Bastidores

[caption id="attachment_68292" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
Geneilton de Assis, pré-candidato a prefeito de Jataí, visitou a redação do Jornal Opção na semana passada. Não se trata de um poste. É um jovem articulado e que formula suas ideias com precisão e clareza. Pode surpreender o favorito, Victor Priori, do DEM.
Inteligente e perspicaz, Geneilton de Assis sabe, porém, que não é o prefeito Humberto Machado. Ele tem de convencer o eleitorado de que não será teleguiado, de que terá autonomia.
Um prefeito bem avaliado como Humberto Machado, que é competente e sério, transfere votos? Sim. Mas o candidato tem de fazer a sua parte, tem de provar que será um passo adiante, e não o repeteco da gestão anterior.

[caption id="attachment_68290" align="alignright" width="620"] Maguito Vilela e Victor Priori[/caption]
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), apesar dos desmentidos de alguns aliados, banca mesmo a candidatura de Victor Priori (DEM) para prefeito de Jataí. Motivo: pode ser candidato a governador em 2018, operando uma grande aliança política — ele gostaria de incluir até o PSDB —, e planeja contar com o apoio da estrutura política e, sobretudo, financeira do democrata.
Há quem aposte que, se o PMDB bancar a candidatura do deputado federal Daniel Vilela para governador, em 2018, o senador Ronaldo Caiado, por não considerá-lo experimentado e forte, também será candidato. Porém, se Maguito Vilela se apresentar como candidato, o democrata tende a sair da disputa. Vale lembrar que, em 1994, foi derrotado pelo peemedebista.

[caption id="attachment_41896" align="alignright" width="620"] Foto: reprodução / Roda Viva[/caption]
O senador Ronaldo Caiado não parece mais tão entusiasmado com o governo do presidente Michel Temer. O democrata, mais focado na Comissão do Impeachment, também não estaria agradando o governo.
Os temeristas sugerem que Ronaldo Caiado não sabe ser governo, sobretudo não saber defender o governo. Parece que é um “eterno oposicionista”. “Parece mais líder de um UNE da direita do que um líder maduro, compromissado com um projeto de poder”, afirma um peemedebista.
Publicamente, temeristas elogiam Ronaldo Caiado. Nos bastidores, começam a criticá-lo. Mas todos admitem que se trata de um político qualitativo.
[caption id="attachment_57748" align="alignright" width="620"] Foto: Gabinete de Imprensa[/caption]
No segundo turno na disputa pela Prefeitura de Goiânia, se Iris Rezende tiver passado para a etapa seguinte, contra qualquer outro candidato, vai enfrentar um frentão político. Pode terçar forças contra o peemedebista os seguintes partidos: o PSDB do governador Marconi Perillo, o PR de Waldir Soares, o PTB de Luiz Bittencourt, o PT de Paulo Garcia e Adriana Accorsi, o PP de Sandes Júnior e Wilder Morais, o PHS de Eduardo Machado, o PSD de Francisco Júnior e Vilmar Rocha, o PSB de Vanderlan Cardoso e Lúcia Vânia, o PPS de Marcos Abrão.
Até o PT vai virar-lhe as costas, sobretudo porque Iris Rezende articula, de seu escritório, petardos nada inocentes contra a gestão de Paulo Garcia, que agora chama de “filhote de Marconi Perillo”.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, foi o articulador do encontro do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), com o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT. O petista elogiou o tucano-chefe, que apresenta como “republicano”. Iris Rezende, do PMDB, não faria o mesmo.

Na campanha de outubro, sobretudo se Iris Rezende for candidato a prefeito, o petismo vai criar coragem e deve apresentar o dossiê das dívidas do peemedebista. Assim como Iris Rezende está colocando “artilheiros” (Agenor Mariano na linha de frente) para “atirar” no prefeito Paulo Garcia, o PT vai escalar seus “artilheiros” para metralhar a candidatura do peemedebista. Até o asfalto “sonrisal” será apontado e criticado. Petistas garantem que Iris Rezende fez asfalto de baixa qualidade e deixou para Paulo Garcia pagar e, sobretudo, restaurar.
Bancado pelo padre Robson Oliveira, reitor do Santuário do Divino Pai Eterno de Trindade e uma espécie de primeiro-ministro da Igreja Católica em Goiás, o vereador Tayrone di Martino, do PSDB, se prepara para trocar a Câmara por um cargo no secretariado do governador Marconi Perillo.
As relações entre o pré-candidato a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSB), e a presidente do PSB, senadora Lúcia Vânia, não são exatamente ruins — chegam a ser cordiais. Mas aliados da senadora continuam dizendo que Vanderlan Cardoso “desaparece” — “está sempre na Bahia” ou “enfurnado em Senador Canedo” — e não atende os candidatos a vereador. Já aliados do pré-candidato afirmam que ele não vai repassar dinheiro para candidatos a vereador. Aliás, alguns deles, que se apresentam como postulantes, ainda não estão nem definidos.
Já há praticamente três grupos contra a gestão do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás, Lúcio Flávio. O primeiro, e mais óbvio, é a OAB Forte, que está se reorganizando, de maneira discreta, para começar a criticar as possíveis falhas da gestão de Lúcio Flávio. O grupo pretende fazer críticas consistentes e responsáveis, indicando, se necessário, que não há avanços. O grupo mais perigoso, porque atuante, é o de Leon Deniz. Recentemente, um aliado de Leon Deniz, ao renunciar à presidência de uma comissão importante da OAB, saiu atirando. Novos passos poderão ser dados. O grupo avalia que Lúcio Flávio está se tornando marconista, o que não procede. O presidente não foi eleito para fazer oposição política, e sim para defender os advogados. O leondenizismo é ligado ao PMDB. O terceiro grupo apoiou Lúcio Flávio, mas não se sente contemplado por sua gestão. Sente-se, na verdade, excluído. Portanto, a partir de agora, vai abrir as baterias críticas. Lúcio Flávio, nesta perspectiva, estaria isolado no poder, com um grupo restrito de amigos e aliados.

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[caption id="attachment_66408" align="alignleft" width="620"] Marconi Perillo, Ana Carla Abrão e Pérsio Arida[/caption]
A repórter Natuza Nery, editora da coluna “Painel”, a mais lida da “Folha de S. Paulo”, escreveu que a secretária da Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão Costa — filha da senadora Lúcia Vânia, presidente do PSB em Goiás —, é o nome cotado para comandar o Ministério do Planejamento.
As palavras de Natuza Nery, na nota “Há vagas”: “A economista Ana Carla Abrão Costa, secretária de Fazenda de Goiás, é cotada para o Ministério do Planejamento. A procura de um novo nome indica que as chances de Romero Jucá voltar ao posto diminuíram”.
Um auxiliar do presidente Michel Temer disse ao Jornal Opção que o nome de Ana Carla Abrão foi citado por um grupo de economistas e uma ala tucana na Câmara dos Deputados. Vale dizer que auxiliares da economista foram indicados para a área econômica do governo de Temer. Como ela é ligada ao Banco Central, e defensora de um Estado necessário — mais do que mínimo —, Henrique Meirelles, o czar da Fazenda, a vê com bons olhos.
O auxiliar de Temer acrescenta: "Além de competente e íntegra, sem nenhuma mancha, Ana Carla Abrão é mulher. O presidente quer nomear pelo menos mais uma mulher para o primeiro escalão".
Ana Carla Abrão diz que não recebeu convite. É certo. Mas o governador Marconi Perillo sabe — e as aprova — das articulações. Nos bastidores do governo, chegou-se a comentar sobre possíveis substitutos da economista. Foram citados pelo menos três nomes: Thiago Peixoto, José Taveira e Simão Cirineu.

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