Bastidores

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Vanderlan não agrada Marina Silva porque é “marineiro” de primeira viagem

A candidata do PSB a presidente da República, Marina Silva, vai apoiar a candidatura de Vanderlan Cardoso, do seu partido, a governador de Goiânia. Mas sem uma presença física e ideológica mais ostensiva. Por vários motivos. Apresentemos dois.

Primeiro, a ligação umbilical de Vanderlan Cardoso com Ronaldo Caiado desagrada profundamente Marina Silva. Quando a candidatura o vetou na aliança com Eduardo Campos, Vanderlan procurou o então candidato a presidente e tentou atropelá-la. Marina Silva jamais esquece este tipo de conduta. Segundo, Vanderlan não defende suas ideias ambientalistas.

“Marineiro” de primeira viagem, Vanderlan Cardoso não agrada em nada a turma de Marina Silva, que, por pragmatismo político, vai tolerá-lo.

Eleitor de Brasília pode expurgar candidatos que têm nomes começados com vogais e seis letras

Em Brasília o eleitor parece que não quer apoiar nenhum candidato cujo nome tenha seis letras e comece e termine com vogais — Arruda e Agnelo. No caso “Arruda” deu azar para o José Roberto. E o Queiroz é chamado de “Argh!nulo” pelo leitor.

A capital se tornou a terra das consoantes. Para governador, candidato que tende a ser eleito é Rodrigo Rolemberg. Para senador, o mais cotado é José Reguffe. Lá, sem Arrudazar e Agnulo, é a terra do “R”.

Peemedebista diz que Barbosa Neto desafia Frederico Jayme a provar que Iris enriqueceu ilicitamente

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Para ganhar do PT só mesmo uma ex-petista como Marina Silva

O PSDB é um PT mais moderado e com menos inserção na sociedade e nos movimentos sociais e sindicais. Por isso dificilmente conseguiria arrancar o PT de Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff do poder. É provável que iria se tornar freguês durante anos, até desistir de disputar e apoiar o candidato de outro partido. Ao bancar Aécio Neves, que não deslanchou, ficou evidenciado que o problema não era a chatice paulista de José Serra. O problema é o PSDB com sua falta de enraizamento na complexa sociedade brasileira.

O que se percebe com a ascensão de Marina Silva é que, para ganhar do PT, precisa, isto sim, de uma ex-petista, de alguém que conhece seus meandros e sabe como conquistar o eleitorado, acrescentando sua pitada de novidade. Não é à toa que a turma de Lula da Silva, mais agressiva que a turma de Dilma Rousseff, chama Marina Silva de “operação cavalo de Troia”.

Júlio da Retífica e José Mário Schreiner fazem defesa candente do agronegócio e dos produtores rurais

Júlio da Retífica e José Mário Schreiner fazem defesa candente do agronegócio e dos produtores rurais

Filha de Jânio Quadro morre nos Estados Unidos. Tutu Quadros tinha enfisema pulmonar

Jânio Quadros, presidente do Brasil por oito meses, até renunciar no fatídico agosto de 1961, era professor de português, dos mais clássicos. Sua filha, Dirce Tutu Quadros, era uma intelectual e chegou a ser deputada federal. Ela morreu na quinta-feira, 28, aos 70 anos, nos Estados Unidos. Tinha enfisema pulmonar. Seu corpo será cremado. Tutu Quadros, que divergia de seu pai, foi deputada na elaboração da Constituição de 1988. Foi uma das fundadoras do PSDB. Em 1996, candidata a deputada federal pelo PMDB, não foi reeleita. A ex-deputada tinha cinco filhos — Ana Paula, Ana Cláudia, Ana Laura, Jânio Quadros Neto e Michel — e três netos. Ela era bióloga formada nos Estados Unidos.

Lula pode ser o candidato do PT a presidente. Dilma pode ser substituída até 15 de setembro

Fica-se com a impressão de que o PT, ou parte do PT, está agradecendo aos deuses pelo ressurgimento de Marina Silva. Os petistas que não toleram a presidente Dilma Rousseff, que a avaliam como apenas meio-petista, há algum tempo que defendem a candidatura de Lula da Silva para presidente da República. A ascensão da candidata do PSB, que para muitos petistas é incontrolável, exceto se seu rival for Lula da Silva, pode mexer no tabuleiro das eleições. Sim, Lula pode ser o novo candidato do PT a presidente. A mudança pode ser feita até 15 de setembro, especialmente se Dilma Rousseff "despencar". O colunista “Paulo Sant’Ana, do “Zero Hora”, de Porto Alegre, publicou um artigo, “A volta de Lula” (quinta-feira, 28), que merece ser lido integralmente. O Jornal Opção transcreve-o abaixo.   A volta de Lula Paulo Sant’Ana O avanço da candidatura de Marina Silva nas pesquisas pode provocar uma pororoca na sucessão presidencial. Diante das pesquisas que vêm dando como certa a eleição de Marina no segundo turno, ela que vem se distanciando nas consultas à frente de Dilma no segundo turno, eu posso prever a possibilidade de que o PT, amedrontado com a perspectiva de vir a perder o poder, pode substituir Dilma por Lula como candidato à Presidência. Raciocinem comigo: se Dilma estiver prestes a ser derrotada por Marina Silva no segundo turno, o PT pode tomar uma providência urgente e estrutural, lançando Lula como candidato ao cargo. Eu avalio Lula substituindo Dilma como candidato como uma bomba de nitroglicerina mais potente do que foi a morte de Eduardo Campos, que afinal catapultou Marina para a liderança dela nas pesquisas de segundo turno. Eu falo nisso porque alguns políticos estão sendo desarquivados. Pedro Simon voltou espetacularmente a ser candidato ao Senado, depois de ter jurado que tinha abandonado a carreira política. Com Olívio Dutra se dá o mesmo, mas não deixa de ser surpresa que o PT o tenha arrancado da cartola para evitar que Lasier Martins venha a ser eleito senador. Tenho certeza de que, para não estancar as três últimas e consecutivas vitórias do PT nas eleições presidenciais, duas vezes com Lula e uma vez com Dilma, Lula não vacilaria em lançar-se no lugar de Dilma, num gesto desesperado para salvar a superioridade do PT nas eleições supremas. Lula iria então alegar que estava a serviço do seu partido e Dilma seria convencida a declarar que dava lugar a Lula na corrida presidencial em nome de uma causa maior: a manutenção pelo PT do poder soberano na escala política nacional. Se Lula fosse assim eleito pela terceira vez à Presidência, esse seria um fato inédito na história da República e os petistas saboreariam uma tal vitória como a maior de todas as glórias em sucessões presidenciais. Esta minha cogitação flerta espetacularmente com a lógica, baseada estritamente num só ponto: a tentativa dramática do PT de se manter no poder e não dar lugar a uma derrota que poderia afastá-lo definitivamente do sonho de supremacia eleitoral em eleições presidenciais mais duradoura de todos os tempos. Tomem nota disso em seus apontamentos e não sejam surpreendidos por essa reviravolta estupenda nas eleições. O fato é que Marina Silva tem subido nas pesquisas como uma pirâmide em demanda do infinito. Paulo Sant’Ana é colunista do “Zero Hora”.

Arruda pode bancar sua mulher ou Gim Argello para o governo do Distrito Federal

Resta saber se José Roberto Arruda consegue transferir votos para Flávia Carolina Peres ou para o senador do PTB

Faleiros faz campanha em Anápolis

Cotadíssimo para conquistar umas das 17 vagas goianas na Câmara dos Deputados, o médico e ex-secretário de Saúde de Goiás Antônio Faleiros esteve em Anápolis neste início de semana. Acompanhada do ex-vereadora Gina Tronconi, Faleiro fez um corpo a corpo nas ruas e unidades de saúde, onde conversou com a população sobre suas propostas. Também em Anápolis, o tucano conversou com funcionários da Distribuidora Rio Vermelho.Faleiros faz um trabalho que vai além de pedir voto: ele também fala com as pessoas sobre a importância de votar. O ex-secretário tem como principais bandeiras a saúde e a segurança pública, entre outros temas.

Maguito Vilela “está de corpo e alma” na campanha de Iris Rezende

O texto abaixo é de responsabilidade da assessoria de comunicação da Prefeitura de Aparecida de Goiânia. O prefeito Maguito Vilela esclarece sobre o apoio de vereadores, até do PMDB, à reeleição do governador Marconi Perillo

Líderes políticos apostam que Marconi Perillo deve ter mais votos do que Iris em Aparecida de Goiânia  

Aparecida de Goiânia é um dos calcanhares-de-aquiles do governador Marconi Perillo (PSDB), candidato à reeleição. Mas o quadro, a depender de um verdadeiro exército eleitoral que está montado na cidade, pode estar mudando. A base marconista, sob a coordenação geral do deputado estadual e ex-prefeito Ademir Menezes (PSD), foi dividida assim: o ex-deputado Chico Abreu e Maione Padeiro coordenam as ações na Vila Brasília; o ex-prefeito José Macedo e o médico Valdir Bastos agitam os militantes no Setor Garavelo e, no Centro, atuam Tatá Teixeira e Divino do Ajax. Maione garante que o trabalho tem sido intensificado. “A receptividade ao nome do governador Marconi é alta.” “Nas últimas eleições, Marconi perdeu em Aparecida e, por isso, seus líderes não foram contemplados no primeiro escalão do governo. É possível que, este ano, o quadro seja outro. É provável que o governador seja o mais bem votado no município”, afirma Maione. “Da população mais pobre ao empresariado, há o consenso de que Marconi é o que há de mais moderno para gerir Goiás. Ele é o gestor que faz, que trabalha, e não fica só criticando.” Dos 25 vereadores de Aparecida, diz Maione, pelo menos 16 já estão na campanha de Marconi. “O vereador é uma espécie de pulmão da política de uma cidade. Os vereadores que estão na campanha de Marconi funcionam como agentes multiplicadores, com suas estruturas políticas”, afirma o tucano. Na semana passada, Marconi reuniu-se com empresários de Aparecida. Eles fizeram algumas reivindicações, que serão estudadas pelo governador. Os empresários querem a remoção do presídio Odenir Guimarães (Cepaigo), porque, afirmam os dirigentes da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia, estaria atrapalhando o desenvolvimento do polo empresarial. Os bloqueadores de celulares do presídio atrapalham as ligações telefônicas dos empresários. Outra reivindicação foi bem aceita: a colocação de vapt vupts empresariais nos dois polos industriais do município. Os empresários querem postos do Detran na área industrial. Uma reivindicação depende mais do governo federal: os empresários cobram que seja construído um anel viário para retirar a BR-153 do perímetro urbano.  

“Mais de 70% dos aliados de Friboi já estão na campanha de Marconi”, diz Robledo Rezende

[caption id="attachment_13552" align="alignleft" width="620"]Frederico Jayme, Robledo Rezende e o governador Marconi Perillo: uma “aliança contra o rancor e o ódio” e em defesa da modernidade | Foto: Fernando Leite Frederico Jayme, Robledo Rezende e o governador Marconi Perillo: uma “aliança contra o rancor e o ódio” e em defesa da modernidade | Foto: Fernando Leite[/caption] Digamos que você está observando um dedo. No dedo há carne e há unha. Pois, em termos políticos, o empresário Júnior Friboi (PMDB) e o advogado Robledo Rezende são carne e unha. Indis­so­ciáveis. A senha para entender quem Friboi apoia para governador de Goiás é simples. Basta perguntar: quem Robledo está apoiando? “Júnior autorizou nosso grupo político, do qual é o líder, a apoiar o governador Marconi Perillo, que está nos tratando muito bem, de maneira republicana”, afirma Ro­bledo. “Não fizemos nada sem sua autorização. Mais de 70% dos aliados de Júnior já estão na campanha de Marconi.” Robledo, que já foi candidato a prefeito de Porangatu e é um político experimentado, afirma que está viajando o Estado com o objetivo de arregimentar as forças políticos organizadas por Friboi em apoio à candidatura do tucano-chefe. “Eu não paro um minuto, estou visitando todo o Estado, dialogando com nossos aliados. O quadro político é amplamente favorável a Marconi. Se fizer um trabalho bem feito, pode ganhar no primeiro turno.” Por que o grupo de Friboi decidiu apoiar Marconi? “Porque é melhor para o desenvolvimento de Goiás. Marconi não tem um projeto baseado no ódio, no rancor [uma referência a Iris Rezende, que odeia o tucano].” Friboi, que está no Co­lorado, volta para Goiás a partir do dia 25 deste mês. “Ele vai permanecer quieto, acompanhando o desenrolar da campanha. Seu objetivo é disputar o governo em 2018. Portanto, depois das eleições deste ano, vai trabalhar para manter a união da base peemedebista. Nós queremos democratizar o partido, por isso não pedimos desfiliação. O PMDB não pode ter dono. Deve, isto sim, ter militantes e líderes. Júnior reorganizou o partido, oxigenou-o, mas foi atropelado por Iris. Mas, como este não emplacou, Júnior está cada vez mais forte. Os peemedebistas sentem a sua falta.” Um dos coordenadores da campanha de Marconi, Robledo diz que o ambiente da base governista é saudável. “Os tucanos têm projetos para desenvolver Goiás. E seu ambiente não é carregado como o ligado a Iris Rezende. É uma pena que o PMDB tenha de perder mais uma vez para poder renovar-se de verdade, abrindo espaço para políticos modernos e não ressentidos.”

Hamlet no Cerrado: apesar do eleitorado em comum, Caiado e Schreiner não falam a mesma língua

josemariofaeg Setores do agronegócio definiram seu apoio: Ronaldo Caiado (DEM) para senador e José Mário Schreiner (PSD) para deputado federal. Caiado e Schreiner eram aliados, seus eleitores são quase os mesmos, mas romperam quando o segundo decidiu apoiar Vilmar Rocha para o Senado. Caiado apoia candidatos do PMDB para deputado federal, como Daniel Vilela. Em algumas regiões, Caiado apoia Iris Araújo e Pedro Chaves para deputado federal. A intimidade do deputado federal com a turma do PMDB é tanta que, nos bastidores, Iris Rezende brinca que, se for eleito, vai retirá-lo do DEM. O que, com ou sem vitória, não acontecerá: Caiado vai permanecer no Democratas.  

Goiano que anda com Marina Silva diz que não é radical e, se eleita, não fará nenhuma pirotecnia

[caption id="attachment_13555" align="alignleft" width="620"]Marina Silva e Eduardo Machado: o líder do PHS acredita que a líder do PSB vai para o segundo turno já na frente de Dilma Rousseff | Foto: Arquivo pessoal Marina Silva e Eduardo Machado: o líder do PHS acredita que a líder do PSB vai para o segundo turno já na frente de Dilma Rousseff | Foto: Arquivo pessoal[/caption] O goiano Eduardo Machado, presidente nacional do PHS, vive um momento ímpar: é um dos conselheiros políticos da campanha da candidata do PSB a presidente da República, Marina Silva. Seis partidos — PSB, PHS, PSL, PRP, PPS e PPL — estão na campanha da líder da Rede Sus­tentabilidade, espécie de partido dentro do Partido Socialista Brasileiro. Para se consolidar como candidata, a ambientalista precisava do apoio de pelo menos quatro partidos. Havia resistência. Depois, houve certa resistência à indicação de Beto Albuquerque para vice, mas a união acabou acontecendo. Eduardo foi uma das chaves mestras da aliança. Como era muito próximo de Eduardo Campos, político moderado, o político goiano assustou-se, num primeiro momento, com Marina. “Aproximei-me com os dois pés atrás. Ao conhecê-la, percebi que, embora seja uma política que defende seus princípios, não é intransigente. Tanto que, quando me dizem que é ‘radical’, sugiro que seja vista a partir do que realmente diz e não das qualificações impostas por adversários. Sem dúvida que se trata de uma mulher austera e espartana, até elegante na sua simplicidade, mas sobretudo é calma, tranquila e pouco adepta de pirotecnias político-administrativas.” Marina, se eleita, planeja governar com os “melhores” quadros políticos e técnicos de vários partidos. “Mas tem suas restrições. O governador do Paraná, Beto Richa, candidato à reeleição, pediu para o pessoal de Marina moderar o tom de suas críticas. Porém, mostrando que a circunstância eleitoral não sacrifica seus princípios, Marina disse que não contemporiza com Richa, Ge­raldo Alckmin ou pessoas da indústria do tabaco e do ramo de bebida alcoólica. Não quer, por exemplo, dinheiro da Ambev e garante que não aceita financiamento do agronegócio.” Afinal, Marina é contra o agronegócio? “Marina é vítima de mal-entendidos. É contra o agronegócio nocivo ao meio ambiente e, portanto, ao indivíduo. É contra desmatar por desmatar. Avalia que o futuro dos brasileiros em geral não pode ser sacrificado para atender exclusivamente à necessidade de lucro imediato do mercado.” Na semana passada, ao conversar com o Jornal Opção, a partir de São Paulo, Eduardo comemorava trackings articulados pelo PHS e pela estrutura da aliança de Marina. “Em todas as simulações de segundo turno, Marina derrota a presidente Dilma Rousseff.” Ao conversar com Maria Alice Setubal, Neca, sócia do Banco Itaú, Eduardo perguntou-lhe por que apoia Marina. Neca, coordenadora do plano de governo da socialista, ao lado de Maurício Rands, foi sucinta: “Eu queria um farol, alguém em quem acreditar”. Walter Feldman disse a Eduardo: “Com a morte de Mário Covas, fique sem inspiração política. Apoio Marina porque ela é inspiradora”. Se eleita, acredita Eduardo, Marina será capaz de ir além das mudanças cosméticas promovidas pelo PT. “Marina acredita que é possível melhorar a educação e a saúde públicas e aposta numa inclusão social que seja mais ampla do que a Bolsa Família. Ela deve ampliar e modernizar o investimento no social.” Por que as pessoas estão acompanhando Marina, num movimento quase religioso? Eduardo contrapõe: “Embora Marina seja religiosa [é evangélica], as pessoas a acompanham muito mais pelo caráter cívico de sua pregação, pela crença de que é possível construir um país ambientalmente mais rico. Os eleitores percebem que Marina é contra a política tradicional e que planeja mudar o modelo político do país, aperfeiçoando o Estado para servir ao cidadão, e não apenas a grupos econômicos e políticos”. Num primeiro momento, Marina atraiu votos de indecisos e daqueles que votam nulo. “Mas pode anotar que, a partir de agora, sua campanha, posta nas ruas e na televisão, vai ‘sangrar’ as campanhas de Dilma Rousseff e Aécio Neves”, aposta Eduardo. “Acredito que Marina vai para o segundo turno já na frente de Dilma.” A equipe de Marina tem ecochatos e malucos-beleza? “O que mais impressiona é que Marina tem informação de qualidade e assessoria técnica do mais alto nível. Neca Setubal, que conhece bem o setor financeiro, é um exemplo. Maurício Rands é extremamente competente e não é à toa que era um dos mais próximos assessores de Eduardo Campos. Eduardo Giannetti, doutor por Cambridge, está colado na nossa candidata. São pessoas racionais e muito bem preparadas. Neca, por exemplo, já disse que Marina, se eleita, deve promover a autonomia do Banco Central e tem metas rigorosas para combater a inflação. A meta inicial é mantê-la em 4,5% e, a partir de 2019, 3%. Isto prova que Marina não quer inventar a roda. Agora, quem espera fisiologismo, concessões não-éticas, vai cair do cavalo.” Recentemente, com a crise que provocou a saída de Carlos Siqueira da coordenação da campanha do PSB e com a resistência ao nome de Beto Albuquerque (o deputado, por ser do Rio Grande do Sul, mantém ligação com o agronegócio) — havia quem apostasse que o melhor nome, do ponto de vista eleitoral, seria o de Renata Campos, mulher do falecido Eduardo Campos —, adversários apostaram na desestabilização da campanha da socialista. “Qual nada! Marina comportou-se da maneira mais tranquila possível. Ela disse: ‘Não podemos perder o momento histórico de eleger o presidente da República’. Sua frase, sucinta e verdadeira, aglutinou todo mundo.” Admirador incondicional de Eduardo Campos, o Eduardo goiano diz que, “com perdão da referência indireta ao acidente, ele era um ‘avião’. Articulava como o melhor dos articuladores mineiros, talvez mais do que Aécio Neves, outro bom articulador. Mas, do ponto de vista estritamente eleitoral e de assimilação nacional, Marina supera o político pernambucano”. Aécio e Dilma passam, na opinião de Eduardo, por uma fase de “desespero”. “Aécio, político habilidoso, sabe que, se cair muito — a 43 dias das eleições —, não se recupera mais. Por isso, a partir de agora, terá de atacar tanto Marina quanto Dilma, o que pode levar sua campanha a deixar de ser propositiva, que era sua intenção inicial. Já começam a dizer que Marina é uma espécie de ‘petista mascarada’. Ela foi petista, mas deixou o partido por discordar dos conchavos do partido para permanecer no poder e de sua falta de coragem para enfrentar questões sérias, como a defesa do meio ambiente. Dilma está mostrando o que fez e o que está fazendo, mas, a partir de certo momento, vai partir para o ataque. Marina vai colar em Dilma e, insisto, deve passá-la já no primeiro turno.”  

Se Aécio Neves não for para o 2º turno, Marconi pode apoiar tanto Marina Silva quanto Dilma Rousseff

O governador de Goiás, Marconi Perillo, é tucano e apoia Aécio Neves, do PSDB, para presidente da Re­pública. Porém, na hipótese de o senador mineiro ficar fora do segundo turno, o tucano-chefe goiano fica à cavalheiro para se reposicionar politicamente. Há três cenários. Primeiro, a neutralidade, ou seja, não apoiar nem a petista Dilma Rousseff nem a socialista Marina Silva. Ressalve-se que Marconi é um político que assume posições. Segundo, uma possível aliança com Marina Silva, se, no caso de segundo turno em Goiás, o socialista Vanderlan Cardoso decidir apoiá-lo de modo convicto, subindo no seu palanque. Terceiro, apoio à presidente Dilma Rousseff. Como o tucano não tem compromisso com Marina Silva, uma aliança com a petista não é impossível. Marconi tem dito que a presidente não boicotou seu governo, comportando-se de modo efetivamente republicano. Qual é o melhor cenário para Marconi? Vai depender da eleição em Goiás. Se for eleito no primeiro turno, a decisão fica ainda mais fácil.