Bastidores

É a primeira visita do peemedebista a Goiás como presidente da República. Ele estará acompanhado do governador Marconi Perillo

Agredido não se sabe por quem, o radialista e pré-candidato a vereador Claudio Lima, ligado a Adib Elias, elogiou a UPA construída pelo prefeito Jardel Sebba

A PF fez apreensões na casa da senadora Gleisi Hoffman (do Paraná), do Partido dos Trabalhadores

O prefeito está fazendo uma verdadeira revolução na área de saneamento básico

O Centro de Recuperação de Dependentes Químicos já nasce como modelo nacional
[caption id="attachment_54167" align="alignleft" width="620"] Henrique Tibúrcio assume a Agência de Fomento no início de julho[/caption]
Henrique Tibúrcio será o novo presidente da Agência de Fomento. O vereador Tayrone di Martino assume a Secretaria de Governo. Humberto Tanus assume a presidência da Agência Brasil Central.
Taís Couto, chefe de gabinete, acompanha Tibúrcio.

A guerra contra os que defendem a família tradicional e cristã foi declarada. A ideologia de gênero está se tornando uma “doutrina nacional”
Sandra Lima de Vasconcelos Ramos
Minha experiência docente de 35 anos deu-me o privilégio de lecionar em todos os níveis de ensino, da pré-escola à pós-graduação, com especial dedicação à formação de professores. Esta trajetória dá-me condições para fazer análises mais apuradas do processo educacional brasileiro. Uma constatação que faço e me deixa envergonhada é o problema da doutrinação no sistema de ensino.
Uma deslavada doutrinação ideológica que vem sendo implantada nas universidades e nas escolas do país. Uma tentativa escancarada e incansável de aliciar os brasileiros para redefinir conceitos e concepções tradicionais. Um verdadeiro estupro ideológico.
Ao ler a prova do Concurso Público da Secretaria Municipal de Educação e Esporte, Profissional da Educação II, da Prefeitura de Goiânia, aplicada em 19/06/2016, fiquei estarrecida com algumas questões das provas. Questões essas de explícita doutrinação ideológica. Afinal, se o candidato não responder o previsto pelo gabarito ideológico, é reprovado.
Estupro das liberdades de pensamento e de consciência. Estupro das concepções e valores. Não se trata de uma relação “consensual” em que o indivíduo se sinta livre para aceitar ou repudiar novos conceitos. Trata-se de um ato de violência em que para ser avaliado em um processo seletivo, o candidato é obrigado a responder de acordo com ideólogos sem escrúpulos.
Para um melhor entendimento do objeto da minha indignação, comentarei algumas questões do Caderno de Língua Portuguesa, para Pedagogo (minha área de formação).
Logo no primeiro texto “Objetivo de princesas da Disney não é mais o casamento, revela estudo” encontramos a Ideologia de Gênero em ação e sua tentativa de convencer a sociedade para o fato da Disney reconduzir sua abordagem sobre conceitos de família, casamento, papel da mulher, feminilidade e masculinidade. Um texto indutivo para levar o leitor a aceitar essas mudanças como evolução social, que na verdade é doutrinação. Para dar o tom de respaldo científico, apresenta uma referência tendenciosa, publicada em um site da internet, sem fonte bibliográfica.
No texto abaixo podemos identificar a defesa da “Teoria Queer”, defendida pelos grupos LGBT, com a afirmação de que as pessoas nascem sem gênero definido. Segundo essa teoria, o sexo biológico não é determinante para a definição de homem ou mulher, visto que são constituídos pela sociedade e a cultura. Essa teoria que se diz científica, convenientemente, renega os contributos das ciências naturais como a biologia e a genética, por exemplo.
O Texto 3 “Teoria, ideologia e a urgente necessidade de pensar contra a má-fé” é acintoso. Difunde uma cultura de ódio pelos que eles chamam de “fundamentalistas” (leia-se cristãos). O texto conclama à guerra contra os que pensam diferente, sem perguntar a sociedade se ela aceita essa nova visão imposta, inclusive pelos meios de seleção em concurso público. Uma atitude muito mais vergonhosa do que reprovar mulheres em entrevista de emprego simplesmente por serem mulheres. Trata-se de legitimar a seleção preconceituosa através de concurso público. Aonde vamos parar?
O próximo recorte fala por si mesmo. Quem usa de má fé? Será os que se utilizam da máquina estatal e de um instrumento legítimo de entrada democrática no mercado de trabalho para aprovar quem pensa igual a eles e excluir os contrários? Os prejudicados seriam os defensores dos valores tradicionais, do bom senso e da decência?
A prova de Goiânia não é exceção. Esse tipo de prova impregnada de doutrinação ideológica alastra-se nos concursos Brasil afora.
Candidatos à docência para as escolas da Prefeitura de Goiânia, prejudicados com esse abuso doutrinário, não permitam esse estupro coletivo de suas liberdades de pensamento. Exija a anulação deste concurso. A guerra contra vocês que defendem a família tradicional e cristã foi declarada. Ergam-se contra essa massiva doutrinação ideológica. Devemos defender a educação brasileira desse crime contra a liberdade.
Sandra Lima de Vasconcelos Ramos é professora da Universidade Federal do Piauí, psicopedagoga, mestre e doutoranda em educação.
Leia réplica no link
https://jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/imprensa/concurso-para-provimento-de-cargos-na-educacao-em-goiania-acerta-ao-pautar-questoes-de-genero-69090/

Deputado estadual já montou equipe de marketing e trabalha nos bastidores para ser oficializado

O Jornal Opção pediu a petistas que definissem as principais apostas do PT para a disputa de prefeituras em Goiás. Eles escolheram livremente. “Aposta” não é o mesmo que “favorito”. Acredita-se que em Trombas o partido será ao menos competitivo.
[caption id="attachment_68872" align="alignright" width="620"] Adriana Accorsi, João Gomes, Aleixo Aguiar, Didi Viana, Bruna Jackeline, Dumar do Prado, Inês Brito, José Wilson, Paulo Alves e Selma Bastos[/caption]
1 — Adriana Accorsi, Goiânia — Não é favorita, mas aparece bem nas pesquisas. Delegada, domina como poucos o tema segurança pública.
2 — Adriano Montovani, Aparecida de Goiânia — Pode ser vice de Gustavo Mendanha, pré-candidato do PMDB. Mas também pode disputar para prefeito.
3 — Aleixo Ferreira de Aguiar Filho (Aleixinho do Gás), Professor Jamil — O empresário e vereador é visto pela cúpula petista como um pré-candidato consistente.
4 — Alessandro Trovão, Indiara — Dono de uma farmácia, é apontado pelo PT como um político popular e respeitado.
5 — Bruna Jackeline de Sousa, Aragarças — O PT já administrou a cidade. A vereadora é mencionada como o “novo consistente”.
6 — Didi Viana, Luziânia — O PT nunca elegeu um prefeito na cidade mais importante do Entorno, mas tem tradição política. Viana rompeu com o prefeito, que é do PSD.
7 — Divino Maia, Baliza — Já foi prefeito do município e é sugerido pelo petismo como uma de suas principais apostas.
8 — Dumar do Prado, Alvorada do Norte — Advogado, pecuarista e construtor civil, é um petista histórico. Foi secretário de Pedro Wilson em Goiânia.
9 — Inês Brito, Ceres — A prefeita tem desgaste, mas é vista, segundo o PT, como uma referência positiva.
10 — João Gomes, Anápolis — O prefeito é a principal aposta do PT. A cúpula do partido o vê como “favoritíssimo”.
11 — José Wilton, Porangatu — O PT rompeu com o PMDB de Eronildo Valadares e deve lançar o vereador, um petista dos mais articulados.
12 — Lindomar Marques, Campo Alegre — O PT governou o município por oito anos. O petismo garante que o eleitorado sente saudade da gestão petista e vai apostar no professor.
13 — Neldes Beraldo, Perolândia — A direção do PT garante que, bem avaliado, o prefeito tende a ser reeleito.
14 — Paulo Alves, Iporá — O professor foi o vereador mais bem votado em 2012. Se tiver estrutura adequada, tem chance de ser eleito.
15 — Selma Bastos, Cidade de Goiás — A prefeita tem desgaste, mas é vista como uma referência ética do PT.
16 — Vilmar Mota, São Simão — O ex-secretário de Esporte, se tiver o apoio do prefeito Márcio Barbosa Vasconcelos, se tornará um postulante competitivo.
17 — Vilmar Dias Carneiro, Nova Aurora — A cúpula do PT assinala que o prefeito, “com 70% de aprovação”, deve ser reeleito.

[caption id="attachment_29013" align="alignright" width="620"] Paulo do Vale: investigação do SUS e da Polícia Federal é exclusivamene técnica e nada tem a ver com política | Foto: Divulgação[/caption]
O médico Paulo do Vale (PMDB), ex-secretário de Saúde de Rio Verde e pré-candidato a prefeito, tenta, sem sucesso, explicar as denúncias que motivaram inquérito da Polícia Federal contra sua clínica.
Em entrevista a rádios locais, Paulo do Vale se mostrou nervoso e irritado. Disse que é vítima de perseguição, mas não conseguiu explicar por que auditoria técnica (e não política) do SUS apontou fraudes em procedimentos cobrados por ele e que não teriam sido executados. Apenas em 2014, segundo a Auditoria Nacional do Ministério da Saúde, os desvios giram em torno de R$ 300 mil. A auditoria motivou inquérito da PF, que corre em segredo de justiça na Delegacia Regional de Jataí.
As novas denúncias se somam a duas condenações sofridas por Paulo do Vale na Justiça de Goiás. Ambas por lesão ao Erário quando ele era secretário de Saúde da Prefeitura de Rio Verde. O Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas dos Municípios também investigam a gestão do peemedebista.

[caption id="attachment_68878" align="alignright" width="620"] Maguito Vilela, Daniel Vilela, Vanderlan Cardoso, Iris Rezende e Ronaldo Caiado: usando o jogo de 2016 como preliminar para o jogo decisivo de 2018[/caption]
Há dois projetos políticos e estratégicos em confronto no PMDB de Goiás — reverberando noutros partidos —, mais de fundo do que de superfície, daí a dificuldade de a imprensa percebê-los e analisá-los. E, sim, tem a ver com 2016 e, igual e fortemente, com 2018. O grupo do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, por vezes sugere, ainda que mais nos bastidores — e por meio de algumas notas sem abrangência plantadas na imprensa —, que gostaria de apoiar o empresário Vanderlan Cardoso (PSB) para prefeito da capital goiana, com um peemedebista na vice. O motivo é mais tático-estratégico do que trivial: seria uma forma de garantir o apoio de um possível prefeito da maior cidade do Estado — se Vanderlan Cardoso for eleito — e de agregar uma senadora da importância de Lúcia Vânia (PSB) ao candidato do PMDB ao governo de Goiás em 2018, que tanto poderá ser Maguito Vilela quanto seu filho, o deputado federal Daniel Vilela, presidente regional do partido. Esta é uma perspectiva, mas há outra, que, como a sugerida por Maguito Vilela, articula com forças internas, peemedebistas, e forças externas, o senador Ronaldo Caiado, do DEM, e Armando Vergílio e Lucas Vergílio, do Solidariedade.
Pode-se dizer que, hoje, o ex-governador Iris Rezende e Maguito Vilela são “inimigos cordiais”. Eles se comunicam, se tratam bem e com respeito, mas seus jogos são contraditórios e distanciados. Do enfraquecimento de Iris Rezende depende a vitalidade do grupo do prefeito de Aparecida de Goiânia. Porém, se o peemedebista mais jovem — tem 67 anos — está armando seu jogo, desconsiderando a trama do peemedebista mais velho, de 82 anos, o outro lado não está parado.
Iris Rezende, se candidato a prefeito de Goiânia e, sobretudo, se for eleito, retoma parte de sua força política, mas não para que ele próprio dispute o governo, porque, se o fizer, poderá perder pela quarta vez. Ao entender que o jogo do grupo de Maguito Vilela pressupõe sua exclusão, o peemedebista-sênior firma uma aliança com o senador Ronaldo Caiado, do DEM. O democrata representa dois antídotos. Primeiro, é um aliado contra a ascensão do maguitismo. Segundo, um agregado na luta contra a hegemonia do marconismo.
Em 2018, é possível três grupos na disputa pelo governo: 1 — Maguito Vilela-Daniel Vilela-Júnior Friboi; 2 — Iris Rezende-Ronaldo Caiado-Armando Vergílio; e 3 — José Eliton-Marconi Perillo-Thiago Peixoto. Há, claro, a possibilidade de o grupo 1 compor com o 3, mas dificilmente se assistirá uma composição com o 2.

[caption id="attachment_54542" align="alignright" width="620"] Marconi Perillo, Maguito Vilela e Paulo Garcia: aliança contras as correntes mais conservadoras | Foto: Divulgação[/caption]
Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia podem ser consideradas como o Triângulo das Bermudas — lugar fatal — àquele que pretende disputar o governo do Estado. Quem for mal nos 3 lugares perde a eleição. O governador Marconi Perillo (PSDB), quando disputa com um candidato forte em Goiânia, como Iris Rezende, concentra energia em Anápolis (e amplia sua campanha no Entorno do DF) para compensar perdas eleitorais. É a política do contrapeso. Em 2018, não será diferente, mas o jogo será mais complexo.
Em Anápolis, o PT busca aliança com o PMDB, mas este sugere que vai lançar o Eli Rosa para prefeito. Se depender do prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, a composição PMDB e PT será possível. Em Aparecida, o PT fala em lançar candidato, mas deve apoiar Maguito. Este tenta também conquistar o apoio tucano pra Gustavo Mendanha. Em Goiânia, por causa de, PMDB e PT se distanciaram, mas PT e PSDB se aproximaram. Em 2018 não será surpresa se PSDB, PMDB e PT se unirem contra uma aliança entre Iris, o DEM de Ronaldo Caiado e o SD de Armando Vergílio.

[caption id="attachment_68873" align="alignright" width="620"] Ângela Pessoa e Afrânio Pimentel: nomes fortes para a disputa em Valparaíso[/caption]
Na semana passada, um líder do Entorno de Brasília disse: “A política de Valparaíso está pegando fogo”. O que está sugerindo é que instalou-se uma verdadeira batalha no município. Inicialmente, acreditava-se que — devido ao apoio dos deputados Lêda Borges, secretária do governo do Estado, e Célio Silveira — o vereador Pábio Mossoró, anunciado, deslancharia imediatamente. Não é o que está acontecendo. Com o anúncio de que os vereadores Ângela Pessoa (PSC), que deve compor com o peemedebista Plácido Cunha; Afrânio Pimentel (PR), bancado por Sônia Chaves (pré-candidata a prefeita de Novo Gama pelo PSDB), e Marcus Vinícius (PSD) pretendem disputar a prefeitura, houve uma reviravolta política. Ângela e Afrânio se tornaram “postulantes fortíssimos”, asseguram líderes locais.

[caption id="attachment_68871" align="alignright" width="620"] Misael Oliveira e Zélio Cândido: o candidato da máquina e o postulante bancado por Vanderlan Cardoso[/caption]
Um especialista em política de Senador Canedo afirma: “Lá, contra o que sugerem as pesquisas de intenção de voto do momento, que apresentam Divino Lemes (PSD) e Alsueres Mariano (PR) nas melhores posições, com Misael Oliveira colado no segundo colocado, a tendência é que, na marca do pênalti, a disputa se dê entre o prefeito, dado o peso da máquina, e o candidato bancado por Vanderlan Cardoso. Os líderes de hoje se tornarão lanterninha em setembro”. Há a expectativa de que, se considerado ficha suja, Divino Lemes não dispute a eleição. A cúpula do PSD — leia-se Vilmar Rocha e Thiago Peixoto — aposta que o ex-prefeito será candidato e será eleito.
Acredita-se que tende a prevalecer a tese de que a sociedade de Senador Canedo está “cansada” da briga entre Misael Oliveira e Vanderlan Cardoso e, por isso, tende a bancar um postulante da terceira via — como Divino Lemes ou o médico Alsueres Mariano.

[caption id="attachment_47078" align="alignright" width="620"] Mauro Miranda e Iris Rezende | Foto: Leandro Vieira[/caption]
Convidado a explicar a “indecisão” de Iris Rezende — se disputa ou não a Prefeitura de Goiânia —, o ex-senador Mauro Miranda (leitor da obra de Ayn Rand), um dos melhores amigos do peemedebista, é peremptório: “Anote e me cobre depois — ele é candidatíssimo, mas só vai anunciar na última hora, quando não tiver mais jeito”. Por quê? “Porque, como político experiente, vai esperar o quadro político e econômico do país ficar mais ‘claro’. Com o quilo do feijão a 16 reais, o jornalista quer que o cidadão esteja mais preocupado com eleição ou com a crise econômica? Abro o Jornal Opção e leio que a Cecrisa, a Perdigão e a Votorantim fecharam as portas, respectivamente, em Anápolis, Jataí e Niquelândia. Na coluna Bastidores, leio que a Mitsubishi fez demissões em Catalão. O quadro econômico, ao menos para a população, está acima do quadro político-eleitoral. Como ex-governador, ex-ministro, ex-senador e ex-prefeito, Iris Rezende tem experiência de sobra e sabe o que faz. Ante uma crise dos políticos, que pode se tornar uma crise da política, ele está fazendo política sem dizer que está fazendo política. Portanto, insisto: é candidato, é candidatíssimo”.