Bastidores
Apesar de ser administrada por um tucano, Goianésia é, tradicionalmente, um reduto peemedebista. Por isso, Frederico Jayme (PMDB) foi enviado para trabalhar na cidade a favor do governador Marconi Perillo (PSDB). E ele garante que o governador terá mais votos do que obteve no segundo turno de 2010. Na ocasião, o governador teve 1700 votos na cidade. A garantia deste ano, segundo Frederico, é de que ele terá mais de 10 mil votos.
Alexandre Baldy (PSDB) tem utilizado de sua bem-sucedida passagem pela Secretaria de Indústria e Comércio (SIC) em favor de sua campanha a deputado federal. Nas reuniões quem tem promovido, o tucano ressalta, por exemplo, os benefícios da aproximação com Estados convergentes, a exemplo de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo ele, o contato com esses locais resultou não apenas em muito aprendizado para ele, como também em retornos milionários para o Estado. Do Paraná vieram R$ 100 milhões em investimentos em Goianésia e R$ 50 milhões em Rio Verde, Campo Alegre e Luziânia. “Ganhamos apoio incondicional do Paraná, por meio da Secretaria de Infraestrutura, da Ferroeste, que será interligada à Ferrovia Norte Sul”, ressalta. De Santa Catarina vieram R$ 450 milhões, investidos em 15 cidades, entre Anápolis, Goiânia, Aparecida, Rio Verde, Valparaíso e Catalão. Fora os investimentos do Rio Grande do Sul. Mais R$ 285 milhões.
Iris Rezende (PMDB) é evangélico. Disso todos sabem. E, evangélico que é, irá visitar nesta semana o Templo de Salomão, em São Paulo. Foi convidado por Edir Macedo, o chefão da Igreja Universal. No mesmo dia, estará lá a presidente Dilma Rousseff (PT), a quem Iris tem dispensado fortes críticas. Por isso, é certo que nenhuma selfie será tirada pelos dois. Mas não só por isso. O polêmico Macedo criou um “manual de etiqueta” para quem for entrar no novo templo, uma obra mais suntuosa que os estádios da Copa do Mundo. E o manual proíbe, entre outras coisas, fotos dentro do templo. Uma pena para quem segue a presidente no TwitPic.
Weslei Garcia é o nome do PSol para disputar o governo do Estado neste ano. E, sem grandes recursos para fazer campanha, ele diz que o partido irá centrar esforços onde já há algum trabalho sendo realizado, caso dos assentamentos na região Nordeste de Goiás, em cidades como Flores de Goiás e Posse, lar do vice-governador José Eliton (PP). Além desses lugares, o PSol também fará campanha no Entorno do DF, onde Weslei mora, em Anápolis e Goiânia.
No dia 1º de agosto, haverá outra reunião entre a equipe técnica da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC) e o grupo texano CCD Biofuels & Energy, LLC. A reunião será para tratar das intenções da empresa em investir quase R$ 4,5 bilhões em Goiás, através de uma usina de biocombustível a ser construída em Anápolis. A questão é delicada. São vários bancos envolvidos, inclusive o Banco Mundial. Mas as expectativas são boas e o investimento é bom para o Estado.
O presidente estadual do PRP, Jorcelino Braga, rechaça a existência de uma polarização entre os governadoriáveis Marconi Perillo (PSDB) e Iris Rezende (PMDB). Braga é um dos coordenadores da campanha de Vanderlan Cardoso (PSB). “Foi por isso que nos candidatamos. Essa dita polarização irá cair”, analisa.
A Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) declararam apoio à candidatura de Aécio Neves (PDSB). A classe médica rompeu com a presidente Dilma Rousseff (PT), devido ao programa Mais Médicos. E quem articulou apoio conseguido foi o também médico e senatoriável goiano Ronaldo Caiado (DEM).
O deputado federal Roberto Balestra (PP) acredita que a campanha eleitoral deste ano será curta. E por dois motivos principais: 1º) “O governador Marconi [Perillo (PSDB)] está no poder. Ou seja, está na ativa e tem trabalho para mostrar à população”; e 2º) “Ele teve o cuidado de fazer um trabalho de criação de bases. Abriu espaço em todos os municípios, sem olhar cor partidária. Isso motivou os prefeitos a estarem ao seu lado”, avalia o pepista.
Oficialmente, o PMDB ainda não tem um coordenador geral de campanha. No papel, é Sandro Mabel, mas na prática o comando está dividido entre ele, Samuel Belchior e o ex-senador Mauro Miranda.
Todos pegam o caminho do Entorno do DF. A ex-verde Marina Silva vem a Goiás e visita Planaltina. Junto com ela, é claro, Vanderlan Cardoso (PSB). Eduardo Campos (PSB) provavelmente não vem. Ainda. Segundo Vanderlan, a agenda dos dois está dividida para cobrir o maior espaço geográfico possível dado o pouco tempo de campanha e o, ainda, desconhecimento por parte da população do nome de Campos. E o mesmo é feito por Vanderlan em Goiás. Não por desconhecimento de seu nome, mas para aglomerar o máximo de apoio possível. Dessa forma, ele cuida das passeatas e o vice, Alcides Ribeiro, sobretudo, das reuniões. A promessa é para que Eduardo Campos vá, em agosto, à tradicional festa de Nossa Senhora da Abadia de Muquém, em Niquelândia. Dizem que participar da festividade ali dá sorte a candidatos. A conferir.
É quase 100% de certeza que o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PRTB) não apareça na campanha de José Roberto Arruda (PR) ao governo do DF. A questão é que Roriz continua internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, devido ao seu problema renal. É certo que Roriz tinha conseguido um doador, mas não pôde realizar a cirurgia por causa dos remédios que toma para diabetes. Porém, sua filha, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN) entrou na questão. Ela também está internada no Sírio-Libanês e deverá doar um de seus rins para o pai. Jaqueline, que teve sua candidatura impugnada, juntamente com Arruda, ainda tenta viabilizar — possivelmente no Supremo Tribunal Federal (STF) — sua candidatura. A condenação de Arruda é boa para Agnelo Queiroz (PT), que está atrás nas pesquisas e tenta reverter o quadro para se reeleger no DF. E é boa também para Antônio Gomide (PT), candidato ao governo de Goiás. Gomide e Agnelo estão fazendo campanha no Entorno do DF em parceria. Estiveram juntos, por exemplo, na semana passada em Planaltina. Gomide acredita que os dois têm condições de vencer.
Marta Jane (PCB) tem andado pelo Entorno do DF. Ela esteve em poucos municípios por lá e fez passeata também em Anápolis. Mas, por enquanto, só. Faltam recursos para fazer uma agenda mais extensa. Ela explica que a chapa formada por PCB e PSTU irá focar a campanha mais em reuniões com os trabalhadores. Fora isso, Marta acredita que pode contar com a militância dos partidos.
O deputado Simeyzon Silveira (PSC), da coligação de Vanderlan Cardoso (PSB), acredita que seu partido vai ganhar duas cadeiras na Assembleia Legislativa. Simeyzon, que na campanha à Prefeitura de Goiânia teve surpreendentes 10% dos votos, diz que naquela eleição perdeu mais para Iris do que para o vencedor Paulo Garcia, do PT. Falando em PSC, o candidato do partido à Presidência da República, Pastor Everaldo, deve cumprir agenda em Goiânia em setembro. Só lembrando a confusão das coligações, Simeyzon está com Vanderlan, que está com Eduardo Campos.
Dizem que religião e política não combinam. É, em alguns casos, realmente fica difícil de discordar. Funcionários de uma produtora em Goiânia se assustaram na semana passada. Uma candidata a deputada estadual — a qual preferimos não revelar o nome — foi gravar o programa eleitoral e levou consigo a pastora de sua igreja. Até aí tudo bem. O partido é cristão. Acontece que a pastora foi orar e acabou exagerando no tom das “preces”. Tentou derrubar alguns dos funcionários a força. Há quem diga até que ela tenha dado um tapa em um deles. Resultado: a dona da produtora precisou pedir desculpas aos seus funcionários depois que a candidata e sua pastora saíram.
O presidente da Assembleia Legislativa, Helder Valin (PSDB), desistiu da candidatura a deputado estadual para apoiar o também tucano Gustavo Sebba, filho do ex-presidente da Assembleia e prefeito de Catalão, Jardel Sebba. Fora isso, Valin que ir para o TCE. Está quase certo.