os primeiros a reclamarem dos escassos recursos.
E quando uma prefeitura resolve tirar o dinheiro de áreas essenciais, como educação e saúde, para investir em propaganda? Veja o caso de Rio Verde: apuração do Ministério Público constatou que a prefeitura de Juraci Martins (PPS) assinou, em março de 2015, contratos com uma empresa de publicidade no valor de quase R$ 3 milhões para divulgação de programas, ações e campanhas institucionais.
O problema é que os recursos usados para pagar a empresa vinham de áreas nas quais não poderia haver desvio de finalidade do dinheiro: o Fundo Municipal de Educação, R$723 mil e Fundo Municipal de Saúde, R$ 756 mil; os outros 1.503 milhão ficariam por conta do próprio município.
Por isso, Por isso, a promotora de Justiça Renata Dantas de Morais e Macedo propôs ação civil pública contra o município. A promotora informa que o desvio de função das verbas afrontam diretamente os princípios da legalidade e eficiência da administração pública, já que, ao fazê-lo, a prefeitura deixa de cumprir com suas obrigações nas áreas essenciais. “São inúmeras ações visando o fornecimento de remédios pelo município, faltando até aspirina nos postos de saúde, um dos mais baratos do grupo de analgésicos”.
A ação já é antiga, mas isso a população tem voltado a comentar o assunto, o que poderá atingir a candidatura de Lissauer Vieira, recém-filiado ao PSB, à prefeitura da cidade. Lissauer tem sua candidatura apoiada em Juraci, seu maior incentivador.
Isso porque, em 2012, o MP acionou a prefeitura para que ela fosse obrigada a prestar serviço de educação infantil em creches, tendo sido determinada liminarmente o fornecimento de 750 vagas para crianças que constavam em lista de espera elaborada pelo Conselho Tutelar. Na ocasião, o município justificou dificuldades orçamentárias e limitações financeiras.
A pergunta que muitas pessoas têm feito em Rio Verde é: por que tirar dinheiro da educação e da saúde, duas áreas primordiais na vida de qualquer pessoa, e essencial para uma cidade grande como Rio Verde, para “investir” em publicidade e propaganda?
A “conta” poderá ser cobrada nas urnas.
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Divulgação[/caption]
Com a saída de Thiago Peixoto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Goiás para reassumir seu mandato como deputado federal, Sandes Júnior (PP), que é primeiro suplente, deixou o Congresso Nacional. Mas não por muito tempo. O governador Marconi Perillo (PSDB) vai definir, nesta segunda-feira, 10, o substituto de Thiago à frente da secretaria; e será um deputado. Marconi já teria, inclusive, conversado com Fábio Sousa (PSDB), que deve ser oficializado à frente da pasta.
De qualquer forma, independente desta articulação, outra vaga será aberta neste mês. Heuler Cruvinel (PSD) deve tirar licença por interesse particular no próximo dia 17, quando os parlamentares entram em recesso. A licença de Heuler é devido à sua candidatura a prefeito de Rio Verde.
Assim, se não voltar ao Congresso na vaga de Fábio, Sandes volta na de Heuler. Se as duas vagas forem abertas, além do pepista, Euripedes Junior (Pros) se torna deputado, visto que é o segundo suplente.
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Dr. João parece ser o favorito de Abelardo para a vice de sua chapa[/caption]
Se antes Aberlado Vaz (PP) não queria voltar à vida pública, agora tem trabalhado arduamente para ser novamente prefeito de Inhumas. Com o apoio do deputado federal Roberto Balestra (PP), o grupo de Abelardo tem feito reuniões todos os dias (às vezes, duas por dia) para conversar com empresários e políticos. Nesses encontros, Abelardo diz que é pré-candidato, mas que aguarda o momento certo para fazer o anúncio. Principal adversário do prefeito Dioji Ikeda (PDT), Abelardo aparece, em pesquisas internas, com mais de 10% de vantagem em relação a Dioji e já coleciona “vices”.
São eles: Dr. João Antônio (PSD), Edivaldo da Cosmed (PHS), Wellington Valim (PSL), Antonio Braga (PSDB), Rondinelli (PP), Celsinho (PP) e Fernando Gadia (PSL). Porém, o mais forte para disputar ao lado de Abelardo é Dr. João, que mostra estar “afinado” com o pepista. Além disso, os dois partidos, PP e PSD, já haviam definido que, caso Abelardo não fosse o candidato, Dr. João seria. Como o pepista parece ter decidido disputar, Dr. João é, naturalmente, o seu vice.
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Foto: Renan Accioly / Jornal Opção[/caption]
Projeto de renegociação das dívidas do Estados, rejeitada na semana passada por apenas quatro votos, volta para votação na Câmara nesta semana. E a secretária da Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão, acredita que o projeto deve ser aprovado desta vez. “Os deputados que votaram contra, inclusive os de Goiás, não devem ter lido o projeto. Me proponho a explicá-lo a eles, pois o projeto é claramente benéfico para os Estados. Tanto que recebeu o apoio de todos os 27 governadores e do governo federal. Os parlamentares estão pensando em seus partidos e não no Estado”, afirma ela. Entre os deputados de Goiás que votaram contra estão Daniel Vilela (PMDB), Lucas Vergílio (SD) e Rubens Otoni (PT).
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Fotos: Arquivo Pessoal[/caption]
Com a saída de Iris Rezende (PMDB) da disputa de Goiânia, o cenário foi “zerado”. É como avaliam a grande parte dos políticos. Porém, um presidente de partido avalia que apenas dois candidatos têm condições de chegar ao segundo turno: Waldir “o delegado” Soares (PR) e Vanderlan “converso com todos” Cardoso (PSB). “Apenas os dois têm poder de articulação suficiente para levar seus nomes ao segundo turno, pois já são conhecidos e tem algum recurso financeiro para bancar a campanha. Os outros dependem de fatores externos e isso, numa campanha pequena como essa, não é bom sinal”, afirma. Quando questionado sobre quem vence no segundo turno, ele diz: “Só Deus sabe”.
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Foto: Ana Paula Abrão[/caption]
Dizem que a missa de encerramento da Festa de Trindade serviu para a desistência de duas candidaturas. A primeira foi de Iris, em Goiânia, que decidiu declinar da candidatura depois de chegar do evento. A segunda foi de Flávia Morais, em Trindade.
Nem Flávia nem George Morais foram à missa. Por quê? A missa de encerramento, que mais parecia um evento político de Goiânia, com os principais pré-candidatos à prefeitura da capital, não pareceu uma boa oportunidade política para Flávia. Seria o anúncio de uma reeleição de Jânio Darrot?
Há novidades sobre a definição da vice de Jânio Darrot (PSDB). Dois nomes se apresentam: o atual vice-prefeito de Trindade, Gleysson Cabriny (PSDB), e Talitta di Martino. Jânio esteve no Jornal Opção na semana passada e disse que Gleysson está previamente confirmado na disputa, pois é “o candidato natural, em 2020, a sucedê-lo na prefeitura”. Porém, políticos da cidade confirmam que Talitta di Martino está na disputa. São três os motivos: 1) Está filiada ao PSDB e tem um aliado no governo estadual: seu esposo, o recém-empossado secretário estadual de Governo, Tayrone di Martino. 2) A jovem jornalista é ligada à Igreja Católica e ao padre Robson, do Santuário do Divino Pai Eterno, que já demonstrou sua força política em outras oportunidades. O motivo 3): Gleysson, que pretende sair candidato a deputado estadual em 2018, abriria mão da vice agora em troca de apoio nas próximas eleições.
O governador Marconi Perillo (PSDB) tem tentado, sem sucesso, unir sua base nas principais cidades do Estado. Em Goiânia, por exemplo, os principais partidos da base têm nomes postos para a disputa, sendo o principal deles o tucano Giuseppe Vecci, que tem trabalhado arduamente para se viabilizar, mas não tem conseguido se tornar conhecido como deveria e seu desempenho nas pesquisas preocupa. Agora, informações dão conta de que o deputado pode não disputar. Se isso de fato ocorrer, quais são as opções do PSDB? Os nomes com chances reais de conseguir se articular sempre foram três: Vecci, Fábio Sousa e Jayme Rincón. Vecci é o candidato, mas pode sair; Fábio Sousa deve assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Goiás e, logo, deve não disputar. Assim, Jayme, nome que chegou a ser ventilado para disputar, poderia voltar ao páreo.
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Divulgação[/caption]
Em Inhumas, Dijoi Ikeda (PDT) recuperou um pouco de sua imagem. O prefeito, que estava com a popularidade em baixa, fez muitas obras nos últimos seis meses, limpou a cidade e isso fez com que a população voltasse a enxergá-lo como possibilidade para a eleição de outubro.
A pergunta é: será suficiente? As informações são de que não existe “mar de rosas” para Dioji. Ele teria tentado uma “jogada de mestre” que deu errado.
Um vereador conta que o prefeito queria transformar a recém-inaugurada UPA em hospital e, por isso, já tinha mandado “desmontar” o Cais da cidade para fazer, no lugar, uma maternidade.
O problema é que a UPA é uma Unidade de Pronto Atendimento que faz parte de um projeto federal e que, portanto, não pode ser modificado. Diante da impossibilidade, e da pressão popular, Dioji recuou e o Cais, aparentemente, voltou a funcionar.
Outras duas questões estariam preocupando Dioji. A primeira é o fato de ainda estar atrás nas pesquisas; a outra é que, segundo políticos da cidade, o prefeito tem passado muito tempo em Goiânia, tentando “agilizar” a aprovação de suas contas no TCM. Se não forem aprovadas, ele pode ficar fora do pleito.
O governador continua articulando em prol da união da base, sobretudo agora com a saída de Iris Rezende (PMDB) da disputa pela prefeitura de Goiânia. Porém, não existe consenso. O PSD, por exemplo, está firme em sua posição e mantém a pré-candidatura de Francisco Júnior. Na semana passada, o presidente estadual da legenda, Vilmar Rocha se reuniu com Francisco e o deputado federal Thiago Peixoto para definir estratégias de campanha.
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil[/caption]
O governo Temer chegou com uma promessa: colocar o País no rumo para sair da crise. Porém, suas ações ainda têm sido tímidas. Por quê? Economistas e políticos experimentados afirmam que o governo está com as mãos amarradas até que haja confirmação do impedimento de Dilma Rousseff (PT). Até lá, projetos mais complexos e que devem gerar resistência no Congresso, como a reforma da Previdência, não podem ser colocados em pauta. Esses ficarão para o segundo semestre.
O presidente estadual do PSD, Vilmar Rocha, foi a Senador Canedo, no fim da semana passada, para participar do lançamento da pré-candidatura de Divino Lemes (PSD) à prefeitura. Segundo ele, Divino está liderando as pesquisas, à frente (muito à frente, dizem) do atual prefeito, Misael Oliveira (PDT). Outro nome do PSD com chances de vencer, segundo Vilmar Rocha, é Júnior do Jonas, pré-candidato à prefeitura de Mutunópolis, cidade a 40 quilômetros de Porangatu. “Também lidera as pesquisas”, conta.
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Foto: Renan Accioly/Jornal Opção[/caption]
Em Anápolis, a única definição até o momento é da chapa tucana: Carlos Antonio (PSDB) e Elismar Veiga (PHS). Com os dois partidos, segue o PSL.
A chapa conversa com outras siglas para tentar uma composição, sendo as principais o PP, do senador Wilder Morais, e o PRB do deputado federal João Campos. Há chances de aliança, mas sem definições por enquanto.
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Foto: Jornal Opção[/caption]
O PTN, do jornalista Vander Lúcio, ainda não se posicionou. O partido poderia lançar o deputado federal Alexandre Baldy a prefeito, mas o próprio Baldy nega alguma posição nesse sentido.
Segundo Baldy, o PTN está ouvindo as suas bases no município antes de tomar uma decisão. “É a base quem decide”, afirma. Nos bastidores, comenta-se que a disposição da sigla em lançar candidato nesta eleição é pequena. Logo, o PTN deve apoiar alguém, provavelmente a chapa tucana, liderada por Carlos Antonio.
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Arquivo pessoal[/caption]
João Gomes (PT), que vai à reeleição e é apontado como favorito em Anápolis, ainda estuda um nome para sua vice. O PT espera reunir os partidos que vão apoiar a candidatura de João Gomes para definir questão. Até o momento, estão na aliança: PPL, PMN, PSB e Solidariedade. Os quatro partidos se reuniram na semana passada, no escritório da senadora Lúcia Vânia (PSB), em Goiânia, que disse estar feliz pela aliança que o partido fez em Anápolis. Mas ainda faltam legendas e, por isso, o nome da vice não surgiu. Nesta semana, a reunião será com o PDT.
